Ceciliano e Fundo Soberano
“Presidente da Assembleia Legislativa, André Ceciliano (PT) roda o estado promovendo o Fundo Soberano criado pelo parlamento em junho de 2021”. Foi o que o público carioca descobriu ontem (02), através da colunista Berenice Seara, no jornal Extra, do Grupo Globo. Ouvinte e telespectador da Folha FM 98,3, o público campista e do Norte Fluminense já sabia do fato desde a manhã de sexta (29). Foi quando o próprio Ceciliano detalhou, ao vivo no programa Folha no Ar, a importância e o impacto que o Fundo Soberano terá para o desenvolvimento econômico de Campos e da região.
Da Folha ao Extra
Além da Folha FM, o roteiro de Ceciliano por Campos foi acompanhado na sexta, pelo site Folha1, e na edição da Folha da Manhã de sábado (30). Ontem, o Extra também escreveu: “O Fundo será custeado com dinheiro de petróleo e do gás natural: 30% do estado com os recursos de Participação Especial (PE); e 50% recuperado em Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) relacionados à exploração. Com o aumento do preço internacional do petróleo, pode dar a largada com R$ 3 bilhões. A legislação prevê que sejam realizadas audiências públicas nos 92 municípios fluminenses para a tomada de decisões sobre a aplicação desses recursos”.
Diálogo com a Uenf
Na sexta, depois do Folha no Ar, Ceciliano foi à Uenf ainda pela manhã. E lá foi recebido, ente outros, pelo economista Alcimar Chagas, professor da universidade e estudioso da região. Ele escreveu em artigo publicado domingo (31) no blog Opiniões, hospedado no Folha1: “o Fundo Soberano é fundamental e representa um elemento no processo de reestruturação produtiva, cuja estratégia precisa considerar a visão mesoeconômica, ação coletiva, conhecimento científico, comprometimento governamental, cooperação e governança, para atender o seu objetivo de desenvolvimento econômico do estado e das regiões fluminenses”.
Exemplo de SJB
No mesmo domingo e blog, o geógrafo William Passos dialogou com Alcimar para advertir: “o esforço estadual fluminense de desenvolvimento, embora deva ser combinado com uma maior participação efetiva dos municípios, em particular da Bacia de Campos, não pode ter este maior protagonismo municipal confundido com prefeiturização”. Estudioso do fenômeno de metropolização da região da Bacia de Campos, William citou o exemplo que não deve ser seguido: “o professor Alcimar citou o caso de São João da Barra, que não conseguiu converter em investimentos o superávit de 38% de suas receitas realizadas de janeiro a agosto de 2021”.
Painéis e Soffiati
O Grupo Folha tem se dedicado a discutir alternativas econômicas para Campos desde 2020. De julho a setembro daquele ano, foram realizados 11 painéis, ouvindo (confira aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui) 34 representantes da sociedade civil organizada. Outro desses painéis foi publicado pela Folha no último dia 23, com o presidente da Câmara Municipal, Fábio Ribeiro (PSD); o especialista em finanças Igor Franco; o presidente da CDL-Campos, José Francisco Rodrigues; e José Maria Rangel (PT), diretor do Sindipetro-NF. Com eles, o historiador Arthur Soffiati dialogou em artigo na Folha de sábado, onde listou nove pontos ao desenvolvimento econômico no Norte e Noroeste Fluminense.
Publicado hoje na Folha da Manhã.
No meu entendimento, essas pessoas são novas defendendo ideias antigas ou, pelo menos não sintonizada com nosso tempo, com roupagem aparentemente atual. Na visão delas, parece que o mundo continua como a 50 anos passados. O otimismo delas não tem mais lugar. As propostas são sempre parciais. Mas a maioria acredita.