Pacificação x contas de Rosinha
A pacificação entre o prefeito Wladimir Garotinho (sem partido) e o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (PL), entra a próxima semana em xeque: presidente da Câmara Municipal por irmão de Rodrigo, Marquinho Bacellar (SD) marcou para esta quarta (15) a votação das contas da ex-prefeita Rosinha Garotinho (União), relativas a 2016. O governo reconquistou recentemente a maioria mínima de 13 a 12, com os vereadores Nildo Cardoso (União) e Abdu Neme (Avante). Mas, como o parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE) recomenda a rejeição, para aprovar as contas da mãe, Wladimir precisa de 2/3 dos 25 edis, ou 17 votos.
Oposição da Câmara na Alerj
“Sobre as contas da minha mãe, prefiro não me aprofundar no momento. Só registro que ele (Marquinho) está utilizando a pior maneira de esticar a corda: fazer mal à mãe de alguém”, declarou Wladimir à coluna. Na verdade, após perder a maioria mínima na Câmara que o fez presidente, Marquinho ficou nas cordas na negociação do acordo com o prefeito. Posição que tentou inverter ao colocar na sala o bode das contas de Rosinha. Como a pacificação foi costurada pelo governador Cláudio Castro (PL) e Rodrigo não quer se meter diretamente, a oposição buscou socorro em outro deputado estadual de Campos: Thiago Rangel (Podemos).
Wladimir x Thiago (I)
Eleito vereador e deputado estadual nas suas primeiras tentativas, respectivamente, em 2020 e 2022, Thiago quer disputar a Prefeitura de Campos em 2024 com Wladimir, hoje favorito à reeleição. Para ter chance, precisa do apoio de Rodrigo, que hoje disputa com Caio Vianna (PSD). Foi o que esta coluna adiantou em 1º de março. No dia 3, o deputado recebeu no Rio nove vereadores da oposição de Campos. No dia 5, postou em suas redes sociais a foto com um 10º. No dia 7, postou foto com Rodrigo. E, na última quarta, dia 8, fez um comentário, em postagem de Wladimir, ameaçando levar denúncias contra o prefeito à tribuna da Alerj.
Wladimir x Thiago (II)
Wladimir respondeu no mesmo dia, com acusações ainda mais pesadas contra Thiago. No dia seguinte (9), os dois comentários tinham sido apagados, mas os prints deles já tinham viralizado. Até para tentar elevar o nível do debate político da cidade, a coluna não irá reproduzir a troca de acusações. Mas, ao observador um pouco mais atento, ficou bem evidente que as acusações do deputado estadual contra o prefeito eram as mesmas feitas na tribuna da Câmara pelo vereador Igor Pereira (SD). O mesmo que, no final de 2019, foi o responsável pela perda da maioria parlamentar do então prefeito Rafael Diniz (Cidadania).
Histórico da disputa
Fato é que as contas de Rosinha já tinham sido reprovadas pela Legislatura passada, que acolheu o parecer do TCE. Sua anulação pela atual, sob a presidência de Fábio Ribeiro (PSD) no início do primeiro biênio, foi questionada por juristas. E foi ali que começou a perda da maioria parlamentar de Wladimir, consumada na reação à sua proposta de aumento da carga tributária, com apenas cinco meses de governo. Que seria ratificada com a eleição de Marquinho a presidente. Cuja maioria mínima perdeu depois que os edis Nildo e Abdu, em costura do vice-prefeito Frederico Paes (MDB), negociaram com o governo em separado.
Reta final
As inscrições do 1º Festival de Teatro e Contação de História de Campos prossegue até este domingo (12). Proposto a partir de uma emenda do, então, deputado federal Chico D’Angelo (PDT), o evento está previsto para junho e os interessados em participar devem acessar o edital, preencher e enviar um formulário disponível no site oficial da Prefeitura. Os espetáculos serão registrados em vídeo, para apresentação virtual. Podem concorrer pessoas físicas ou jurídicas de direito privado, com ou sem fins lucrativos, de natureza cultural, tais como cooperativas, produtoras, companhias ou grupos de teatro ou contação de histórias, de Campos e região.
Cerco às torcidas
Na reunião realizada na sexta (10), o governador Cláudio Castro anunciou medidas para coibir a violência de torcedores nos jogos de futebol. O encontro ocorreu no Palácio Guanabara, contou com a presença dos secretários de Polícia Militar, Polícia Civil e Esporte, do Procurador-Geral do Estado e representantes do Tribunal de Justiça, Ministério Público, dirigentes de clubes de futebol, além da Federação de Futebol do Estado do Rio. Segundo o governador, será implantado um plano de ação permanente e mais enérgico para aqueles que praticam atos de violência, como os da última semana.
Fora das arquibancadas
Com as novas medidas, que já valem a partir do próximo jogo, os clubes de futebol não poderão mais disponibilizar ingressos para torcidas organizadas. Além disso, a Raça Rubro-Negra, Jovem Fla, Força Jovem do Vasco, Young Flu e a Fúria do Botafogo estão, por tempo indeterminado, proibidas de frequentar todos os estádios de futebol do Estado do Rio. O governador também destacou o preparo das forças de segurança: “Fazemos grandes eventos, como o Carnaval e o Réveillon, que reúnem milhares de pessoas. Como não iríamos garantir a segurança entre duas torcidas de futebol?”, questionou Castro.
Com o jornalista Rodrigo Gonçalves.
Publicado hoje na Folha da Manhã.
BOA DIA ALUÍSIO, O QUE VLADIMIR ESTÁ FAZENDO É QUERER JOGAR PARA BAIXO DO TAPETE A PREVICAMPOS, (trecho excluído pela moderação), A SAÚDE UM CAOS SÓ NÃO VER QUEM NÃO VER O DIÁRIO OFICIAL DA PMCG.
Pessoal vamos ser racional, Thiago, apoia Wladimir na reeleição e Wladimir apoia vc na sequência.
Guerrinhas só quem perde é a cidade de CAMPOS DOS GOITACAZES.
Estado e Município unido é td que nossa cidade conclama.
Pensem e pensem.