“Na realidade a gente está muito contente pela vitória de ontem (03). Mas é bom ressaltar que a gente não terminou de ganhar a eleição. E ela tem a ver com a regra de paridade, ou de não paridade, que tem na universidade. Se a gente observa diretamente, percebe que levamos mais de 2/3 dos votos válidos. E ainda assim não conseguimos resolver essa disputa no primeiro turno. Mas de qualquer jeito é uma demonstração muito clara de que toda a comunidade universitária acredita no nosso projeto, acredita no trabalho também do professor (Luís) Passoni (atual reitor) nos últimos quatro anos, e todo o trabalho que eu e a Rosana fizemos nessa reitoria. Acredita que a Uenf precisa de mais diáologo, que a Uenf precisa de mais respeito, que a Uenf precisa de mais valorização. Mas mais que uma vitória da Uenf, é uma vitória de toda a sociedade de Campos e região. Porque foi nestes últimos quatro anos que a gente conseguiu colocar a universidade para fora, fazer parcerias público-públicas. Por outro lado, nós não ganhamos nada ainda. Estamos com o pé no chão. Sabemos que vamos ter que continuar trabalhando para resolver na eleição do segundo turno, terminar o processo e ganhar para reitor da universidade. Estamos muito próximos, contentes com a vitória parcial, mas certos de que temos que continuar trabalhando para somar mais pessoas ao grupo “Mais Uenf’”.
Foi como o professor Raul Palacio, candidato a reitor da Uenf (chapa 10 “Cada vez mais Uenf: Inovadora e Participativa”), reagiu à sua vitória parcial (aqui) com 41,70% dos votos. Ele conquistou a primeira vaga na disputa do segundo turno da eleição, que será realizada no dia 17 deste mês. A outra vaga será definida no critério desempate entre os outros dois candidatos: os professores Carlão Rezende (chapa 11, “AvançaUenf: Ciência e Sociedade”) e Enrique Medina-Acosta (chapa 12, “Uenf Renova”). Ambos empataram, com 28,52% dos votos, cada um. As eleições se inciaram no sábado (31) nos polos avançados do Centro de Educação à Distância do Estado do Rio de Janeiro (Cederj), mas tiveram seu ápice na última terça (03), no campus Campos e no campi Macaé.
O blog também ouviu o professor Sérgio Arruda, colaborador da Folha e presidente da Comissão Eleitoral para Eleição de Reitor e Vice-Reitor da Uenf. Ela é composta de 11 pessoas e constituída pelo Conselho Universitário da Uenf. O critério de desempate entre Enrique e Carlão, segundo Arruda, é “bem simples”: carreira acadêmica. Ainda esta tarde, a Comissão irá se reunir para definir o oponente de Raul no segundo turno do dia 17, que terá o mesmo espaço do blog para se pronunciar. Mas a decisão não ser conhecida hoje. Assim que sair, ela terá ainda que aguardar o prazo de 48h de recurso da chapa preterida no critério de desempate.
Arruda também esclareceu porque, diferente das duas últimas eleições a reitor, a deste ano não pode contar com as urnas eletrônicas cedidas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Elas já estavam sendo usadas nas eleições dos Conselhos Tutelares.
Após a definião do segundo candidato no turno final da eleição a reitor da Uenf, os dois serão novamente convidados para participar do programa Folha no Ar 1ª edição, da Folha FM 98,3, como foram todos os três antes antes do primeiro turno. Confira abaixo suas entrevistas:
Raul Palacio a reitor: “A Uenf tem um papel de desenvolver a nossa região”
Carlão a reitor: “As pessoas têm que perceber que a Uenf é da cidade, é da região”
Enrique a reitor: “Por que a Uenf foi montada? Diminuir as desigualdades sociais”
Confira a cobertura completa das eleições da Uenf na edição desta quinta (05) da Folha da Manhã