A pré-candidatura de Anthony Garotinho (União) em outubro cotinua viva. Em reviravolta no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Nunes Marques, que já tinha votado pela validação das provas na condenação da Chequinho, retirou seu voto na tarde de hoje, para agora à noite votar pela nulidade. O placar parcial, que pode ser alterado até 5 de agosto, agora é de 3 a 2 favorável ao recurso do ex-vereador Thiago Ferrugem (União), no mesmo processo que poderia tornar Garotinho inelegível.
No julgamento da 2ª turma do STF, o ministro relator Ricardo Lewandowski tinha votado pela nulidade das provas, no que foi seguido pelo ministro Gilmar Mendes. Pela validação da condenação, tinham votado os ministros Edson Fachin e Nunes Marques. Voto que faltava, na noite de ontem (30) o ministro André Mendonça também decidiu contrário ao grupo dos Garotinho. Na tarde de hoje, Nunes Marques, ministro mais bolsonarista da instância máxima do Judicário do país, primeiro retirou seu voto na tarde de hoje, para à noite dar uma volta de 180º.
Capaz de ser explicado só pelos juristas, impossível de ser entendido pelos leigos e imcompreensível até aos jornalistas que se aventuram a cobrir o caso, o fato é que Garotinho, até aqui, não tem impedimento legal nenhum para se candidatar em outubro. Embora alguns analistas arrisquem que, após o susto, ele possa desistir de concorrer contra o governador bolsonarista Cláudio Castro (PL). E, até as convenções partidárias, se contentar com a disputa de outro cargo eletivo, como deputado federal ou estadual. O que pacificaria a relação em Campos entre os Bacellar e os Garotinho, inclusive na composição da nova Mesa Diretora da Câmara Municipal, em costura feita por cima.
À esta altura, ninguém, jurista, jornalista, ou leigo, duvida de mais nada.