“Fizeram uma pergunta e eu só respondi o que o próprio pai (o ex-prefeito Arnaldo Vianna, PDT) falou lá atrás (relembre aqui, na última resposta da entrevista de 15 de agosto de 2016), que ele (o pré-candidato a prefeito Caio Vianna, PDT) tem que trabalhar, tem que estudar, tem que se preparar. E aí virou essa polêmica (confira aqui). Eu fui realmente ver de perto quando fui disputar a última eleição (a prefeito, de 2016) com Caio. E o menino tem que trabalhar mesmo, o menino é preguiçoso. Eu fiquei chateado que o pai dele falou que eu era mentiroso. Na verdade, o Vianna meu é bom, é melhor que o dele. Meu pai era garçom, tem uma história muita bacana. Minha mãe era costureira, muito humilde, criou cinco filhos (…) Eu não me envolvi em nada errado, em denúncia e processo. Arnaldo não está inelegível até hoje?”
Foi o que disse no início da manhã de hoje o deputado estadual Gil Vianna (PSL), “pré-candidatíssimo a prefeito de Campos”, no Folha no Ar 1ª edição, da Folha FM 98,3. Com a entrevista de Gil marcada na semana passada e, por conta da polêmica com Caio, este foi convidado desde sexta (24) para o programa na manhã desta terça (28), mas não retornou o contato. Gil foi vice na chapa da candidatura de Caio em 2016. E falou daquele tempo:
— Eu lembro, eu estava com Caio, ficou triste demais, quase chorou porque o pai saiu para apoiar outro candidato (Geraldo Pudim, MDB, que hoje apoia Caio). E qual foi o motivo dele ter largado o filho dele? Aí depois eu é que sou mentiroso? Aí fez vídeos para inserção de TV, para dizer que o filho não estava preparado. Todo mundo sabe o que aconteceu em Campos. E tem um detalhe: o Caio fala por si. Vai ser vereador, vai ser deputado, faz um estágio. O cara quer vir prefeito logo? A gente vai elevar o nível. Inclusive, quando tiver campanha e chegar na hora do debate, a gente vai falar tudo isso e outras coisas mais. Arnaldo precisa deixar o filho falar por ele. Qual a idade de Caio hoje? Trinta e cinco (tem 31)? Não precisa o pai defender o menino. Arnaldo precisa estar preocupado com ele, ver os processos que ele tem até hoje, porque está inelegível. A gente precisa ir para a rua trabalhar, conhecer os problemas das pessoas. Caio nem mora aqui, mora no Rio. Só aparece na hora de eleição. Tem que trabalhar, tem que suar a camisa, tem que lutar. Qual o currículo desse garoto? Nenhum!
Além das críticas ao ex-companheiro da chapa em 2016, e das respostas às acusações de “mentiroso” do pai, Gil também falou de pontos que entende como fundamentais ao município:
— A primeira coisa é auditar a Prefeitura, saber como está Campos e compartilhar com a população. Auditar geral, de 2008 para cá. Proposta, claro que não está na hora para isso. Tem o momento certo e a gente vai registrar no TRE. Saúde é o principal problema de Campos, que vive um caos hoje. Está no Brasil e Campos passa por isso. A gente tem que trabalhar junto ao estado e ao governo federal, convocar mesmo para estar presente. Campos é uma cidade grande, com quase 600 mil habitantes e é a nave mãe para todos os municípios da região. É difícil, não há gestor que dê conta disso. Agora, é preciso ter aliado, é preciso ter relacionamento. Não pode ter brigas, picuinhas. Dizer: “Não, eu não vou lá em Campos porque lá estão as famílias”. Não adianta ser prefeito hoje se você não colocar o estado para estar presente. De 2008 para cá, eu não vejo relacionamento da Prefeitura com o estado e o governo federal. É a briga das famílias, querem tomar conta de Campos.
Confira abaixo os três blocos da entrevista de Gil Vianna ao Folha no Ar 1ª edição:
A questão básica não é “menino ser preguiçoso”. Até aí, nenhuma novidade. Mas os acordos “ocultos” que não se revelam.