Castro, Freixo, Lula e Bolsonaro nas pesquisas da semana

 

(Montagem: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

 

Castro e Freixo em empate técnico

Na eleição a governador do RJ, o início da semana trouxe pouca novidade. Na pesquisa Ipec (antigo Ibope) divulgada na noite de segunda (15), o governador Cláudio Castro continua liderando, com 21% das intenções de voto na consulta estimulada ao 1º turno. Mas ainda empatado tecnicamente com o deputado Federal Marcelo Freixo (PSB), com 17%. Na margem de erro de 3 pontos para mais ou menos, o empate técnico entre os dois líderes já havia sido registrado pela mesma Ipec de 21 de julho. Mas, diferente do mês anterior, o instituto não divulgou em agosto sua projeção de 2º turno, o que arranha a credibilidade da pesquisa.

 

(infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Bolsonaro não confirma reação

Na eleição presidencial, a novidade foi a não confirmação da reação de Jair Bolsonaro (PL) sobre Lula (PT), apontada nas pesquisas da semana passada. Uma delas, a BTG/FSB registrou no dia 8 a virada de 15 pontos do capitão sobre o petista no voto do eleitor de classe média, entre 2 a 5 salários mínimos, com a percepção de queda no preço dos combustíveis. Mas, uma semana depois, Lula virou 10 pontos com o mesmo eleitor de classe média, na BTG/FSB de segunda (15). Que concluiu no relatório da nova pesquisa: “O efeito positivo que o preço dos combustíveis poderia ter na intenção de voto de Bolsonaro em grande parte já se realizou”.

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Auxílio Brasil (I)

Duas outras pesquisas da semana passada, as Genial/Quaest do estado de São Paulo divulgada na quinta (11) e a do estado de Minas Gerais, na sexta (12), não foram nacionais. Mas nos dois maiores colégios eleitorais do país, mostraram que a expectativa pelo pagamento do novo Auxílio Brasil de R$ 600,00 alterou o voto daqueles que o recebem. Entre os paulistas, foram 12 pontos virados de Lula a Bolsonaro, 9 pontos entre os mineiros da mesma faixa. Mas, na BTG/FSB nacional de segunda (15), Lula cresceu 8 pontos entre os que recebem o benefício federal (de 53% a 61% das intenções de voto), enquanto Bolsonaro ficou estático nos 24%.

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Auxílio Brasil (II)

Bem verdade que, na faixa dos que não recebem, mas moram com alguém que recebe o Auxílio Brasil, Lula caiu 9 pontos (de 62% a 53% das intenções de voto) na BTG/FSB do dia 15, enquanto Bolsonaro cresceu 8 pontos (de 20% a 28%). Mas o movimento inverso nos eleitores que sofrem impacto direto e indireto do benefício não permitiu conclusão. No relatório da pesquisa, Marcelo Tokarski, sócio-diretor do Instituto FSB Pesquisa, ressalvou: “Por enquanto, a diferença de Lula sobre Bolsonaro entre quem recebe o benefício continua bastante confortável. Só nas próximas semanas será possível ver se haverá mudança nesse segmento”.

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Quadro geral Lula x Bolsonaro

Das fatias ao quadro geral das pesquisas de segunda, a BTG/FSB e a Ipec presidenciais de deram quadros muitos parecidos. Na consulta estimulada ao 1º turno, Lula teve 45% de intenções de voto contra 34% de Bolsonaro na BTG/FSB, e 44% contra 32% na Ipec. Na margem de erro de 2 pontos dos dois institutos, a eleição poderia ser definida pelo petista em turno único. Na projeção do 2º turno, Lula bateria Bolsonaro fora da margem de erro: por 53% a 38% na BTG/FSB; e por 51% a 35%, na Ipec. Índice fundamental à definição do 2º turno, Bolsonaro lidera a rejeição: 54% contra 44% de Lula na BTG/FSB; e 46% a 33%, na Ipec.

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Auxílio Brasil (III)

De volta às fatias, a Ipec também trouxe números que frearam a expectativa de reação do presidente a partir no novo Auxílio Brasil. Entre os brasileiros que recebem ou têm alguém em seu domicílio que recebe algum benefício federal, Lula lidera com 52% das intenções de voto, contra 27% de Bolsonaro. Já entre os que não recebem, nem moram com alguém que recebe benefício federal, a vantagem de 25 pontos do petista cai a 6 pontos: 40%, contra 34% do capitão. Como o Ipec não realizava pesquisas nacionais desde dezembro de 2021, não há dados confiáveis para comparar a evolução recente dos números.

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Eleitora de Lula

O que a Ipec conseguiu desenhar bem foi o perfil da eleitora majoritária de Lula. Ela é mulher (46% a 27% de Bolsonaro), preta ou parda (48% a 29%), de 16 a 24 anos (52% a 29%), tem ensino fundamental (53% a 25%), ganha até 1 salário mínimo (60% a 19%), mora em municípios até 50 mil habitantes (48% a 28%), na periferia (44% a 28%) e é da região Nordeste (57% a 22%). Aqueles que dizem não enxergar no seu dia a dia a vantagem do petista retratada em todas as pesquisas presidenciais de 2022, deveria antes pesquisar consigo mesmo com que mulheres desse perfil convive, sem que seja como empregadas.

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Eleitor de Bolsonaro

A Ipec também desenhou o retrato do eleitor mais bolsonarista, embora nem sempre majoritário. Ele é homem (37% a 42% de Lula), branco (35% a 39%), de 35 a 44 anos (39% a 38%), tem ensino superior (35% a 36%), ganha mais de 5 salários mínimos (46% a 36%), mora em municípios de 50 mil a 500 mil habitantes (35% a 41%), do interior (33% a 44%) e é da região Sul (36% a 39%). Além dos ricos, a única faixa em que Bolsonaro bate Lula fora da margem de erro, é entre os evangélicos: 47% contra 29% do petista. Que reage no voto dos católicos, religião ainda mais popular no Brasil: 51% contra 26% do capitão.

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Publicado hoje na Folha da Manhã.

 

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