Um time campeão se conhece sobretudo quando as coisas parecem dar errado. Após Gabigol abrir o placar da final da Recopa Sul-Americana, aos 19’ do 1º tempo, contra o equatoriano Independiente del Valle, tudo indicava que o Flamengo teria um jogo fácil. Até William Arão ser expulso quatro minutos depois. E, com um homem a menos, o Rubro-Negro foi obrigado a se fechar atrás.
Mais conhecido pelas suas virtudes ofensivas, o time do treinador português Jorge Jesus mostrou a consistência também do seu setor defensivo. A inervenção mais difícil do goleiro Diego Alves se deu aos 10’ do 2º tempo. Foi a senha para que a torcida se acendesse no Maracanã para compensar o jogador que faltava em campo. Funcionou. Sete minutos depois, em jogada de Gabigol, o meia Gérson ampliou o placar.
Aos 44’ do 2º tempo, após uma expulsão do corajoso time do Equador igualar os números em campo, Gérson mais uma vez apareceu como homem surpresa no ataque. E vapo! Deu números finais à partida: 3 a 0. Após um ano histórico em 2019, em menos de dois meses de 2020, o Flamengo já levantou hoje seu terceiro título. Foi o primeiro internacional que o clube conquistou dentro do Maracanã.
O Flamengo não é o time a ser batido no Brasil. Assumiu esta condição na América do Sul. E terá pela frente a incerteza eliminatória de outra Libertadores, na qual estreia na fase de grupos já no próximo dia 4. Para tentar defender seu campeonato de 2019 e galgar outro patamar também no futebol do mundo.