Pesquisa que mais acertou o resultado das eleições no 1º turno, o Instituto MDA Pesquisa divulgou hoje a sua primeira ao 2º turno de 30 de outubro, daqui a apenas 13 dias. E confirmou a liderança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em todas as demais pesquisas, com 53,5% dos votos válidos (descontados os brancos e nulos), contra 46,5 % do presidente Jair Bolsonaro (PL).
A diferença de 7 pontos nos votos válidos entre os dois oscilou a 6,3 pontos na consulta estimulada. Na qual Lula ficou com 48,1% das intenções de voto, contra 41,8% de Bolsonaro, com 6% de brancos e nulos e apenas 4,1% de indecisos. O voto está definido para 95,1% dos eleitores do capitão, para 94,2% dos eleitores do petista e para 79,3% dos que disseram que votarão em branco ou nulo, revelando pouca margem para alteração.
ACERTO NO 1º TURNO — No dia 1º de outubro, véspera do 1º turno, a MDA tinha divulgado sua última pesquisa. Na qual projetou 48% dos votos válidos a Lula, que teve 48,43% na urna; assim como 40% a Bolsonaro, que teve 43,20%. Com média de erro de 1,82 ponto, foi o instituto que mais ficou próximo da realidade. Contratada pela Conferência Nacional do Transporte (CNT), sua primeira pesquisa ao 2º turno ouviu 2.002 eleitores de forma presencial, entre a sexta (14) e o domingo (16), ainda sem repercussão do debate da noite de ontem na Band.
ANÁLISE DO ESPECIALISTA — “É importante olhar para os resultados da MDA porque foi a pesquisa de maior proximidade com as urnas do 1º turno. Na pesquisa divulgada hoje, Lula lidera com 53,5% dos votos válidos, contra 46,5% do atual presidente, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais. Isso significa que o ex-presidente poderia ir, no mínimo, a 51,3%, enquanto o atual presidente poderia alcançar, no máximo, 48,7% dos votos contabilizados pelo TSE. Destaca-se, porém, que a MDA não calcula a intenção com o filtro do ‘likely voter’, dos eleitores que provavelmente comparecerão às urnas. E que determinarão o resultado. Neste caso, pelo perfil demográfico, Bolsonaro leva vantagem por contar com um eleitorado com maior renda e escolarização. Historicamente, este tipo de eleitor costuma faltar menos no 2º turno, possibilitando a alteração do cenário exatamente na reta final”, advertiu o geógrafo William Passos, com especialização doutoral em Estatística do Setor Público, da População e do Território na Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence) do IBGE.