Charbell: Vacinação contra Covid em Campos deve começar em fevereiro

 

Charbell Kury, subsecretário de Atenção Básica e Vigilância Sanitária do governo Wladimir Garotinho (Foto: Divulgação)

 

A vacinação contra a Covid-19 em Campos deve começar em fevereiro. Mas só deve alcançar a chamada imunidade de rebanho, entre 60% a 70% dos mais de 507 mil campistas, permitindo o retorno à normalidade de antes da pandemia, no final deste ano de 2021. Se os leitos disponíveis aos doentes pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na rede pública, contratualizada e privada da cidade tiverem taxa de ocupação de 90% (atualmente está entre 60% e 70%), novas medidas de restrição de circulação serão impostas. A testagem também será intensificada e o combate à doença será descentralizado do Centro de Controle e Combate ao Coronavírus de Campos (CCC). Estas, entre outras novidades no combate à Covid, foram anunciadas no Folha no Ar do início da manhã de hoje, pelo médico infectologista e epidemiologista Charbell Kury, subsecretário de Atenção Básica e Vigilância Sanitária (correspondente à antiga Vigilância em Saúde) do governo Wladimir Garotinho (PSD).

Confira abaixo, nos três vídeos e em suas próprias palavras, o que Charbell revelou à Folha FM 98,3 sobre o combate à Covid em Campos. Os pontos elencados no parágrafo anterior estão no segundo e terceiro blocos da entrevista concedida pela autoridade médica e sanitária, que usou de metáforas cinematográficas para dimensionar o tamanho do desafio que os campistas ainda têm pela frente:

 

 

 

 

Atualizado às 12h05  de 08/01 para correção de informação.

 

Flávio Mussa Tavares — Nina Arueira, uma heroína campista

 

Nina Arueira, aos 18 anos

 

 

Flávio Mussa Tavares, médico psiquiatra

Nina Arueira, uma heroína campista

Por Flávio Mussa Tavares

 

Maria da Conceição Arueira nasceu no dia 07 de janeiro de 1916 e viveu apenas 19 anos. Desde muito nova tinha pendores artísticos e ainda na infância foi cantora, atriz, artista plástica, poetisa e escritora. Especializou a sua veia literária e ainda adolescente escrevia artigos para o Monitor Campista. Certa vez foi desafiada por ilustres campistas e escrever um texto sobre Educação ali diante deles, sem nenhuma preparação prévia. Ela simplesmente surpreendeu o grupo, que se sentia prestes a desmascarar uma possível fraude. Suas habilidades não se resumiam à palavra escrita. Ela fazia discursos no antigo Teatro Central com ingresso pago. Alguém imagina o que é pagar para assistir a um discurso? Pois Nina Arueira lotava um teatro.

Essa jovem tinha ideais libertários e escrevia contra a opulência, contra a sanha cumulativa do mercantilismo, contra a hipocrisia aristocrática e tocava na ferida aberta da classe dominante de então. Estudante do Liceu de Humanidades, ao lado de meu pai, Clóvis Tavares, de quem enamorou-se, e do jovem Adão Pereira Nunes, conclamaram a classe estudantil e operária de Campos a lutar por seus direitos. Discursava com veemência e destemor, entusiasmando a muitos e incomodando a uns poucos.

Mas a jovem Nina não aceitou a hipótese materialista da vida. Passou a frequentar a casa do professor Virgílio de Paula e realizou um curso por correspondência na Royal Theosophical Society, de Londres. No Museu de Ciro, da Escola Jesus Cristo, temos o seu diploma, além de várias pinturas e esculturas que fez na infância. Escreveu sobre Deus e sobre o Amor transcendental, escreveu sobre a dignidade e a justiça, sobre a ternura e sobre a maternidade.

Nina sonhou em ser mãe. Imaginou um filho, deu-lhe um nome: Lill. Escolheu um pai para ele: Clóvis. Escrevia cartas para seu noivo e dava notícias do filhinho: “Lill está lhe enviando muitos beijos”. Fez recortes de revista de um marinheirinho e emoldurou-o. Lill já tinha uma face. Existiu sem nunca haver nascido. Mas Nina foi caluniada, foi traída e abandonada. Foi proibida de matricular-se em qualquer escola de Campos. Foi relegada ao ostracismo social. Nina adoeceu gravemente. O seu professor Virgílio de Paula recebeu-a em sua própria casa, mesmo sabendo que sua enfermidade era contagiosa. Ela ficou num isolamento doméstico. As únicas pessoas que lhe visitavam eram Virgílio, Clóvis, seu noivo e Adão, um acadêmico de medicina, seu companheiro de ideais.

No seu leito de morte, Nina pediu a Clóvis para dedicar sua vida aos órfãos e lhe disse que o ideal social-cristão está acima do ideal social materialista. Nina morreu, mas semeou a imortalidade no coração de um ex-ateu.

 

Publicado originalmente no grupo de WhatsApp deste blog e do programa Folha no Ar, da Folha FM 98,3

 

Wladimir, Covid e EUA com Soffiati no Folha no Ar desta 6ª

 

(Arte: Aliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

A partir das 7h da manhã desta sexta (08), quem fecha a semana do Folha no Ar, na Folha FM 98,3, é o eco-historiador, professor e escritor Arthur Soffiati. Ele analisará as eleições municipais de outubro e esta primeira semana do governo Wladimir Garotinho (PSD).

Soffiati falará também do que a eco-história ensina sobre a pandemia da Covid-19. E tentará colocar em perspectiva histórica o que houve ontem (06) na invasão do Congresso dos EUA (confira aqui), com quatro mortes confirmadas, por militantes de extrema-direita incitados pelo ainda presidente do país, Donald Trump, que será despejado da Casa Branca no dia 20.

Quem quiser participar ao vivo do Folha no Ar desta sexta pode fazê-lo com comentários em tempo real, no streaming do programa. Seu link será disponibilizado alguns minutos antes do início, na página da Folha FM 98,3 no Facebook.

 

O dia em que Trump transformou os EUA em república de bananas

 

Militantes convocados por Donald Trump invadiram o Congresso dos EUA hoje, interrompendo a sessão que reconheceria a vitória do presidente eleito Joe Biden (Foto: Reprodução)

 

Tenho 48 anos. Lembro-me dos presidentes dos EUA desde Jimmy Carter. E dos seus seis sucessores na Casa Branca. Incluindo o atual, derrotado por Joe Biden nas urnas de novembro por 306 a 232 votos do colégio eleitoral, e mais de 7 milhões de votos populares.

Vivi para ver o Congresso dos EUA ser hoje invadido por militantes de um caudilho de 5ª categoria. Para transformar a democracia mais longeva do mundo, que há 232 anos elege pelo voto seus representantes, em uma republiqueta de bananas.

Espero viver para ver o responsável ser acusado, julgado e condenado com todo o rigor da lei. Tão logo seja cumprido seu mandado de despejo do poder, daqui a apenas 14 dias. E que sirva de exemplo abaixo do Equador, ao que espera o Brasil em 2022.

 

Marcha dos camisas negras do líder fascista Benito Mussolini no Palácio Quirinal, residência real em Roma, em 31 de outubro de 1922

 

Presidente eleito dos EUA (relembre aqui), levando também a maioria no Congresso (confira aqui) hoje invadido, Biden disse em pronunciamento: “Isso não é protesto, é insurreição”. Qualquer semelhança com um certo putsch em Munique, ou uma marcha dos camisas negras sobre Roma, não é mera coincidência.

Como não parece ser a visita anteontem (confira aqui) do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) aos ainda ocupantes da Casa Branca.

 

Atualizado às 18h15, após o pronunciamento de Biden.

 

Charbell Kury e combate à Covid em Campos no Folha no Ar desta 5ª

 

(Arte: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

A partir das 7h desta quinta (07), o convidado do Folha no Ar, na Folha FM 98,3, é o médico epidemiologista Charbell Kury, subsecretário de Atenção Básica e Vigilância Sanitária (correspondente à antiga Vigilância em Saúde) do governo Wladimir Garotinho (PSD).

Charbell falará sobre as restrições que foram (confira aqui) e podem ser impostas no combate à Covid-19 em Campos, projetará a início da vacinação contra o novo coronavírus no município e a regulação dos leitos e respiradores disponíveis aos doentes da pandemia nas redes pública, conveniada e privada.

Quem quiser participar ao vivo do Folha no Ar desta quinta pode fazê-lo com comentários em tempo real, no streaming do programa. Seu link será disponibilizado alguns minutos antes do início, na página da Folha FM 98,3 no Facebook.

 

Com vitória ao Senado na Geórgia, EUA de Biden sepultam Trump

 

Em janeiro de 2020, os candidatos democratas ao Senado pelo estado da Geórgia, Jon Ossoff e Raphael Warnock, com o então presidenciável Joe Biden (Foto: Jonathan Ernst – Reuters)

 

Filmada em 1939, a cena do incêndio da Atlanta escravagista na Guerra Civil dos EUA (1861/1865), em “E o Vento Levou”, continua sendo um dos grandes momentos do cinema, a despeito da toada claramente racista do filme. Atlanta é a capital do estado da Geórgia, além de sede da Coca-Cola, ícone do capitalismo. E foi a sede também das Olimpíadas de 1996, que teria sua pira acesa pelo ex-campeão profissional (e olímpico) de boxe Muhammad Ali, príncipe da luta pelos direitos dos negros nos EUA dos anos 1960. Trêmulo pelo Parkinson, consequência dos muitos golpes que levou na cabeça ao longo da carreira, ainda era “impávido que nem Muhammad Ali”, como cantou Caetano, naquele momento marcante do final do século 20.

 

 

Campeão olímpico de boxe em Roma-1960, antes de jogar fora sua medalha de ouro pelo racismo nos EUA, Muhammad Ali emocionou o mundo ao acender a pira das Olimpiadas de Atlanta-1996

 

Pois foi na Geórgia que se consumou na manhã de hoje o último capítulo das eleições dos EUA de novembro. No segundo turno do estado tradicionalmente conservador ao Senado, o resultado confirmou o tamanho da derrota acachapante do ainda presidente Donald Trump. Além de perder a Casa Branca no voto popular e na decisão do colégio eleitoral, o republicano entregou também aos democratas do presidente eleito Joe Biden o controle da Câmara e do Senado. Este, definido hoje pela vitória do jovem cineasta documentarista e jornalista investigativo Jon Ossoff, de apenas 33 anos, e do pastor Rapahel Warnock, de 51 e primeiro negro eleito senador pela Geórgia.

O Senado ficou com 50 senadores aos democratas e 50 aos republicanos. Mas como, no sistema dos EUA, cabe ao vice-presidente o voto de minerva na Câmara Alta, Biden terá de Kamala Harris a carta branca para aprovar as reformas que quiser em seu início de mandato. Fiha de uma indiana e um jamaicano, ela é a primeira mulher, primeira negra e primeira descendente de asiáticos a ocupar o cargo de vice-presidente da democracia mais longeva do mundo. Não por coincidência, foi a virada democrata na Geórgia que permitiu a este blog e à Folha da Manhã anteciparem (confira aqui), desde 6 de novembro, o resultado da eleição presidencial dos EUA. Que só seria confirmado oficialmente pelo mundo (confira aqui) no dia seguinte.

 

Jor Biden e sua vice Kamala Harris (Foto: Twitter)

 

Para celebrar este dia de confirmação das luzes da democracia, aos EUA e ao mundo, com o tiro de misericórdia da vontade popular na nuca do trumpismo, fica uma homenagem a Geórgia no piano e voz do seu filho mais ilustre:

 

 

Combate à Covid em Campos sob análise no Folha no Ar desta 4ª

 

(Arte: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

A partir das 7h da manhã desta quarta (06), o convidado do Folha no Ar, na Folha FM 98,3, é o médico infectologista Nélio Artiles. Ele analisará a equipe de Saúde (confira aqui, no Blog do Arnaldo Neto, e aqui, no blog De Fato, do Aldir Sales) do governo Wladimir Garotinho (PSD).

Nélio Artlies também analisará a situação das redes hospitalares pública e contratatualizada do município. Assim como a nova política de combate à Covid-19 em Campos (confira aqui, aqui, aqui e aqui).

Quem quiser participar ao vivo do Folha no Ar desta quarta pode fazê-lo com comentários em tempo real, no streaming do programa. Seu link será disponibilizado alguns minutos antes do início, na página da Folha FM 98,3 no Facebook.

 

Presidente da Câmara, Fábio Ribeiro no Folha no Ar desta 3ª

 

(Arte: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

A partir das 7h da manhã desta terça (05), o convidado do Folha no Ar é o vereador Fábio Ribeiro (PSD), eleito em 1º de janeiro presidente da Câmara de Campos, como este blog havia adiantado (aqui) desde 15 de dezembro.

Fábio analisará as urnas de novembro e projetará o governo municipal Wladimir Garotinho (PSD), falará da eleição da nova Mesa Diretora (confira aqui como ficou a composição adiantada pelo blog aqui) e do papel do Legislativo diante da crise financeira do município (confira a série da Folha sobre o tema aquiaquiaquiaquiaqui, aquiaqui, aqui, aquiaqui e aqui).

Quem quiser participar ao vivo do Folha no Ar desta terça pode fazê-lo com comentários em tempo real, no streaming do programa. Seu link será disponibilizado alguns minutos antes do início, na página da Folha FM 98,3 no Facebook.