Em 2017, logo após ter assumido o governo municipal, o então prefeito Rafael Diniz (Cidadania) pediu um ano de paciência à população. Prefeito que o sucedeu, levando o clã Garotinho novamente ao poder em Campos, Wladimir (PSD) pediu quatro anos. No programa Folha no Ar na manhã de ontem, na Folha FM 98,3, ele admitiu as grandes dificuldades financeiras do município. Pelas quais responsabilizou também as opções do seu antecessor pela falta de pagamento dos servidores do mês de dezembro e 13º de 2020, sem deixar dinheiro em caixa para saldar o débito. Prometeu dar até o final deste mês de janeiro um prazo para pagar esses atrasados, que já geram insatisfação no serviço público municipal. Sobretudo na classe sempre mobilizada dos médicos, sem os quais o combate à Covid se torna impossível. Neste sentido, se colocando aberto a qualquer forma de diálogo, o prefeito fez um apelo à categoria: “não deixem as pessoas morrerem, não parem de trabalhar”. Ele não descartou o lockdown e projetou o início da vacinação da população campista contra o novo coronavírus entre fevereiro e março. Falou da eleição da Mesa Diretora da Câmara, em que seu grupo político foi o grande vencedor, e disse que vai tentar, com “a guarda baixa” e “a esquiva em dia”, a pacificação política com o deputado estadual Rodrigo Bacellar (SD). E prometeu reabrir o Restaurante Popular ainda este ano.
Mesa Diretora — O mérito é do vereador Fábio Ribeiro, hoje presidente, que é uma pessoa muito articulada, muito querida, de bom trato. E a articulação é dele. Eu, obviamente, fui consultado pelos demais vereadores. Tenho, sim, uma simpatia, uma amizade muito grande com Fábio Ribeiro, que é na verdade presidente do meu partido em Campos. E eu, quando consultado, disse que tinha muita simpatia pelo nome. Mas toda a costura e a articulação inicial da Mesa da Câmara, foi da Câmara, foi do próprio Fábio. E eu apenas corroborei com tudo aquilo que vinha sendo alinhavado entre eles. E, obviamente, quando a gente está iniciando um governo, tem sim um interesse em ter uma maior tranquilidade, diante de tantas dificuldades, que sabíamos que iríamos enfrentar nesse início.
Rodrigo Bacellar — Quando houve um movimento da parte do deputado (estadual Rodrigo) Bacellar, para tentar fazer a Mesa da Câmara, um movimento que não havia sido debatido com ninguém, aí, sim, eu comecei a me movimentar. Porque havia uma aliança política, que havia sido formada no segundo turno das eleições, quando vários vereadores do grupo de Bacellar declararam voto a mim e fizeram campanha comigo. Mas quando houve ali uma mudança de rumo, proposta pelo deputado Bacellar para a eleição da Mesa, aí, sim, eu tive que me movimentar para garantir que eu tivesse governabilidade. Mas o trabalho inicial foi do vereador Fábio Ribeiro e o mérito por essa vitória é dele mesmo.
Ruptura – Havia uma aliança política, não era nem um acordo, estabelecida desde o segundo turno, que nos dava uma maioria confortável na Câmara para vencer a eleição. A partir do momento, e todos os vereadores sabem disso, que houve uma ruptura da aliança, por questões que eu prefiro não entrar em detalhes. Eu não sou uma pessoa que gosta do confronto, eu gosto do diálogo. E continuo querendo o diálogo com todos os segmentos da sociedade. Mas houve essa ruptura por motivos diversos e aí começou uma tentativa do deputado Bacellar de fazer a Câmara. E aí, sim, eu tive que entrar no circuito. A nossa intenção era uma eleição que já estaria decidida pela aliança que já estava formada no segundo turno, e nós teríamos votos para isso, para eleger o Fábio Ribeiro presidente.
PDT — Não fui nem eu a primeira pessoa a procurar o PDT. Quem procurou o PDT foi o Fábio Ribeiro. É por isso que eu digo que essa vitória é mais dele do que de qualquer outra pessoa. E ele disse: “olha, tem caminho para a gente conversar e fazer uma aliança programática, pautada na governabilidade”. Foi aí que eu estive com o PDT e a gente acabou desenhando uma aliança que acabou se ampliando. Porque os próprios vereadores da base do Rodrigo Bacellar, com exceção do irmão dele (vereador Marquinho Bacellar, SD), reconheceram que o erro não partiu nem da minha parte, nem dos vereadores; que o erro partiu do deputado. E todos preferiram continuar aliados ao Fábio Ribeiro.
“Guarda baixa” — Eu não quero estender esse problema que teve na eleição da Mesa com o deputado, porque Campos precisa de todas as forças políticas, para que saia da situação na qual se encontra hoje. Eu vou novamente procurar o deputado Bacellar, demonstrando a ele que a minha guarda está baixa e que eu, como prefeito da cidade, preciso de uma aliança por Campos. Então eu vou colocar o que aconteceu na eleição da Mesa de lado, porque eu acho que esse é o espírito que a cidade precisa, que as pessoas que têm representatividade política e popular estejam em constante diálogo para que as coisas funcionem. Eu até disse uma frase no início do ano, que quem se autodeclara oposição a um governo que está começando, não pode querer o bem da cidade. Essa frase não quer dizer que eu não queira ter oposição. Não é nada disso. Oposição existe e é saudável em um processo democrático. Mas como eu estou iniciando o governo, e isso é o meu ponto de vista, eu também não sou o dono da verdade, é que todas as forças políticas estejam alinhadas pelo bem comum.
“Esquiva em dia” — Como sou ainda jovem, a minha esquiva ainda está em dia. A guarda está baixa, mas a esquiva está em dia. Bacellar não está em Campos, está viajando. Mas eu vou me reunir com ele de coração aberto, de verdade. Obviamente que, às vezes, ter a guarda baixa é perigoso, mas sabendo que posso precisar usar a esquiva caso seja necessário; esquiva, não confronto. Eu não quero confronto, a cidade não merece confronto neste momento que vive. E repito aquilo que eu disse: eu vou procura-lo (a Bacellar) de novo. E isso não é demonstração de nenhuma outra coisa, a não ser de humildade e reconhecimento de que a cidade precisa de todos nós. Caso ele não queira ajudar, caso ele não queira contribuir, que fique claro para a população que ele não quer. Mas que eu vou procurá-lo novamente, vocês podem ter a certeza de que irei.
Caio — Eu encaro com naturalidade, porque nós temos que ter maturidade pessoal e política, para ter governabilidade e tranquilidade para fazer uma gestão que consiga tirar Campos da situação que se encontra. Ninguém vendeu facilidade na eleição. Eu não disse que era salvador da pátria, eu não disse que era santo milagreiro. Muito pelo contrário, eu disse que seria difícil, disse que nós teríamos que tomar medidas duras, disse que eu não iria ser eleito perfeito, que iria ser eleito prefeito. Eu disse a toda a população que era possível uma cidade melhor. E as pessoas têm que ter maturidade para saber que não são inimigas, elas podem ser adversárias. Eu até acho, pessoalmente, que Caio passou do ponto no confronto. E disse a Caio: “Você vai provar para o povo de Campos que quer o entendimento, a partir do ponto que você, como líder regional de um partido, traga benefícios para a cidade”. O PDT tem uma bancada de deputados federais que podem ajudar a cidade.
Salário de dezembro e 13º do servidor – Primeiro quero reafirmar me compromisso de pagar o salário em dia. Só que eu estou assumindo uma gestão com o servidor com parte do 13º em atraso e também a folha de dezembro, que não foi paga e não foi deixado dinheiro em caixa para o pagamento. Apesar da folha de dezembro, pelo calendário estabelecido pelo antigo prefeito, sé vencer em janeiro, ele não deixou dinheiro em caixa para honrar o pagamento de dezembro. E quando eu consegui ter acesso às contas do município, que já era o dia 4 de janeiro à tarde, só havia R$ 2,9 milhões na conta da Prefeitura, disponíveis para pagamento se servidor. E a folha de dezembro, mais 13º que não foi pago, custa R$ 106 milhões. Portanto, a dívida deixada pelo governo Rafael é de R$ 106 milhões (na verdade, R$ 103,1 milhões, excetuados os R$ 2,9 milhões deixados em caixa) apenas de servidores ativos. Não estou contando RPAs. Dos inativos, também tem a questão da PreviCampos, que está com atraso para os aposentados. Mas quero aqui reafirmar meu compromisso com o servidor de pagar o salário de janeiro, em dia. A gente que estudar uma maneira de pagar a eles o 13º e o salário de dezembro.
Contas de Rafael — Quando se fala que royalties não podem pagar servidor, não é uma verdade absoluta. Existem quatro tipos de conta royalty. Em uma delas, é vedada expressamente o pagamento a servidor. Nas outras três contas, não existe essa vedação expressa. Então, todo mundo utiliza para poder pagar; não é só Campos. Acontece que, há três anos, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) vem alertando a todas as prefeituras, inclusive a de Campos, que elas deveriam se programar, porque a partir de janeiro de 2021, que é o mês que estamos vivendo agora, seria vedada a utilização de qualquer conta royalty para pagamento de servidor. Então as prefeituras deveriam se programar e reduzir sua folha. A Prefeitura de Campos fez o dever de casa que o TCE mandou? Não fez, não reduziu a sua folha. E agora nós não podemos mais usar nenhuma dessas contas royalty para pagar servidor. Então, além de não deixar dinheiro em caixa, ele (Rafael) não se programou e não diminuiu a sua folha, para cumprir a determinação do TCE. E podem ter certeza: as contas dele desse ano (2020) não serão aprovadas. Isso já me foi dito numa audiência que eu tive no TCE, na semana passada.
DAS x servidor — Por que Rafael decidiu pagar a rescisão dos seus cargos comissionados (DAS), que trabalhavam com ele na Prefeitura, e não pagou o servidor; e não pagou os RPAs? Tudo isso vai ser informado à população, ao TCE, ao Ministério Público. Teve cargo comissionado dele que recebeu R$ 40 mil, R$ 35 mil de rescisão no mês dezembro. E ele não pagou a servidor que recebe R$ 1,5 mil, R$ 2 mil, que está passando fome em casa hoje. Por que, por exemplo, ele preferiu pagar às empresas de merenda escolar, com as aulas suspensas há muito tempo? Ele pagou quase R$ 5 milhões às empresas de merenda em dezembro, e não pagou o salário do servidor. Ele preferiu raspar o tacho, como diz na gíria popular, para pagar os seus amigos em cargos comissionados, os DAS, e para pagar os empresários que devem ser amigos de algum amigo dele. Mas não deixou dinheiro em caixa para pagar o salário de dezembro e 13º do servidor.
Projeção para pagar dezembro e 13º — Pretendo, no pagamento de janeiro, aí, sim, ter um calendário de como vou pagar o saldo que ficou da gestão anterior. Como a gente está tendo noção ao longo dos dias, do que vai entrar de receita no município, para projetar a arrecadação de janeiro, eu vou poder dar uma data no final do mês ao servidor. E dizer: “Olha, eu vou poder pagar assim, pagar assado, vou poder pagar tal dia. Hoje, é impossível, porque não tem dinheiro na conta e eu preciso programar a receita de janeiro. Repito: o compromisso é manter o salário em dia. Porém, o saldo da dívida que foi deixada pelo prefeito que saiu, ele não deixou dinheiro na conta para poder pagar. É simples desse jeito, é triste, é lamentável que ele tenha feito isso. O servidor está desesperado, precisando do dinheiro para comer, mas não tem dinheiro na conta para pagar. No final do mês eu vou dar uma previsão ao servidor de como vou fazer.
Nova tomada de empréstimo e Siprosep – Não há esse estudo. Eu fui ao Siprosep, conversar, mostrar a realidade e pedir a eles que me sugerissem ideias. Uma aposentada disse sobre eu pegar um novo empréstimo: “Ah, eu não quero saber, eu quero o meu salário, nem que você pegue um novo empréstimo”. Eu disse a ela que não é possível se pegar empréstimo na velocidade que se precisa para quitar os salários do servidor agora. Isso demanda contato com banco, documentação, a Prefeitura está com as suas certidões sujas. Eu estava conversando com uma aposentada, quando o advogado do Siprosep pediu a palavra e falou: “Olha, aconteceu uma situação em Angra dos Reis, que a gente pode aproveitar para o caso de Campos, para a gente quitar os atrasados”. Que é um acordo judicial homologado entre as partes, vai até a Câmara, pede autorização legislativa, e a Prefeitura é autorizada pelo acordo judicial e a autorização legislativa a pegar um dinheiro que está parado no capital da PreviCampos. Aí você teria que pegar com juros estabelecido, com correção estabelecida, dando garantias da Prefeitura, e pega esse valor para pagar em cinco anos; acho que é IPCA, mais 6%. É o que foi aprovado em Angra dos Reis. O advogado do Siprosep que levantou essa questão. Isso foi numa live com mil pessoas assistindo, deve estar até agora no site do Siprosep. A palavra do Wladimir foi: “Isso não é uma decisão do prefeito, isso é uma decisão em assembleia que vocês precisam tomar. Se vocês tomarem essa decisão, me procurem”. Foi isso que aconteceu. Não foi nem a Elaine (Leão, presidente do Siprosep) que falou isso. Que agora querem acusar de abrir as portas para pegar dinheiro do PreviCampos. É uma dívida que não é do Rafael, ou do Wladimir, é da Prefeitura. Que o clima está pesado no Siprosep, eu também entendo. Mas o clima também está pesado na Prefeitura. O clima é pesado.
Dinheiro novo – Nós vamos ter dinheiro novo. Só que Brasília está de recesso. Eu não tenho como arrumar dinheiro novo com Brasília de recesso. Mas vamos ter muito dinheiro novo. Inclusive, eu já anunciei que o governador Cláudio Castro (PSC) vai instalar seu gabinete aqui em Campos, do dia 26 ao dia 28 de março, aniversário da cidade, para anunciar muita coisa boa para Campos. Então o dinheiro novo está vindo por aí. Fiquem tranquilos que vocês têm um líder muito bem relacionado e com uma capacidade de arrumar dinheiro novo que vocês não vão ver igual. Não teria outro para arrumar tanto dinheiro novo quanto eu vou arrumar.
Vacinação contra Covid e “libertinagem” – Trabalho com perspectiva médica. Charbell (Kury, subsecretário de Atenção Básica e Vigilância Sanitária, que projetou o início da vacinação em Campos para fevereiro) é um especialista, um infectologista. Acho que poucas pessoas têm o conhecimento sobre vacina em Campos que ele tem, é uma pessoa muito gabaritada nessa área. Então a perspectiva da equipe médica também é a minha perspectiva. A gente já está inclusive orientando a secretaria de Educação para prever um modelo de volta às aulas, de uma maneira talvez híbrida, de maneira presencial, mas também remota, para a gente começar a se programar. Não dá para a gente ficar parado, esperando só a imunidade de rebanho. Se não, não teremos aula este ano, o que é, na minha concepção, inviável. Então a gente está se preparando, inclusive logisticamente, para começar a oferecer a vacina à população. O único agravante que se tem nisso, é que houve uma matéria do governo federal para comprar todo o estoque do Butantan (que produz a vacina Sinovac em parceria com a China), e que apenas ele (o governo federal) vai distribuir para todos o Brasil. Caso isso aconteça e aí é uma preocupação como prefeito da minha cidade, é o tempo e os critérios de distribuição. Porque várias prefeituras, inclusive nós, aqui em Campos, assinamos protocolo de intenção de compra junto ao Instituto Butantan. Era para reservar o nosso lugar na fila. Mas se o governo federal comprar todo o estoque, a gente não tem como comprar. Lógico se a gente tiver aqui, em fevereiro, no máximo março, as vacinas distribuídas pelo governo federal, nós não vamos ter necessidade de comprar vacinas. Nós vamos ter a necessidade de comprar agulhas e seringas. É algo que a gente está estudando, para vacinar a nossa população o mais rápido possível e voltar a ter liberdade. E aquelas pessoas que insistem na libertinagem estão impondo a toda a sociedade um preço muito alto.
Lockdown — Eu tenho seis amigos e pessoas próximas que se foram com a Covid. A questão do lockdown, hoje a rede pública de Campos está com 70,8% de taxa de ocupação em CTI. Se a gente perceber um aumento exponencial de casos, de número de internação, se precisar fazer medidas mais duras, faremos. Não temos nenhum problema com isso.
CPI da Saúde — Esse é um problema da Câmara. Pelo que me consta, tiveram 14 ou 15 assinaturas necessárias para abrir a CPI. E acho que eles precisam e devem, legisladores e fiscalizadores que são, e que acompanham o dia a dia em que a povo de Campos não tem Saúde, mesmo com um orçamento milionário como foi, de R$ 900 milhões a cada ano, que eles possam investigar. Se não tiver nenhum problema, a CPI não vai dar em nada. Se tiver algum problema, que a CPI aponte. Que não se faça política na CPI, que se aponte fatos. E se houver fatos, que se encaminhe aos órgãos responsáveis.
Médicos exigem pagamento – Eu pretendo lidar com isso dialogando, conversando, mostrando a realidade, garantindo que daqui para a frente eles vão ter os salários em dia, que o para trás nós vamos ver como fazer para poder pagar, porque não foi deixado dinheiro em caixa. E que eles tenham a consciência cívica, principalmente os médicos, que sem eles, as pessoas vão morrer. Eu entendo, repito, a agonia, a aflição, o desespero, mas que eles entendam que a gestão começou a apenas 12 dias. Eu tenho sete dias úteis de gestão. E que é impossível, em sete dias, eu ter uma varinha mágica para resolver todos os problemas deixados pela gestão passada. O que eu me comprometi com o povo de Campos de olhar para a frente, e nós vamos olhar para a frente, é de fazer uma cidade melhor em quatro anos. Então, eu estou com a guarda baixa e o coração aberto a todas as pessoas, para todos os segmentos da sociedade. Podem me procurar, podem me chamar para assembleia, podem ir na Prefeitura, podem me chamar no sindicato, podem me convocar para ir aos hospitais. Repito que o homem de frente da Saúde serão meu vice-prefeito, Frederico Paes (MDB), que é uma pessoa em que eu confio e em sua capacidade de trabalho, na sua capacidade de gestão. Eu entendo que muitas vezes as pessoas querem fazer manifestação e direito legítimo, as pessoas querem receber os seus salários. Mas podem me chamar para qualquer ato, qualquer assembleia, qualquer reunião, qualquer tipo de conversa. Mas faço um apelo sincero aos profissionais da Saúde: não deixem as pessoas morrerem, não parem de trabalhar.
Prazo para o governo – Eu pedi ao povo de Campos quatro anos. Eu, quando disse ao povo de Campos que queria ser prefeito, era para depois de quatro anos olhar para trás e ver que eu entreguei uma cidade muito melhor. Nós vamos entregar uma cidade muito melhor. Apesar de ser muito desafiadora a situação fiscal e econômica de Campos hoje, eu estou muito motivado. Que as pessoas entendam que a situação é muito difícil, mas que depois da tempestade sempre vem o sol.
Restaurante Popular em 2021 — Eu fiz um novo organograma, em que a gente vai economizar somente com cargos comissionados, os famosos DAS, R$ 10 milhões por ano. Isso daria, por exemplo, para abrir quatro Restaurantes Populares. Nós não vamos abrir quatro, obviamente, mas um nós vamos reabrir. Isso eu posso garantir ao povo de Campos, mais breve do que se possa imaginar, este ano ainda. Porque quem tem fome, tem pressa.
Publicado hoje na Folha da Manhã. Abaixo, confira os vídeos dos três blocos com a íntegra da entrevista de Wladimir ao Folha no Ar de ontem:
Gostaria de saber do prefeito se as empresas que prestam serviços ficarão satisfeitas e garantam que não haverá interrupção dos serviços quando os servidores sem salário estudarāo um prazo para pagar as dívidas? Os juros serão perdoados? A prefeitura fará o pagamento de juros aos servidores em decorrência do atraso?