Voto e compromisso
Por Frederico Paes
Sempre, na minha vida pessoal, profissional e agora política, procurei me pautar de forma a procurar o equilíbrio. Esse caminho é o que eu entendo como capaz de construir resultados, não para pessoas ou grupos, mas para a coletividade.
Eu continuo afirmando que quando deixamos as questões pessoais de lado e partimos para discutir divergências e posturas políticas, as coisas ficam menos complexas e se tornam relevantes.
Na condição de vice-prefeito de Campos, eu posso dar testemunho da importância do papel do governador Cláudio Castro para o nosso município, de como ele tem sido fundamental para a gente construir, com parcerias em várias áreas como a Saúde e a Agricultura resultados em benefício da população.
O prefeito Wladimir Garotinho soube determinar o que queria, montar uma equipe fantástica, mas também soube procurar apoio, parcerias e buscar recursos. Fomos um dos primeiros municípios a solicitar, preparar e apresentar projetos na área de Saúde ao governo estadual. Isso viabilizou por exemplo a construção do novo HGG, com recursos do município e do estado, a partir do governador Cláudio Castro.
O governador Cláudio Castro tem dado demonstração de maturidade política ao estruturar um governo pensando não apenas na região metropolitana do Rio, mas também no interior. Com habilidade, diálogo, interlocução, Cláudio Castro tornou presente o governo do estado em todas as cidades e regiões fluminenses.
Ao mesmo tempo, o governador Cláudio Castro montou uma matriz sólida de apoiamentos políticos, com o prefeito Wladimir Garotinho, os ex-governadores Garotinho e sua esposa Rosinha e com o ex-prefeito de Caxias, Washington Reis (com sua candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral, seria substituído ontem pelo deputado federal Vinicius Farah como vice na chapa de Castro).
Os números indicam que a solidez desse projeto pode encaminhar a definição de um resultado ainda em primeiro turno: Cláudio Castro chegou a 47% e dentro da margem de erro, pode ir a 50% no Ipec. Eu penso que é sobre isso: o quanto a presença de uma gestão pode gerar a compreensão de um projeto político pela sociedade. Eu dei uma entrevista à Folha da Manhã no início do ano e falei da importância do voto no representante com compromisso regional.
Nós temos que eleger o maior número possível de candidatos que se identifiquem com a nossa região. Não precisam ser de Campos, mas têm que ter o compromisso testado, comprovado, com a nossa região. Não é possível votar em candidato que aparece só de 4 em 4 anos, de 2 em 2 anos.
Não vejo compromisso com Campos de outro candidato a governador que não seja o Cláudio Castro. Esses outros candidatos não sabem dos problemas da Dona Maria, do Seu José, de Tocos, de Travessão. Para a essas eleições, além de governador, nós temos bons candidatos nessa condição, temos que eleger deputados com esse compromisso, tanto deputados federais com deputados estaduais. Deputados que se comprometam com nossa região. É preciso que conheçam os nossos problemas e que apresentem ações.
Esse raciocínio, para mim, é determinante e pode representar sucesso e fracasso para algumas candidaturas. Eu acho que Clarissa pode surpreender na corrida ao Senado, principalmente em uma base que não é mensurada, porque as pesquisas estariam fundamentadas em estratificação de 2010, conforme ouvi de um especialista do Rio. Ela pode surpreender principalmente se Bolsonaro der um apoio mais forte. Clarissa está em segundo lugar, tem 8%, tem crescido nas pesquisas, pode herdar votos de Daniel Silveira, que teve a candidatura indeferida.
Eu sou uma pessoa que ando no meio do povo, e o que acontece é exatamente isso: a rua mostra uma realidade em que a vitória do Lula em primeiro turno não é possível mais nesse momento. Eu acho que os dois candidatos que se apresentam, apesar das posições distintas, têm muita coisa em comum. Quem falar que o Bolsonaro não apoia o social, é só ver o que foi feito na pandemia, o Auxílio Brasil, o apoio aos empreendedores. Como Lula tem votos declarados de vários banqueiros. Hoje não temos um terceiro nome, não há alternativas. O Ciro Gomes não se mostrou ainda um candidato viável e o Brasil precisava de mais alternativas. Hoje, vivemos um momento difícil com a polarização, com posições radicais. Se você fala uma coisa, tem sempre um reflexo acirrado, positivo ou negativo, contra a favor, de posições radicais. O centro, como centro-esquerda ou centro-direita, são sempre os melhores caminhos e eu não vejo hoje candidaturas colocadas viáveis nessas posições.
Então, eu acho que essa será uma eleição para presidente plebiscitária. Eu reconheço avanços no governo Bolsonaro, que apoiou Campos com pagamentos de recursos federais em áreas importantes como a Saúde, o Desenvolvimento Humano. E vejo, como uma pessoa do setor produtivo, muitas conquistas. Não se trata de distribuir recursos apenas, fazer programas de transferência de renda, mas também do desempenho da economia do Brasil, que está bombando. Nosso crescimento é superior ao de países da Europa, com reação forte, com redução do desemprego, com o crescimento da indústria, da agricultura.
Na comparação anual, a alta do PIB (Produto Interno Bruto) foi de 3,2%, segundo divulgou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no início do mês. Com esse resultado no segundo trimestre, o Brasil ocupa o 7º lugar dentro de um ranking de 26 países, segundo levantamento elaborado pela agência de classificação de risco Austin Rating.
Então, vejo que esse desempenho da economia brasileira, em quadro de pós-pandemia, de guerra da Ucrânia, aliado aos programas de inclusão social, geram uma matriz capaz de mover a decisão do voto pelo Bolsonaro, independentemente das divergências de natureza ideológica, política.
O que eu desejo, seja qual for a escolha da população, é que ela se dê de forma consciente, com análise das propostas e realizações, e acima de tudo, o respeito ao voto, à democracia, gere a verdadeira transformação de nossa sociedade.
Publicado hoje na Folha da Manhã.
Outra sacanagem esse tre fez com Garotinho invalidar a candidatura dele a deputado federal,porque não invalida a candidatura de Lula que roubou,e foi deletado pelo seu homem de confiança o ex ministro Palloci
Bolsonaro já está eleito, não sou eu que estou falando.No último dia 7 de setembro o presidente mostrou para o mundo a manifestação pacífica dos brasileiros que apoiam a sua reeleição.