Folha no Ar: Thaise Manhães quer ser alternativa à “idolatria” das famílias em SFI

 

Thaise Manhães no Folha no Ar 1ª edição de hoje, ao lado do blogueiro Edmundo Siqueira, convidado especial do programa (Foto: Genilson Pessanha – Folha da Manhã)

 

“Nós estamos vendo que essas duas famílias disputam basicamente o poder e manter um nome dentro de São Francisco (de Itabapoana). Não tenho problema nenhum pessoal, nem com (a prefeita) Francimara (Barbosa Lemos, SD), nem com (o ex-prefeito) Pedrinho Cherene (atual MDB). Não somos amigos, mas mantemos o diálogo. Mas nós não vemos a evolução do município. Me desculpem, mas é a realidade. Nestes 25 anos (o município se emancipou de São João da Barra em 1995), São Francisco poderia ter avançado muito, muito mesmo. Hoje, na Saúde Pública por exemplo, que eu posso falar, poderia ser feito pactuação dos programas com o governo federal em grande escala. E não é feito porque a preocupação em se manter dentro do município com a voz e o poder do sobrenome é maior: Ah! Eu sou Barbosa Lemos! Ah! Eu sou Cherene! (…) Eu venho por oposição total a essas duas famílias”.

Na pretensão de ser uma via alternativa na eleição de outubro a prefeito de São Francisco, cujo poder é dividido entre as famílias Barbosa Lemos e Cherene desde a emancipação do município, a enfermeira Thaise Manhães (PMB) é pré-candidata a prefeita. Ela foi entrevistada no início da manhã de hoje na Folha FM 98,3, no Folha no Ar 1ª edição que fechou a semana.

O programa da rádio mais ouvida de Campos e região (confira aqui) já recebeu recentemente outros pré-candidatos a prefeito do município, como Marcelo Garcia (aqui, PSDB) e José Renato Pontes (aqui, sem partido), respectivamente nos dias 11 e 12 de fevereiro. Ambos buscam o apoio do ex-prefeito Pedrinho Cherene (atual MDB), que no último dia 27 teve (aqui) sua elegebilidade restituída por decisão da 10ª Vara de Fazenda Pública do Rio de Janeiro.

Ao Folha no Ar, Thaise garantiu buscar um caminho diferente em São Francisco ao que definiu como “idolatria”:

— Vou falar de uma forma que as pessoas de São Francisco que estão nos ouvindo possam me compreender. São Francisco tem uma grande idolatria nessa questão de sobrenomes. Nós sabemos que as duas famílias que atuam em São Francisco, conseguiram dentro dessa conjuntura tradicional. É uma cidade pequena, onde o que se prega é aceitável. Então, o mínimo se torna o máximo. As pessoas se acostumaram a um desenvolvimento muito lento. Essa idolatria por essas famílias permanece. A questão da família em São Francisco está sendo modificada, sim. Não tem mais porque duas famílias comandarem o município. Os tradicionais, os mais velhos, ainda confiam. Mas os filhos dessas pessoas já têm um conhecimento maior. Eles buscam mudanças porque veem que a realidade do município não é para essa nova geração que vem em São Francisco. Eu acho que essa idolatria de sobrenomes, ela está se desmistificando, sim. É uma política de grupo? Ou é uma política pública realmente, pela população em geral?

Ao final do programa, a pré-candidata respondeu um ping-pong sobre os principais nomes colocados para a eleição de outubro, a prefeito de São Francisco:

Francimara — Apoio, precisa de mais apoio. Precisa de pessoas que estejam ao lado, que estejam junto do governo, que se comprometam com a competência que lhes cabe às pastas da Prefeitura.

Pedrinho Cherene — Vejo como a sucessão do seu Pedro (ex-prefeito falecido em 2009). E aí é questão mesmo da idolatria, de nome e sobrenome no poder, de manter essa questão da família dentro de São Francisco.

Marcelo Garcia — Não tenho tanto contato com ele hoje, mas já tive há algum tempo atrás. Inclusive, meu pai foi professor de música dele. Mas Marcelo Garcia é um jovem. Vejo (nele) uma pessoa que tem conhecimento da política sim, conhecimento teórico. Mas é uma questão que eu vou voltar a falar: precisa falar a língua da população.

José Renato Pontes — Um empresário que tem carisma, é muito querido pela população de São Francisco. Apesar de eu não ter conhecido antes, só conheci poucos meses atrás, a gente tem tido umas conversas muito boas. Vejo como uma pessoa que entende de negócios.

Papinha (PSL) — Não tenho contato, não o conheço pessoalmente. Politicamente, foi vereador em Campos (e, depois, deputado estadual). E poderia ter persistido nesse caminho em Campos dos Goytacazes.

 

Confira abaixo os vídeos dos três bocos do Folha no Ar 1ª edição de hoje com Thaise Manhães:

 

 

 

 

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