Lula/Alckmin (I)
Enquanto Campos vai a Brasília por seu futuro, a Folha FM trouxe os bastidores do futuro do Brasil a Campos. Na última quarta (02), o entrevistado do Folha no Ar foi o vereador carioca Lindbergh Farias (PT). Ex-senador, ele participa das decisões de cúpula do seu partido. E garantiu: “Essa chapa Lula/Alckmin já é uma realidade”. Líder isolado em todas as pesquisas presidenciais, o ex-presidente já disse não esperar nenhum voto em São Paulo, onde o ex-tucano Geraldo Alckmin foi governador duas vezes, por tê-lo como vice. Mas Lula quer com ele mandar um sinal, oposto ao radicalismo do presidente Jair Bolsonaro (PL): a conciliação.
Lula/Alckmin (II)
“Tudo indica que seja no PSB a filiação de Alckmin (que deixou o PSDB e está sem partido). Mas pode ser que seja em outro partido, porque as coisas estão evoluindo, ninguém sabe para onde vai o PSD do (Gilberto) Kassab. O Solidariedade tudo indica que venha para o lado de cá (do PT) também. Então, a tendência é ir ampliando. À medida que chega a eleição, os deputados vão vendo quem melhor ajuda as suas candidaturas. Nessa base do Centrão que está aí com Bolsonaro, vai ter um bocado de traição, de gente que vai pular para o lado do Lula. Isso é o que mais existe no Congresso Nacional. Acho que a chapa presidencial Lula/Alckmin já é uma realidade, já está consolidada”, disse Lindbergh à Folha FM.
Lula/Alckmin (III)
Lula já disse que não reeditará em 2022 a “Carta aos Brasileiros”, garantindo que respeitaria a economia de mercado e fundamental à sua primeira eleição presidencial em 2002. Após perder no 2º turno a reeleição de Lula em 2006, Alckmin seria agora a “Carta aos Brasileiros” do petista. Com ele de vice, como acusar o ex-presidente de dois governos socialdemocratas de “comunista”, como deliram os bolsonaristas? Isso enquanto, em plena crise internacional da Ucrânia, Bolsonaro vai se encontrar este mês com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Que é ex-agente da KGB, serviço secreto da comunista União Soviética, extinta desde 1991.
Ceciliano a senador
Além de dar como certa a chapa entre o ex-presidente trabalhista e o ex-governador paulista considerado conservador, Lindbergh também analisou na Folha FM como os movimentos nacionais interferirão no tabuleiro eleitoral do RJ. Ele descartou a hipótese do presidente da Alerj, deputado André Ceciliano (PT), concorrer a governador, como aventado no Folha no Ar de 14 de janeiro pelo jornalista Luiz Carlos Azedo, articulista político do Correio Braziliense. “O melhor caminho ao Ceciliano é colar no Freixo (PSB, pré-candidato a governador) e no Lula, e crescer. Não tenho dúvida de que ele vai crescer muito para o Senado”, apostou o ex-senador.
Lula/Freixo x Bolsonaro/Castro
Pré-candidato a deputado federal, para Lindbergh a eleição a governador do Rio, com seus cobiçados palanques a presidente, estaria entre dois polos: “O PT está no processo da formação da federação com PSB, PCdoB e PV. É como se esses partidos virassem um só nos próximos quatro anos. Não tem como o PSB ter um candidato e o PT ter outro. Lula declarou que o nosso candidato (a governador) no Rio será o Marcelo Freixo. E o Ceciliano é o nosso nome a senador. Nossa chapa é Lula, Freixo e Ceciliano. A outra será Bolsonaro e Cláudio Castro (PL). Só não sei ainda quem será a senador: Romário (PL), Washington Reis (MDB)?”.
Confira abaixo, em três blocos, os vídeos com a íntegra da entrevista do vereador carioca petista Lindbergh Farias ao Folha no Ar da última quarta (02):
Publicado hoje na Folha da Manhã.