“Ninguém está livre não, rapaz”. Foi o que o deputado estadual e pré-candidato a prefeito de Campos, Gil Vianna (PSL) disse no dia 12, em um de seus últimos áudios (ouça no vídeo acima), antes de falecer na noite de hoje (19) de Covid-19, na UTI do Hospital da Unimed em Campos. Sem velório, por conta da doença, seu enterro será às 10h da manhã desta quarta (20) no Campo da Paz. Ele era policial militar rodoviário reformado, foi vereador de Campos duas vezes e assumiu uma cadeira na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) como suplente, antes de se eleger ao cargo em 2018, ocupando a liderança da bancada do PSL, ex-partido da família Bolsonaro. Tinha 54 anos, deixa viúva e três filhos. Com o mais velho, de 24 anos, chegou a falar hoje, antes de ser intubado à noite. É a 21ª morte oficial da pandemia no município, que até esta terça (19) tinha mais 10 mortes investigadas, com 382 casos confirmados e 1.065 suspeitos.
Gil começou a sentir os primeiros sintomas da Covid no Rio de Janeiro, por volta do dia 5. Lá fez o exame PCR, que confirmou a doença e veio para Campos, se internando na Unimed na noite do dia 11, inicialmente em um leito clínico. Com a piora do quadro, foi transferido à UTI do hospital na madrugada do dia 14, na qual faleceu na noite de hoje. Aliado da família Garotinho em seus dois mandatos como vereador, Gil rompeu com o governo Rosinha ao votar contra a “venda do futuro” de Campos. Nas eleições municipais de 2016, após quase compor chapa com Rafael Diniz (cidadania), foi candidato a vice-prefeito de Caio Vianna (PDT).
Reveja abaixo os três blocos a última entrevista de Gil Vianna ao Grupo Folha. Foi no programa Folha no Ar, da Folha FM 98,3, que foi ao ar ao vivo no início da manhã de 27 de janeiro deste ano:
Descanse em paz meu amigo de infância!!!
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