“As possibilidades de projetos de lei só me foram entregues ontem (23) pela equipe técnica. Alguns são impossíveis de serem implementados em período de pandemia. Não seria justo com quem esteva a frente do combate ao Covid. Os ajustes que serão feitos terão impactos mínimos sobre a vida do servidor”. Foi o que garantiu na noite de hoje, tão recebeu alta do Hospital São Lucas, no Rio de Janeiro, o prefeito de Campos, Wladimir Garotinho (PSD).
Fontes de alto escalão do governo municipal garantem que as mudanças levadas à Câmara serão: 1) o auxílio-alimentação, no valor de R$ 200, que atualmente é pago a quem tem salário base de até R$ 3.400, terá este limite como ganhos totais do servidor que continuar a receber o auxílio; 2) em relação às substituições, a ideia é fazer valer a lei que regulamenta o benefício, pagando-o em período de até seis meses, não por cinco ou seis anos, como acontece em alguns casos; e 3) a insalubridade continuará a ser paga aos servidores que tiverem sua condição atestada por laudo, o que hoje não ocorre com 80% dos que recebem o benefício. Com as três alterações, é prevista a economia de até 13 milhões/ano.
Já o adicional da gratificação aos servidores da Saúde, ele não será alterado enquanto durar a pandemia da Covid-19.
Na versão do governo, que inicialmente aventou (confira aqui) a possibilidade de cortes na gratificação, substituições e insalubridade dos servidores da Saúde, na ordem de 4,5 milhões/mês, teria sido colocado como “bode na sala”. Seria para depurar a base governista na Câmara Municipal. Para analistas, no entanto, foi a reação dos servidores reunidos no Sindicato dos Profissionais Servidores Públicos Municipais de Campos (Siprosep) e no Sindicato dos Médicos de Campos (Simec), acolhida e reverberada por vereadores que já vinham demonstrando insatisfação com o governo, que fizeram a administração municipal recuar.