Eduardo Paes analisa cidade e estado do Rio, fala do passado e projeta o futuro

 

“Eu sigo muito animado com a pré-candidatura. É uma pré-candidatura que busca resgatar a autoestima do carioca, botar a Prefeitura para funcionar mais uma vez”.

“Pode ter TV Record, Igreja Universal, máquina da Prefeitura, apoio do Bolsonaro, que eu te garanto que o Crivella não será reeleito. Ele foi, tem sido um péssimo prefeito para o Rio, incompetente, sem capacidade de compreender a cidade. Então, tenho certeza, o Rio felizmente vai mandar o Crivella de volta para casa; ou para a igreja dele”.

“Você vê que a direita nessa eleição, supostamente conservadora, evangélica e contra os comunistas, é representada pelo Crivella, que foi ministro da Dilma. E a esquerda é representada por setores que trabalharam e apoiaram, por exemplo, a eleição a governador de Sérgio Cabral (MDB). Então, acho que isso é uma grande confusão”.

“Como o Crivella, a única qualidade que eu vejo no ex-governador Garotinho; e, neste caso, é a única mesmo; é o fato dele ser um homem de fé. Pelo menos eu quero crer que essa seja a única verdade que ele conta”.

“Eu não fico feliz com a prisão de nenhum deles, nem do Garotinho, nem do Lula, nem do Cabral; lamento que tenham cometido erros. A Olimpíada foi um evento fantástico para a cidade, deixou um enorme legado, com um aporte enorme de recurso da iniciativa privada”.

“A gente errou ao ter implantado aquela ciclovia (Tim Maia), você tem ali um erro de projeto técnico. Mas a responsabilidade política é do prefeito. Eu era o prefeito à época e me causa muita dor, principalmente por aquilo que é irrecuperável, que é a vida de duas pessoas”.

“A vitória do governador Witzel em 2018 se deve ao apoio do presidente Bolsonaro, da família Bolsonaro, a esse desejo das pessoas que aconteceu em 2018 pela ‘nova política’; ele era um desconhecido. Em alguns momentos eu até o chamei de ‘Kinder Ovo’. Mas vários dos aspectos que surgem hoje, eu apontei na eleição”.

“Um dia, se Deus quiser, ainda vou ser governador e mostrar que o estado do Rio não precisa seguir essa sina, não; que a gente vai renovar isso. E, se Deus quiser, com a maioria dos votos de Campos, que é uma cidade que eu adoro”.

“Eu não tenho, focado aqui na política municipal da cidade Rio de Janeiro, eu não tenho como dar opinião na política de qualquer outro município do estado”.

“Eu tenho muito orgulho de marchar ao lado do deputado Rodrigo Maia e acho que ele hoje é um fator de estabilidade e muita força no cenário político brasileiro”.

“Nós temos no estado do Rio (…) mais de 1.800 leitos da rede estadual, municipal e federal vazios, prontos para serem usados. E não havia a menor necessidade de se construir esses hospitais de campanha caríssimos e, pelo jeito, com uma série de desvios”.

 

Eduardo Paes (Foto: Tânia Rêgo – Agência Brasil)

 

Essas foram algumas das afirmações feitas por Eduardo Paes, ex-prefeito e pré-candidato a prefeito da cidade do Rio de Janeiro, em entrevista exclusiva respondida por áudio nesta quinta (02). Para conferi-la na íntegra, falando sobre cidade e estado do Rio, política e religião, legado das Olimpíadas de 2016, desabamento da ciclovia Tim Maia, prisões de ex-governadores fluminenses, Garotinhos, Cabral, Lula, Crivella, Bolsonaro, ameaça de impeachment a Wilson Witzel, sonho de chegar ao Governo do Estado, papel de Rodrigo Maia na República e erros no combate à pandemia da Covid-19, confira a edição da Folha da Manhã deste sábado (04), bem cedo nas bancas e na casa dos assinantes.

 

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