Que você, leitor, tenha votado em Bolsonaro para impedir o PT de voltar ao poder, não é nem preciso concordar para entender. Imcompreensível é a passação de pano sobre o indefensável.
Seja pelo voto, ou abreviado pela consequência dos atos e palavras do presidente, acredite: o bolsonarismo passará. Aí só restará você. E o que foi capaz de defender pelo seu “político de estimação”.
Há quem tenha conseguido enxergar antes (tarde do que nunca). E teve a coragem de optar pela própria consciência. É o caso (aqui) do DJ Ricardo Sá. A quem o blog pede licença para reproduzir abaixo:
Ponderei muito sobre escrever algo nesse momento ou não. Mas estou apostando que a maioria das pessoas, inclusive as que discordam sistematicamente de mim, devem ter feito essa reflexão, ou se não fizeram, precisam fazer.
Não se trata de pautas políticas, essas são legítimas.
Você ser a favor de privatizações, da reforma da previdência, de pautas defendidas pela direita democrática, está dentro do âmbito institucional republicano – nós concordando ou não com elas.
Até aqui, estamos de acordo?
Muito bem!
Agora…
Se você já teve de defender:
— Nepotismo
— Liberação de agrotóxicos proibidos em outros países.
— Blindagem de investigação de Senador e Laranjas.
— Autorização para exploração indevida da Floresta Amazônica.
— Invasão de reservas indígenas.
— Tortura e assassinatos no período da ditadura.
— Prisão para jornalista que está exercendo legalmente suas funções.
Talvez você esteja precisando rever seus conceitos ou assumir de fato seus valores.
Ter votado no Bolsonaro por não querer o PT é uma justificativa razoável. Concordar com essas declarações estapafúrdias desse homem que ganhou de presente a presidência e dizer amém pra tudo que ele faz, não é saudável nem pra você, nem para a sociedade e nem pro Brasil.
Está cada vez mais fácil de identificar quem votou contra o PT e quem votou por afinidade às ideias absurdas de Bolsonaro. E por incrível que pareça — ISSO É MUITO BOM — porque vai ficando claro quem é quem em nossas rodas de amigos, familiares e pessoas próximas.
Pense!