Deputada federal e pré-candidata à reeleição, Clarissa Garotinho (União) é a convidada para fechar a semana do Folha no Ar nesta sexta (1º), ao vivo a partir das 7h da manhã, na Folha FM 98,3. Ele analisará sua tentativa de reeleição e as demais candidaturas do seu grupo político a deputado. Também falará do racha com o governador Cláudio Castro (PL), da rixa com os Bacellar, da troca de farpas entre sua própria família e da pré-candidatura do pai, Anthony Garotinho (União), a governador.
Por fim, Clarissa falará da sua aproximação com o presidente Jair Bolsonaro (PL) e dará sua projeção às urnas de outubro. Quem quiser participar ao vivo do Folha no Ar desta sexta pode fazê-lo com comentários em tempo real, no streaming do programa. Seu link será disponibilizado alguns minutos antes do início, na página da Folha FM 98,3 no Facebook.
Godá também falará do planejamento para o encontro técnico entre IMTT e os permissionários de ônibus e vans, que irá anteceder o encontro entre governo e oposição para tentar solucionar hoje o principal problema de Campos.
Quem quiser participar ao vivo do Folha no Ar desta quinta pode fazê-lo com comentários em tempo real, no streaming do programa. Seu link será disponibilizado alguns minutos antes do início, na página da Folha FM 98,3 no Facebook.
Após a grita geral, a sessão foi interrompida por 1h30. Mas, num raro momento de consenso, os vereadores voltaram para aprovar os dois projetos do Executivo. O problema maior é o preço da passagem de vans para pontos mais distantes do município. Ficou acertado um encontro de estudos de viabilidade técnica dos permissionários de vans e ônibus, e do Instituto Municipal de Trânsito de Transportes (IMTT). Depois do qual será marcada, em data e local ainda a serem definidos, uma reunião entre permissionários, edis do governo e oposição — entre eles Marquinho Bacellar (SD) —, técnicos do IMTT e o prefeito Wladimir.
“Tem que ter culhão”?
Apesar do consenso no transporte público, antes a Câmara também esquentou por conta da entrevista ao Folha no Ar do prefeito Wladimir Garotinho na última sexta (24). Quando ele fez o balanço do seu primeiro ano e meio de governo, ao qual deu nota 7. Eleito presidente da Câmara em 15 de fevereiro, em pleito anulado pela atual Mesa Diretora, Marquinho Bacellar atacou: “Quem não tem diálogo é o mimado do prefeito. Ele diz que vereador quis ser sócio da Prefeitura, mas não teve coragem para falar o nome. Tem que ter culhão”. Talvez devesse cobrar o mesmo “atributo” a quem foi para a oposição após ter a delirante proposta recusada.
Quem assume?
Marquinho também falou da possibilidade de impeachment do prefeito, que foi tratada no programa da Folha FM 98,3 de sexta. Sobretudo se a oposição confirmar a vantagem que hoje possui na eleição da nova Mesa Diretora, com prazo até dezembro: “Você (Wladimir) não é preparado, não deveria sair de Brasília (deixou o mandato de deputado federal para disputar e ganhar a Prefeitura em 2020). Disse que ouviu que estamos tramando impeachment. É mentira, se você viesse aqui, ouviria a verdade. Se algum vereador que falou, assuma”, cobrou o vereador da oposição ao prefeito e aos próprios colegas.
Covid volta a matar
Após um tempo sem produzir óbitos em Campos, a Covid voltou a assustar quem achava que a pandemia já era coisa do passado. Nos boletins semanais, o divulgado na última sexta-feira, registrou seis mortes pela doença. Cinco na própria semana passada e um nela confirmado, mas ocorrido no dia 9. No programa Folha no Ar do início da manhã de ontem (28), o médico infectologista Nélio Artiles alertou para a necessidade de reforço das vacinas. Segundo a secretaria municipal de Saúde, 87% dos campistas receberam a primeira dose, enquanto 78,16% tomaram a segunda dose, 41,6% a terceira dose e apenas 8,69% a quarta dose.
Vacinas e máscaras
“A grande maioria das pessoas dos que estão nas UTI brasileiras com Covid é de não vacinados. Quanto aos vacinados, qual a quantidade de doses? Entre os vacinados, a gente sabe que, passados seis meses, a proteção diminui de maneira significativa. Há a necessidade de repetição da vacina a cada seis meses. Há também a questão da mutação do vírus. Essa variante Ômicron já veio com uma perspectiva de letalidade menor, embora com maior transmissibilidade. As pessoas também passaram a se proteger menos, abandonando o uso de máscaras, o que aumenta a circulação do vírus”, analisou o infectologista Nélio Artiles.
Dia do Museu
No início da manhã de hoje, a entrevistada do Folha no Ar é a historiadora Graziela Escocard, diretora do Museu Histórico de Campos, que completa 10 anos nesta quarta. O programa da Folha FM 98,3 deve se encerrar às 9h. Depois, a agenda do Museu está cheia. Às 10h, haverá apresentação musical da Lyra de Apolo na Praça do Santíssimo Salvador. Às 11h, se dará a cerimônia de enterramento de uma cápsula do tempo, com cartas impressas e salvas em pendrive. Às 18h, será aberta a exposição “SB Cultural”, com quadros de Renato Pessanha. Às 19h, fecha o dia o debate “Museu Histórico de Campos — 10 anos contando nossas histórias”.
Ao Livro Verde
As homenagens desta quarta à história viva de Campos não se resumem ao seu Museu. Presidente da CDL, o empresário e arquiteto Edvar Junior convida para celebrar, a partir das 9h30 da manhã, os 178 anos da livraria Ao Livro Verde. Fundada em 13 de junho de 1844, no período imperial, é a livraria mais antiga do Brasil, sem nunca ter sido fechada ou mudado de endereço. Há quase um século sob o comando da Família Sobral, hoje a Ao Livro Verde tem como proprietário o comerciante Ronaldo Sobral, dando continuidade ao trabalho do seu pai, o saudoso Dr. João Sobral. Depois, a intenção é todos irem juntos à homenagem ao Museu.
Historiadora e diretora do Museu Histórico de Campos, Graziela Escocard é a convidada do Folha no Ar desta quarta (29), ao vivo a partir das 7h da manhã, na Folha FM 98,3. Ela falará da história e da programação dos 10 anos do Museu.
Graziela também analisará a demanda de reforma dos solares dos Jesuítas, que abriga o Arquivo Público Municipal, e dos Airizes, além da reabertura do Teatro de Bolso (TB), dentro da política cultural do governo Wladimir Garotinho (sem partido).
Quem quiser participar ao vivo do Folha no Ar desta terça pode fazê-lo com comentários em tempo real, no streaming do programa. Seu link será disponibilizado alguns minutos antes do início, na página da Folha FM 98,3 no Facebook.
Nélio falará também sobre a varíola dos macacos, com 17 casos confirmados até agora no Brasil, sendo quatro no estado do Rio de Janeiro, dengue e hepatite. Quem quiser participar ao vivo do Folha no Ar desta terça pode fazê-lo com comentários em tempo real, no streaming do programa. Seu link será disponibilizado alguns minutos antes do início, na página da Folha FM 98,3 no Facebook.
Ex-prefeito de Campos e ex-governador, Anthony Garotinho (União) poderá ou não concorrer em outubro ao Palácio Guanabara? A pergunta suscita dúvidas até entre os juristas. Mas tem previsão de estar mais perto da resposta amanhã. Nesta quinta (23) está marcado o julgamento dos embargos de declaração de Garotinho, por sua condenação na Chequinho, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O resultado, após publicado o acórdão, deve definir se o político da Lapa está ou não elegível. A Lei da Ficha Limpa veda a participação eleitoral dos condenados em segunda instância, como é o caso do TRE.
Se fosse a deputado…
Além da Chequinho, Garotinho também tem condenação em segunda instância por improbidade. Mas a nova lei do crime para políticos aprovada este ano no Congresso, que liberaria também o ex-governador, está sob análise do ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O que deve definir o destino do político de Campos é o TRE. Em um estado democrático de direito, com Poderes independentes, não deveria ser assim. Mas quem conhece o jogo jogado da política aposta que Garotinho correria menos risco se fosse candidato a deputado federal ou estadual. Eleições em que seria considerado pule de 10.
“Filme de kung-fu”
“Serei candidato a governador ou nada”. Foi o que Garotinho definiu a si para 2022, como esta coluna adiantou em 18 de maio. Pesou o grande espaço do deputado estadual Rodrigo Bacellar (PL), rival dos Garotinho, na gestão Cláudio Castro. As pesquisas hoje apontam pouca chance do político da Lapa voltar ao Palácio Guanabara, mas ele certamente tiraria votos de Castro. Em abril de 2014, quando liderava as pesquisas a governador, antes de não ir nem ao segundo turno daquele pleito, Garotinho e sua beligerância foram definidos pelo então presidente da Alerj, ex-deputado Paulo Melo (MDB): “Só em filme de kung-fu é que um bate em 50”.
Formosa com ciclovia (I)
No trecho entre seus cruzamentos com a avenida José Alves de Azevedo (Beira Valão) e a rua Felipe Uebe, a rua Tenente Coronel Cardoso, a popular Formosa, deve estar inteiramente recapeada e com as faixas da sua nova ciclovia pintadas até a próxima semana. A projeção foi feita ontem à coluna pelo subsecretário de Mobilidade de Campos, Sérgio Mansur, engenheiro civil com especialização em transporte. A possibilidade de a ciclovia ser substituída por vagas para carros chegou a ser discutida com comerciantes da área, no Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Campos. Mas seu próprio presidente, o empresário Edvar Júnior, defende a ciclovia.
Formosa com ciclovia (II)
“Campos está integrada ao Plano Nacional de Mobilidade Urbana, do ministério das Cidades. Para receber verbas federais na área, é uma exigência se ampliar alternativas de transporte. Com o combustível no preço em que está e os problemas no transporte público, a bicicleta é o meio de transporte de muitos trabalhadores”, explicou Mansur. “Falo como arquiteto e urbanista, não como comerciante: é necessário ampliar as faixas a ciclistas. As ciclovias em Campos não são interligadas. Isso tem que mudar. Fiz uma enquete e 70% das pessoas querem a ciclovia na Formosa. Só 30%, quase todos lojistas, querem vagas a carros”, constatou Edvar.
Oportunidade do imóvel
Campos recebe entre 8 e 10 de julho, no Boulevard Shopping, a 3ª edição do Salão do Imóvel. Como nas duas edições anteriores, o evento promete condições únicas de aquisição de imóveis, com descontos de até R$ 85 mil, financiamentos em até 120 parcelas e opções com ITBI, escritura e registro do imóvel grátis. Serão mais 1.000 imóveis prontos e em construção, com opção de zero na entrada, com construtoras e imobiliárias de Campos, no maior evento do setor no Norte Fluminense. “Estamos trazendo condições exclusivas para que todos possam adquirir sua casa e seu terreno”, destacou Otávio de Souza, sócio da Ideal Imobiliária.
Lula x Bolsonaro em Campos
No próximo sábado (25) o vereador carioca e ex-senador petista Lindbergh Farias estará em Campos para o evento “Roda de Samba Lula Lá”. Será no espaço cultural Santa Paciência, a partir do meio-dia, com entrada franca. No segundo turno presidencial, os campistas deram a eleição de Jair Bolsonaro (hoje, PL) 64,87% dos votos válidos. Foi quase 10 pontos a mais do que os 55,13% dos brasileiros que elegeram o presidente. Não há dados confiáveis para precisar a força eleitoral do capitão hoje no município. Mas, como apontam todas as pesquisas nacionais após três anos e meio de governo Bolsonaro, ela hoje tende a ser menor.
De Campos à América do Sul
Se o bolsonarismo será maior que o petismo na Campos de 2022 (Fernando Haddad teve 35,13% dos votos campistas no segundo turno de 2018) só pesquisas registradas ou as urnas dirão. Mas um termômetro será o número entre os presentes no evento petista de sábado e as dezenas que saíram em apoio a Bolsonaro nas ruas do município, em meio às manifestações nacionais do último 7 de setembro. Que devem se repetir no próximo, bicentenário de Independência. Na América do Sul, com outra vitória da esquerda na eleição de Gustavo Petro a presidente da Colômbia no último domingo (19), os ventos não sopram favoráveis à direita.
Após os deputados presentes discursarem, o prefeito Wladimir Garotinho (sem partido) fez uso da palavra. Em meio aos aplausos da sua claque e vaias da claque dos Bacellar, pregou concórdia, mas não deixou de cutucar seu antecessor, o ex-prefeito Rafael Diniz (Cidadania):
— A gente entende perfeitamente que as militâncias fazem parte da política, mas hoje é dia de gratidão. É dia que nossa cidade precisa agradecer pela parceria, pela dedicação de todos os atores políticos. (…) Independente das plateias que aplaudem A ou B, o importante, neste momento, é que a cidade de Campos está ganhando. Eu costumo dizer que a obra é do município. Todo gestor que assume, deve terminar a obra que o outro começou. Infelizmente, isso não foi o que aconteceu com o prefeito que me antecedeu e parou a obra (…) As brigas e diferenças a gente deixa para o lado de fora. Aqui, hoje, é dia de celebrar e agradecer.
Depois de Wladimir, o microfone passou a Rodrigo, com a disputa entre vaias e aplausos se invertendo entre as claques. E, ao melhor estilo Bacellar, tocou fogo no parquinho:
— Quem conhece a família Bacellar sabe que não temos papas na língua. Não tenho medo de vaia, de cara feia, de porrada, de nada (…) É muito fácil chegar no palco, como tem acontecido há muito tempo nesta cidade, e pregar a paz, dizer que é dia de festa. Mas ontem à noite o prefeito saiu de casa com aquele frio que estava e veio aqui na rua às 23h para falar mal do ex-prefeito (Rafael). Não tenho procuração para falar do ex-prefeito, mas falar dele é sacanagem porque quem veio aqui tirar o paralelepípedo do Parque Saraiva foi a mãe do prefeito (Rosinha Garotinho, hoje no União). Falar de Parque Saraiva é mole… Gravar vídeo falando que a obra é em parceria com o Estado. Que parceria é essa? É o governador que paga 100% da obra (…) Tem que parar com essa palhaçada de vídeo, de blábláblá, de atacar os outros. Tem que parar de ser ingrato com o governador que faz tudo por Campos. Que o pai do prefeito chama de ladrão todo dia. Que parceria é essa?
É verdade que a obra no Parque Saraiva foi iniciada e paralisada em 2016, no último ano do governo Rosinha. Como várias outras ainda inconclusas, foi feita a toque de caixa para tentar eleger Dr. Chicão (PP) prefeito de Campos, derrotado ainda no primeiro turno por Rafael Diniz. Como é verdade que este passou os quatro anos do seu governo sem retomar a obra, durante um período de “vacas magras” dos royalties do petróleo. São verdadeiros, portanto, tanto o argumento de Wladimir, de que a obra não foi retomada por Rafael, quanto o de Bacellar, de que a obra foi abandonada por Rosinha. E faz parte do jogo político realçar os fatos positivos e tentar esconder os negativos. O que não é normal, ou não deveria, é levar a ferro e fogo as amnésias seletivas dos adversários. Sobretudo quando estes estão no mesmo palanque.
Protagonista do palanque, Cláudio Castro falou depois de Rodrigo. Realçou a parceria com Wladimir, mas não deixou de alfinetar os pais deste:
— O Parque Saraiva precisa de dignidade, de gente que respeita o povo. Não viemos aqui para criar briga. Campos é assim, o sangue ferve mesmo. A gente entende que isso faz parte. (…) O mais importante não é quem fez a obra, é que a obra chegue na população. Ninguém nunca me viu em palanque bradar que eu fiz isso ou aquilo. (…) Não tenho como deixar de ser verdadeiro e, sem querer colocar lenha, mas tem gente que colocou muita lama (Garotinho e Rosinha) e quer voltar. Não tenho como agradecer a parceria com muita gente boa. Quero agradecer a parceria com Rodrigo Bacellar, mas quero, sim, agradecer a parceria com o prefeito Wladimir Garotinho. Meu amigo. Ninguém faz nada sozinho.
Após ouvir os elogios do governador ao prefeito de Campos, Rodrigo desceu do palanque esbravejando. Depois do evento, apareceu de cabeça fria no almoço que organizou para Castro na Estância Jacyntho. Ao reunir em torno de Castro quase todos os ex-prefeitos de Campos desde os anos 1990, à exceção emblemática de Garotinho, Rosinha e do atual, Wladimir, a mensagem do deputado estadual foi clara: sem os Garotinhos, Campos está em paz. O problema dessa mensagem é que, em meio a um bom mandato de deputado federal, Wladimir foi eleito prefeito em 2020. E se não sofrer impeachment por uma Câmara presidida por Marquinho, irmão de Rodrigo, só sairá se perder sua reeleição — como aconteceu com Rafael.
Desde a retomada do ano letivo após a pandemia da Covid, os jovens estudantes do Liceu só precisaram olhar do outro lado da praça homônima para testemunhar as confusões constantes na Câmara Municipal, apartadas por PMs armados de fuzil. E, como exemplo costuma vir de cima, parecem ter reproduzido o péssimo que vem sendo dado há meses pelos homens públicos da cidade. Encontrariam referência mais digna se buscassem, entre a lama ou a poeira do Parque Saraiva, o exemplo de cidadãos como o Giovani.
Por Aluysio Abreu Barbosa, Cláudio Nogueira e Matheus Berriel
“O que essa briga (entre os grupos políticos dos Garotinhos e dos Bacellar) muda na vida das pessoas? Ou é uma briga mera e simplesmente pelo poder? Em que a Câmara de Vereadores trocando de mãos vai fazer a diferença na vida das pessoas?”. As indagações foram feitas no início da manhã de ontem, no programa Folha no Ar, na Folha FM 98,3, por Marcão Gomes (PL), pré-candidato a deputado federal, ex-vereador por dois mandatos e ex-presidente da Câmara Municipal de Campos. A crise que esta vive, na visão dele, remonta à eleição da atual Mesa Diretora, costurada ainda em 2020. E, por inabilidade do governo Wladimir Garotinho (sem partido) no Legislativo, teria se agravado até gerar a eleição do vereador de oposição Marquinho Bacellar (SD) a presidente da Câmara. Apesar de depois anulada, Marcão foi taxativo: “De fato, o presidente eleito foi o Marquinho (…) a gente não tem o que questionar quanto a isso”. Ele deu nota 5 ao primeiro ano e meio da gestão Wladimir, elogiando a reabertura do Restaurante Popular e o Cartão Goitacá. Mas não vê a curto prazo como o governo municipal resolverá seus dois principais problemas: o reajuste ao servidor e a questão do transporte público. Elogiou também a atuação do deputado estadual Rodrigo Bacellar e do governador Cláudio Castro, seus correligionários no PL.
Crise na Câmara de Campos — No final de dezembro de 2020, pós-vitória de Wladimir, a situação da composição da Câmara de Vereadores não era fácil. O presidente atual, Fábio Ribeiro (PSD), foi eleito com 24 votos e uma abstenção. Mas, essa aparente vitória maiúscula, na verdade, estava indefinida até às vésperas da votação. O Rodrigo Bacellar (hoje, PL) entrou no jogo com os vereadores que o apoiavam e, no finzinho, houve um acordo pactuado de bastidores entre o Wladimir e o Caio Vianna (hoje, PSD), que deu a vitória para o Fábio Ribeiro. A eleição estava muito disputada e poderia ser vencida ou perdida por um voto apenas. O Rodrigo não esperava que o Caio fosse fazer um acordo com Wladimir, que acabou dando uma rasteira em todo mundo nos bastidores. Naquele momento, o PDT (então, partido de Caio) divulgou uma carta dizendo do apoio e da governabilidade para o prefeito recém-eleito. A partir daquele instante, o Rodrigo Bacellar liberou a sua bancada para que pudesse apoiar ou não o governo. Então, foi uma vitória aparente de 24 a 1. Desde os primeiros dias da presidência do Fábio Ribeiro, já se via que não seria uma gestão simples. E logo após, quando foram encaminhados alguns projetos por parte do Poder Executivo (em maio de 2021), alguns vereadores se posicionaram contrários. Eu acho que faltou habilidade ali do governo. Culminou com a eleição do Marquinho Bacellar (em 15 de fevereiro de 2022). Ao meu ver, de forma muito precoce, o presidente atual, Fábio Ribeiro, colocou em votação. E acabou acontecendo o que aconteceu. Teve a eleição, depois se discutiu o descumprimento do regimento interno; anulou a eleição. De fato, o presidente eleito foi o Marquinho Bacellar. Todos nós sabemos disso, a gente não tem o que questionar quanto a isso.
O que a briga entre Garotinhos e Bacellar muda na vida das pessoas? — Nós temos dois núcleos hoje que se combatem o tempo inteiro: o núcleo garotista e o núcleo dos Bacellar. Mas, fora dessas bolhas, a sociedade civil organizada quer saber: o que essa briga muda na vida das pessoas? Qual é a entrega que elas vão ter? Ou é uma briga mera e simplesmente pelo poder? Em que a Câmara de Vereadores trocando de mãos vai fazer a diferença na vida das pessoas? Eu acho que o governo do Wladimir ele tem alguns calcanhares de Aquiles para poder resolver, problemas que são antigos. O governo do Rafael também tinha, só que tinha esses problemas com muito menos recursos. Então, ele (Wladimir) precisa saber como é que ele vai dar essa resposta para a população.
Nota 5 para 1 ano e meio do governo Wladimir — De 0 a 10, dou nota 5. Passa raspando. Porque os principais problemas que o município tem hoje, ao meu ver, são problemas já pré-existentes. Na área de Saúde, tem 73 unidades básicas que estão de pé, não todas funcionando. Nós temos hospitais, o Ferreira Machado e o HGG. Temos unidade lá em Ururaí, temos unidade em Morro do Coco, mais avançadas. Temos unidades pré-hospitalares que precisam de insumos, os seus prédios precisam estar funcionando da maneira adequada. Ele vem equilibrando essa entrega na Saúde. Na Educação, ficamos um tempo enorme parados na pandemia. Agora, com o retorno à sala de aula, nós vimos também a situação precária de várias unidades, de várias creches. Também é um número muito elevado de equipamentos: 180 escolas e 60 creches. Não é fácil a manutenção de toda a estrutura. Mas, os três principais problemas que eu elenco, e aí eu vou explicar porque eu dei a nota cinco. O problema social é um problema global hoje, do Brasil: a fome. Nós temos 137 mil pessoas em Campos, segundo dados do CadÚnico, em situação de extrema pobreza. Neste ponto, eu acho que é onde o governo do Wladimir consegue atingir a média para passar raspando de ano. Por quê? Ele conseguiu formular a reabertura do Restaurante Popular e agora a entrega do Cartão Goitacá, que é para poder amenizar. Salvo engano, está entregando a cerca de 3 mil pessoas. Vai amenizar um pouquinho dessa questão do problema social do município. Na área social, a meu ver, ele está indo bem. Na questão da pavimentação, do cuidado com a cidade, também eu acho que está passando na média. Alguns buracos existentes estão começando a ser tapados. A sensação de limpeza na cidade em alguns pontos da cidade ainda não é a ideal, mas ele acaba passando raspando.
Dois principais problemas — Os dois principais problemas, e aí a nota dele (Wladimir) não vai subir de jeito nenhum num curto espaço de tempo, são as questões dos servidores públicos e a do transporte público do município. Para poder agradar uma classe (dos servidores) que, merecidamente, precisa de uma recomposição salarial, que não tem desde 2016, a cada 1% de aumento que o prefeito escolha dar aos servidores públicos, vai ter um impacto de R$ 10 milhões na folha de pagamento por ano, mais ou menos. Eu vejo com muita dificuldade ele conseguir equacionar essa relação, onde os servidores já têm mais de 40% de perdas salariais desde 2016. Vamos supor que a Prefeitura resolva dar 10% de recomposição de perdas. Isso vai ter um impacto na folha da Prefeitura de R$ 100 milhões, mais ou menos, durante o ano. Então, esse é um problema muito grande. E aí, essa briga política de Câmara e de Poder Executivo não contribui em nada para a resolução desse problema. Às vezes, o servidor público acaba depositando a esperança: “Ah, o Marquinho Bacellar, o grupo Bacellar vai resolver o problema do nosso aumento”. Não vai resolver. Presidente algum que assuma a Câmara de Vereadores vai resolver esse problema, porque esse é um problema que só pode ser resolvido pelo prefeito. É inconstitucional qualquer proposta que saia da Câmara Municipal para resolução do problema dos servidores públicos. Podem os 25, de forma unânime, propor um projeto de lei para aumentar em x% o salário dos servidores públicos; esse projeto é inconstitucional, porque não é competência da Câmara de Vereadores. Mas acho que isso traz um desgaste muito grande, político, hoje para o prefeito Wladimir. E o outro grande problema, que também não enxergo com possibilidade de resolução num curto prazo, é o transporte público, onde as pessoas sofrem todos os dias. Se você for olhar em vários terminais do município, as pessoas se transportam feito sardinha em lata. É um problema antigo, não tem solução também num curto espaço de tempo. E também não é uma solução que a Câmara de Vereadores vai conseguir dar sem, obviamente, todos os atores: Poder Legislativo, Poder Executivo, os empresários de transporte, sejam os concedidos ou os de transporte alternativo. Não vai conseguir dar solução sem que eles estejam à mesa para encontrar um caminho para entregar um serviço de transporte melhor para a população.
Desempenhos de Rodrigo Bacellar e Cláudio Castro — É um triste cenário do desenho atual da nossa política esse enfrentamento dos dois grupos políticos (dos Garotinho e Bacellar). Mas, como eu disse anteriormente, fora dessa bolha alimentada por esses grupos políticos, a sensação que a população tem, até não só aqui na pedra, mas naquela situação do povo mais humilde, o que eles querem saber? O que essa briga contribui para melhorar a qualidade de vida e a entrega de serviços à população campista? Essa briga não contribui em nada. Mas, ao mesmo tempo, a gente tem que reconhecer a atuação do deputado Rodrigo Bacellar em favor do nosso município e de toda a região. Importantes programas do estado foram implementados: Segurança Presente, Esporte Presente, RJ Para Todos. Tem entrega de serviços. Então, a gente tem que enaltecer o trabalho que o Rodrigo vem fazendo. Nós perdemos para a Covid dois deputados estaduais: o nosso saudoso João Peixoto e o nosso saudoso Gil Vianna. Mas a atuação do Rodrigo tem sido muito forte ao lado do governador Cláudio Castro. O Governo do Estado hoje tem feito um verdadeiro canteiro de obras no entorno dos municípios do Norte e do Noroeste Fluminense. Aqui em Campos, além do Parque Saraiva, tem previsão de mais de R$ 300 milhões também de investimentos para a Vila dos Pescadores, para o Parque Santa Clara, para alguns bairros do nosso município. Tem o investimento, salvo engano, de R$ 16 milhões para o HGG. Então, o Governo do Estado tem contribuído muito nessa parceria do deputado Rodrigo Bacellar, do governador Cláudio Castro. Tem havido essa entrega. A população quer saber efetivamente disso. O que satisfaz a população é a entrega. Fora o pessoal da bolha que foi lá para brigar, a população, o povo do Parque Saraiva estava muito satisfeito com a entrega. O que eles queriam ouvir ali dos agentes públicos era sobre a entrega.
Eleitor mal representado e envergonhado — A bolha e a briga dos dois grupos políticos não têm contribuído em nada. As pessoas se sentem muito mal representadas e envergonhadas. Se você for fazer uma enquete, por exemplo, e perguntar: hoje, quem são os 25 vereadores eleitos que estão na Câmara Municipal? Pouquíssimos sabem elencar pelo menos 1/3 dos vereadores lá fora, porque o que chama a atenção é a briga, e não a entrega. Então, eu acho que deve haver uma revisão. Eu acho que a briga pelo poder de certa forma é legítima, é salutar. Mas, que haja sempre um encontro de vontade para entregar à população uma melhor qualidade de serviço. Essa terra de Marlboro não contribui em nada para ninguém. Essa é a sensação que a gente tem conversando com as pessoas.
Briga com Rodrigo e aliança deste desde 2018 com Rafael Diniz — Hoje, nós (Marcão e Rodrigo Bacellar) somos companheiros no Partido Liberal. Naquele momento (em que Marcão era secretário de Rafael Diniz), aquela discussão que nós travamos não tinha impacto nenhum social, de entrega, nem político. Na verdade, foi uma fala do Rodrigo que eu rebati, e aí a gente ficou falando a respeito, à época, de ele não ter tido nenhuma ajuda do governo Rafael Diniz durante o processo eleitoral. Eu discordei, publiquei que ele teve ajuda e disse onde ele teve ajuda. E aí, a gente começou. A gente vê hoje a proximidade do Rodrigo e do Rafael, e você vê que eu tinha razão; que, na verdade, eles tinham um entendimento político desde antes. Mas, isso é uma questão política que a gente superou. Inclusive, a gente acabou fazendo as pazes, conversando, durante a Feijoada da Folha. Ele me chamou, ele estava com o presidente (da Alerj) André Ceciliano: “Marcão, vamos zerar aquela conversa da gente, aquela discussão que a gente teve”. Por mim, tranquilo, tudo bem, vida que segue. Até porque, não tem importância política. Era uma questão de gratidão, de ingratidão, olhares a respeito de apoio ou não apoio durante uma campanha eleitoral (de 2018, com apoio do governo Rafael à eleição de Rodrigo a deputado estadual), o que não traz, como eu disse anteriormente, impacto nenhum na vida das pessoas. Nós, agentes públicos, temos que nos preocupar com o que a gente pode construir em parceria para entregar à população. Por isso, em resposta anterior, eu elogiei muito o trabalho do Rodrigo, porque ele vem demonstrando essa entrega para a população, não só de Campos, mas de vários municípios do estado do Rio de Janeiro. E hoje nós somos companheiros de partido, nós temos o nosso governador Cláudio Castro fazendo, a meu ver, um belo trabalho. O que interessa é mudar a qualidade de vida da população, é entregar serviço para a população. É isso que a população espera dos representantes eleitos.
Hoje com Rodrigo, grupo de Rafael torce por governo ruim de Wladimir? — Eu acho que a gente tem que torcer pela nossa cidade. O Wladimir foi eleito pela maioria da população de Campos, ele tem o encargo de ser prefeito do município até o dia 31 de dezembro de 2024. E tenho conversado muito isso com as pessoas. Estou numa pré-candidatura, onde a gente não pode pedir voto, mas a gente pode conversar sobre política com todo mundo. Hoje, nós acabamos por ficar sem deputado federal da cidade, porque a Clarissa (Garotinho, União) não reside em Campos. O intuito de a gente ter um deputado federal é de ajudar. O Rodrigo, mesmo com esse clima bélico entre os dois grupos, ele tem feito pela cidade. Até o governador tem ajudado muito o município. Então, nós temos que torcer pela entrega, pela melhoria da qualidade do serviço, e não pura e simplesmente para um governo não dar certo.
Alvo de Rodrigo no Parque Saraiva foi Garotinho, não Wladimir? — Essa colocação do Rodrigo Bacellar na entrega das obras do Parque Saraiva, a meu ver, ela tem muito mais a ver com as críticas contundentes e insinuações feitas pelo pré-candidato Anthony Garotinho ao Governo do Estado do que com o vídeo gravado pelo prefeito Wladimir (em que criticou o governo Rafael por não ter retomado as obras no Parque Saraiva abandonadas pelo governo Rosinha Garotinho). Eu acho que o que mais incomoda e estava incomodando ao deputado, a meu ver. Ele pode ter externado daquela forma, citando o vídeo, mas eu acho que o que tem de pano de fundo nisso são as insinuações. Esses dias eu estava vendo um vídeo do ex-governador e pré-candidato ao Governo do Estado onde ele insinua que as obras do Governo do Estado são superfaturadas. Ele fez um vídeo dizendo que, ao invés de entregar paridade para os policiais, para os bombeiros, piso nacional do magistério, o governador tem feito obras suspeitas. E aí faz gestos nos seus vídeos, como se tivesse tendo dinheiro. Eu acho que tudo isso incomoda muito a um cara, deputado estadual, que foi secretário de Governo, está ao lado do governador, está aqui no município entregando uma obra muito importante, e o pai do prefeito, por trás, minando, fazendo insinuações. Eu acho que tudo isso aí acabou por culminar naqueles discursos mais fortes. A questão do vídeo, a citação dela foi justamente para não dar luz ao que o Garotinho vem fazendo nos bastidores e o que o que a própria deputada Clarissa Garotinho também vem fazendo, que são críticas muito contundentes a um parceiro, que é o governador. Cláudio Castro não tem sido parceiro, tem sido um pai para o município de Campos e para a gestão de Wladimir. Desde os primeiros momentos da gestão do Wladimir Garotinho ele vem atuando, inclusive para pagamento de folhas de servidores públicos, obras do HGG. Então, acho que o incômodo de fundo são essas insinuações maldosas da deputada Clarissa e do ex-governador Garotinho, em sua pré-candidatura desesperada, querendo desqualificar um governador que vem fazendo muito pelo nosso município.
“Ausência de diálogo com a Câmara” — O que eu tenho acompanhado, conversando com alguns atores envolvidos nesse processo, é que de fato há uma ausência muito grande de política, da política de bastidores, entre o governo Wladimir Garotinho e a Câmara de Vereadores: ausência de diálogo. É o estilo dos Garotinhos ao administrar. Quando a prefeita Rosinha encaminhava projetos à Câmara de Vereadores no meu primeiro mandato (2013/2016), a gente recebia os projetos faltando minutos para entrar em pauta; os vereadores mal tinham tempo de ler o projeto para votar. Me parece que vem sendo uma prática recorrente a ausência de diálogo sobre os principais problemas a serem enfrentados, sobre projetos de lei a serem discutidos e votados. Essa falta de diálogo entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo acaba acarretando na insatisfação de muitos vereadores, o que faz com que eles possam pular nesse muro baixinho aí (dos Garotinhos aos Bacellar), que depois o Marquinho (Bacellar) falou (em entrevista do Folha no Ar) que vai ser uma esteira rolante. Agora, impacto disso na vida das pessoas, que é o que as pessoas esperam? Nos dois principais problemas da Prefeitura que eu elenquei aqui, que são a questão do aumento dos servidores e a do transporte público, impacto zero.
Governo Wladimir com uma Câmara na mão da oposição — No que vai dificultar a administração de Wladimir a tomada do poder do Legislativo pela oposição? Ele vai ter que ser quase perfeito na elaboração do seu orçamento. Por quê? Provavelmente os vereadores vão colocar diminuta a margem de realocação do orçamento, de remanejamento. Vão colocar de forma diminuta tanto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDA) e na Lei Orçamentária Anual (LOA). Então, o pessoal da secretaria de Fazenda, do Controle da Prefeitura, vai ter que ser quase perfeitos, porque se eles vacilarem um pouquinho na hora de confeccionar o orçamento, todo remanejamento solicitado a posteriori terá que ter o aval da Câmara de Vereadores. E aí, por certo, os vereadores irão impor ao Poder Executivo algumas dificuldades na concessão da liberação desses créditos. Então, esse é um problema muito grave. Da mesma forma que o outro grande benefício que poderá ser dado à população por uma Câmara com maioria de oposição é que assegure ao cidadão campista que não vai haver aumento de tributos, não vai haver nenhuma recolocação de nenhuma taxa de uma contribuição. Então, na verdade, o Poder Legislativo vai ele vai conseguir controlar a entrada de recursos do Poder Executivo e a saída de recursos. Mas, ele não vai poder impor em momento algum aonde aquele recurso deve ou não deve ser aplicado, a quem ele deve ou não deve ser entregue.
Possibilidade de impeachment de Wladimir pela Câmara com a oposição? — O risco ele sempre vai existir, a partir do momento em que ele não tenha no mínimo 2/3 dos vereadores ao lado dele. Mas, o risco sempre existe. Isso acabou virando moda no país desde o afastamento da Dilma (PT, em 2016). Em vários outros momentos se fala em impedimento no país. Durante o período do atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), em vários momentos o Rodrigo Maia (hoje no PSDB), à época (quando era presidente da Câmara Federal), recebeu vários pedidos de impedimento. Então, isso pode acontecer. Um fato político pode ser criado, desde que tenha uma base jurídica relevante e consubstanciada. Então, esse é um outro grande impacto e uma outra grande preocupação política do chefe do Poder Executivo quando ele não tem minimamente uma maioria consolidada ou no mínimo um pouco mais de 1/3 dos vereadores que possam assegurar essa defesa para ele na Câmara dos Vereadores. Pelo clima bélico que a gente vê entre um grupo e outro, muitas vezes quase até chegando às vias de fato, o querer pode ser 10. Agora, eu não vejo hoje, não enxerco nenhum fato jurídico relevante que possa provocar este pedido de impedimento, porque você tem que ter os requisitos, tem que atender aos requisitos da lei. Não basta apenas a vontade política, tem que ter o cumprimento do que exige na lei.
Confira em vídeo, nos dois blocos abaixo, da íntegra da entrevista de Marcão Gomes ao Folha no Ar de ontem (17):