A “gripezinha” fez a popularidade de Jair Bolsonaro (sem partido) espirrar. Segundo a Datafolha feita na quarta (20) e na quinta (21), e divulgada na sexta (22), em meio ao agravamento da crise da Covid-19 no país, que contabiliza 215.249 mortos pela doença, o presidente brasileiro perdeu aprovação: caiu dos 37% da última pesquisa do instituto, para os atuais 31% de bom e ótimo. E cresceu ainda mais sua rejeição, passando de 32% para os atuais 40%. que julgam seu governo ruim ou péssimo.
É uma sangria consistente na popularidade do capitão. Com esses números, se as eleições presidenciais de 2022 fossem hoje, ele provelmente estaria no segundo turno, mas lá poderia ter dificuldades para conseguir outros quatro anos de mandato. Sobretudo se seu adversário final, desta vez, não vier do PT. Mas como as urnas ainda estão a um ano e nove meses de distância, qualquer aposta agora é mero exercício de futurologia.
Aos que pedem o impeachment, a pesquisa não mostra um quadro animador. Mantendo seus resilientes 30% de aprovação, Bolsonaro também se mantém 20 pontos percentuais distante da linha dos 10% ou menos de popularidade que abreviaram os mandatos presidenciais de Fernando Collor de Mello (hoje, Pros) e Dilma Rousseff (PT). Ademais, 53% da população são contra o impeachment, com a minoria relevante de 42% a favor.
O eleitor mais resiliente de Bolsonaro também fica bem definido pela Datafolha. Que fornece o retrato falado do tio do WhatsApp: homem de 49 a 55 anos, evangélico e empresário. Em queda livre no Norte, após a catástrofe da Covid em Manaus, Bolsonaro também volta à normalidade refratária a ele no Nordeste, após o fim do coronavaucher. E começa a sangrar também em seu antigo bastião do Centro-Oeste. Vai mal no populoso Sudeste e bem melhor no Sul.
Confira aqui a matéria da Folha de São Paulo sobre a nova pesquisa Datafolha.