Ontem(06), completaram-se 30 anos da despedida do maior craque da história do Flamengo, um dos grandes do futebol mundial. Foi, ao lado do meu pai, o herói da minha infância. Tinha suas figurinhas coladas nas contracapas dos livros e cadernos de primário. E, quando adolescente, economizava na merenda para ir vê-lo jogar no Maracanã.
Aos 17 anos, testemunhei sua volta de adeus, à beira do campo, perto do fim do jogo comemorativo.Gritava junto a quase 100 mil pessoas: “Ei, ei, ei, O Zico é o nosso Rei”. E jurei a mim mesmo, aos prantos naquela arquibancada do velho Maraca, nunca repetir isso a mais ninguém.
Na certeza de ter um Rei e diante da incerteza de Deus, não tenho dúvida do que responderia se Ele me perguntasse, quando chegada a hora, sobre o que fiz da vida. Com a convicção de uma alma, diria: “Eu vi Zico jogar!”