Câmara de Feijó a Marquinho
Desde 1993, quando o então vereador de oposição Paulo Feijó se elegeu presidente da Câmara de Campos, a eleição ontem a presidente do vereador de oposição Marquinho Bacellar (SD) foi a maior virada da política goitacá. Há 29 anos, Feijó levou por 11 a 10, com o voto decisivo de Toninho Vianna. Marquinho levou por 13 a 12, com o voto decisivo de Maycon Cruz (PSC). Este havia assinado seu compromisso pela reeleição do atual presidente Fábio Ribeiro (PSD). Que, mesmo com o poder de determinar a pauta, acabou como o maior derrotado. Junto do prefeito Wladimir Garotinho (PSD), que agora terá dois anos muito difíceis pela frente.
Viradas de Rodrigo
O maior vitorioso, porém, não foi Marquinho. Mas seu irmão, o deputado estadual Rodrigo Bacellar (SD), licenciado para ocupar a poderosa secretaria estadual de Governo de Cláudio Castro (PL), aliado também de Wladimir. Conhecido, mesmo entre os desafetos, pela grande capacidade de articulação nos bastidores, não é a primeira virada marcante de Rodrigo. Em maio de 2021, veículos de imprensa da capital chegaram a noticiar que ele havia perdido a disputa interna pela secretaria de Governo para o deputado Márcio Pacheco (PSC). Mas, em outra virada de última hora, o parlamentar campista ficou com a pasta.
Nas costas de Maycon
Cacifado pela vitória no governo Castro, Rodrigo Bacellar daria no mês seguinte a pista pela qual acabaria por derrotar ontem o governo municipal. Em junho de 2021, como noticiou o blog Opiniões, foi uma ligação de Rodrigo que mudou na última hora o voto do vereador Maycon Cruz, impedindo a aprovação da proposta do novo Código Tributário de Wladimir. Maycon, na ocasião, negou. Embora agora seja bem mais difícil negar sua assinatura no termo de compromisso com a reeleição de Fábio. Por não cumpri-lo, o edil Juninho Virgílio (Pros) partiu para cima do colega, interrompendo a sessão de ontem e sua transmissão ao vivo.
Contabilidade da derrota
Traições, mesmo sobre a própria assinatura, ocorrem na política e na vida cotidiana. Mas o governo também contribuiu na contabilidade da sua derrota. Por conta da rejeição ao Código Tributário, desde a sua proposição em maio de 2021, a situação rompeu com os vereadores Bruno Vianna (PSL), Raphael Thuin (PTB) e Fred Machado (Cidadania). Juninho Virgílio, por exemplo, foi um dos que cobraram à época a depuração da base. No lugar de ontem cobrar satisfação a Maycon, poderia estar hoje comemorando, se a base tivesse mantido os votos de Bruno, Thuin e Fred. Após serem “depurados”, os três votaram em Marquinho a presidente.
Rodrigo e Caio (I)
Além de Rodrigo, quem também teve papel importante para derrotar o governo municipal na eleição à presidência da Câmara foi Caio Vianna. Candidato a prefeito derrotado no segundo turno por Wladimir, secretário de Ciência e Tecnologia de Niterói, pré-candidato a deputado federal em outubro e presidente do PDT em Campos, ele trabalhou pelos votos dos vereadores pedetistas Marquinho do Transporte e Luciano Rio Lu em Marquinho a presidente. Rodrigo e Caio foram aliados no período pré-eleitoral de 2020, quando romperam. Há quem diga que, se não o tivessem feito, teriam derrotado Wladimir. Unidos ontem, deram mostra disso.
Rodrigo e Caio (II)
Com a impopularidade do ex-prefeito Rafael Diniz (Cidadania), Campos saiu das urnas de 2020 dividida em três polos de poder político. Wladimir, que se elegeu prefeito; Rodrigo, eleito deputado em 2018, que ganhou em 2021 a musculatura da secretaria estadual de Governo; e Caio, que nunca se elegeu, mas é bem votado na cidade desde 2016. Na eleição da Mesa Diretora da Câmara em 2021, Wladimir chegou a fazer um acordo com Rodrigo, mas ambos romperam antes da votação. Fábio só foi eleito presidente após Wladimir costurar um novo acordo, com Caio. Neste início de 2022, contra Rodrigo e Caio, Wladimir foi derrotado.
Experiência ignorada
Em reunião no Farol, na semana passada, o ex-governador Anthony Garotinho (sem partido) teria aconselhado a só colocarem a eleição da presidência da Câmara na pauta se o governo tivesse 15 votos garantidos. O conselho da experiência foi aparentemente ignorado e Wladimir agora projeta as dificuldades que terá, como qualquer chefe de Executivo, com um Legislativo controlado pela oposição. Vereador mais experiente entre os atuais 25, Nildo Cardoso (PSL) advertia, mesmo antes da eleição do aliado Marquinho a presidente: “Já participei de sete eleições (de Mesas Diretoras) e estou vendo gente (do governo) comemorando antes da hora”.
Mudança na Educação
Das mudanças na Câmara às mudanças no governo, a volta às aulas na rede pública de Campos está marcada para 7 de março. E, segundo garantem fontes do primeiro escalão, não há possibilidade de novo adiamento. Mas após a retomada, que a grande maioria dos pais de alunos considera atrasada, a secretaria de Educação deve mudar de mãos. O nome do novo titular da pasta ainda não está definido, mas não deve ser mais o professor Marcelo Feres. Egresso da rede federal, seu currículo é muito respeitado. Mas a dificuldade de adaptação à realidade municipal pesa na decisão. Que deve ser oficializada até o próximo mês.
Publicado hoje na Folha da Manhã.
NOSSA POPULAÇÃO DE CAMPOS/RJ TEMOS DE RETIRAR UMA DOENÇA CRÔNICA DA CIDADE NADA FIZERAM POR NÓS!!
E CONTINUAM SEM FAZER Á POPULAÇÃO CAMPISTA O QUE A MAORIA QUER É: PODER;GANÂNCIA DINHEIRO.DINHEIRO ESTE QUE CAMPOS/RJ TEM E MUITO SEM CONHECIMENTO DA POPULAÇÃO SÃO MILHÕES REAIS DÁ PARA MANTER A CIDADE CAMPOS/RJ ANOS E ANOS SEM MISÉRIA;FOME MAS, ESTE PRATO CHEIO ÁS ELEIÇÕES “ELES POLÍTICOS” NÃO IRIAM PERDER OPORTUNIDADE NAS MÃOS!! ISSO QUE GOSTAM, PORQUÊ SE A POPULAÇÃO NÃO HOUVESSE NECESSIDADES QUALQUER AJUDA QUE FOSSE POR EX:ALIMENTOS;SAÚDE ETC… COMO MUITOS POLÍTICOS IRIAM GARANTIA VOTOS????????