“A Morte Pede Carona”, em homenagem a Rutger Hauer, nesta quarta no Cineclube

 

Na pele do implacável psicopata de “A Morte Pede Carona”, Rutger Hauer tem homenagem póstuma no Cineclube Goitacá

 

Às 19h desta quarta (28), o Cineclube Goitacá traz um clássico cult dos anos 1980. Como sempre o espaço é da Oráculo Produções, do ator Luiz Fernando Sardinha, na sala 507 do edifício Medical Center, no cruzamento das ruas Conselheiro Otaviano e 13 de Maio. Misto de thriller de suspense e road movie, “A Morte Pede Carona” (1986), de Robert Harmon, será exibido em homenagem póstuma ao ator holandês Rutger Hauer. Morto (aqui) aos 75 anos em 24 de julho, ele imortalizou na história do cinema o replicante Roy Batty, em “Blade Runner — O Caçador de Andróides” (1982), de Ridley Scott, exibido em 19 de junho no Cineclube, pelo estudante e cinéfilo Lucas Rodrigues.

Em “A Morte Pede Carona”, Hauer vive o misterioso e cruel psicopata John Ryder, que pega carona pela mítica Route 66, em meio ao deserto do sudoeste dos EUA. E não poupa da sua sanha sanguinária nem as mulheres e crianças nos carros que cometem a imprudência solidária de pegar-lhe na estrada. Ele tem menos sorte com o jovem Jim Halsey, interpretado por C. Thomas Howell, que guia um carro para entregá-lo na Califórnia. Por isso Ryder passa a perseguir obsessivamente o rapaz, matando quem cruzar à sua frente, inclusive todos os policiais de uma delegacia. Tudo para incriminar Halsey. Só quem acredita na sua incocência é a garçonete Nash, na pele de Jennifer Jason Leigh, outra figurinha carimbada dos anos 1980.

Há uma evidente tensão sexual entre o psicopata, o rapaz e a garçonete. Que só se consuma com mais violência. É uma pequena obra prima do diretor Robert Harmon, que não emplacou no cinema e migraria à TV nos anos 1990. O mesmo aconteceria com o ator C. Thomas Howell, após iniciar sua carreira no clássico “E.T. — O Extraterrestre” (1982), de Steven Spielberg, antes de protagonizar outro filme cult daquela década, “Vidas Sem Rumo” (1983), de Francis Ford Coppola. Nele, contracenava com outros então jovens e desconhecidos atores que depois se tornariam astros, como Tom Cruise, Patrick Swayze, Matt Dillon e Diane Lane.

Se Harmon e Howell não repetiriam o mesmo sucesso de público e crítica alcançado em “A Morte Carona”, o filme não envelheceu nos últimos 33 anos. E continua a cumprir seu objetivo, que é prender a respiração do espectador e seu corpo à poltrona. Sua figura feminina principal, Jennifer Jason Leigh também se seguraria na carreira, participando do elenco de produções recentes importantes, como “Os Oito Odiados” (2015), escrito e dirigido por Quentin Tarantino.

Mas a estrela de “A Morte Pede Carona” é mesmo Rutger Hauer. Seus olhos azuis deram brilho a um dos psicopatas mais marcantes do cinema de uma década. A popular advertência “não dê carona a estranhos”, exibida no cartaz do filme, poucas vezes fez tanto sentido.

 

Confira o trailer do filme:

 

 

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