Prefeitáveis de 2023 analisam pesquisa a prefeito para 2024

 

Wladimir Garotinho, Marquinho Bacellar, Thiago Rangel, Jefferson Manhães de Azevedo, CVC da Direita, Professora Natália e Sérgio Mendes analisaram pesquisa GPP de março de 2023 a prefeito de Campos em 2024. Só Caio Vianna não comentou (Montagem: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

 

Pesquisa a prefeito de Campos

Publicada pela Folha no último sábado (18), a pesquisa do Instituto GPP sobre a eleição a prefeito de Campos em 2024 foi copiada por diversos veículos da região. Feita entre os dias 10 e 12 de março, com 600 eleitores, ela registrou na consulta estimulada uma grande vantagem do prefeito Wladimir Garotinho (sem partido) na eventual tentativa de reeleição, talvez ainda no primeiro turno, com 50,4% das intenções de voto (ou 61,4% dos votos válidos). Mas, na consulta espontânea, revelou uma eleição ainda aberta: 46% dos campistas hoje não sabem em quem votarão a prefeito daqui a um ano e meio.

 

Wladimir Garotinho

Fruto do maior conhecimento de Wladimir pelos campistas — 81,1% afirmam conhecê-lo “muito bem” — do que têm os potenciais adversários, a liderança na corrida a 2024 é fruto também da boa avaliação do seu governo: 55,5% o consideram ótimo (21,7%) ou bom (33,8%). “Os números refletem a administração, com a reabertura do Restaurante Popular, o asfaltamento de ruas, a volta dos Bairros Legais, a melhora substantiva na Saúde, com a reforma do HGG e a reabertura de postos. Pesquisas refletem o momento. E o nosso, há dois anos e três meses, é o mesmo: bora trabalhar”, disse o prefeito.

 

Marquinho Bacellar

Segundo colocado, Caio Vianna (PSD) não quis comentar a pesquisa. Mas foi só ele. “Eleição se discute em ano par, não ímpar. O nosso foco é no trabalho na Câmara de Campos. O eleitor não quer saber agora de eleição. E os números mostram isso: a liderança da pesquisa espontânea é dos indecisos. O povo de Campos quer que a gente trabalhe por um transporte melhor, saúde melhor, mais oportunidades”, pregou Marquinho Bacellar (SD), presidente do Legislativo goitacá. Ele ficou em terceiro lugar na estimulada a prefeito: 5,8% das intenções de votos, ou 7,1% dos válidos.

 

Thiago Rangel

Quarto colocado na estimulada GPP a prefeito — com 2,9% das intenções de voto, ou 3,5% dos válidos —, o deputado estadual Thiago Rangel (Podemos) questionou a pesquisa. E deu seus próprios números: “Cerca de 1/3 da população de Campos rejeita a família Garotinho, enquanto outros 15% são voláteis. Se acreditasse na pesquisa GPP, eu não teria me elegido à Alerj. Em 2020, 118 mil campistas votaram em mim, Rodrigo (Bacellar, PL), Carla (Machado, PT) e candidatos a deputado estadual fora do grupo do prefeito. Haverá segundo turno em 2024, diferente do que Wladimir quer fazer parecer”.

 

Jefferson Manhães de Azevedo

A GPP não deu o nome, mas sua estimulada a prefeito deu ao “Candidato do PT” o quinto lugar, com 2,6% de intenções de voto, ou 3,2% dos válidos. Considerado nome com potencial para furar essa bolha em Campos, o reitor do IFF, professor Jefferson Manhães de Azevedo (PT), analisou a pesquisa: “É uma fotografia. Usando a frase do (ex-vice-presidente) Marco Maciel, que o Ponto Final (de sábado) citou, até a eleição: ‘tudo pode acontecer, inclusive nada’. Mas, à medida que as conquistas do governo Lula (PT) forem aparecendo, isso certamente ajudará seu candidato a prefeito em Campos”.

 

CVC da Direita

No espectro ideológico oposto, o suplente de vereador Carlos Victor Carvalho (Republicanos), ou “CVC da Direita Campos”, ficou em sexto lugar na estimulada GPP a prefeito. Com 2,3% das intenções de votos, ou 2,8% dos válidos, ele analisou: “A pesquisa apresentou um cenário bastante positivo ao prefeito, mas não consigo ver nas ruas essa aceitação ao ponto da vitória no primeiro turno. Esse cenário pode mudar sensivelmente, se considerada a força da direita na cidade. O ‘CVC da Direita’ não é conhecido por 84% da população, um terreno eleitoral gigantesco a ser explorado”.

 

Professora Natália

Oposta à força bolsonarista na cidade e candidata revelação da eleição a prefeito de 2020, onde ficou em quinto lugar e quase ultrapassou o então prefeito Rafael Diniz (Cidadania), a Professora Natália (Psol) apareceu na espontânea GPP com 0,2% das intenções de voto. “Apesar da avaliação boa e ótima do governo, o cenário ainda está aberto para 2024. Os partidos de esquerda ainda não definiram sua tática eleitoral. E a oposição de direita também aparece fragmentada. O combate à fome, com a extrema pobreza saltando a 76 mil campistas, é o maior desafio da cidade”, priorizou Natália.

 

Sérgio Mendes

Prefeito de Campos entre 1993 e 1996, no auge do garotismo, o jornalista Sérgio Mendes (Cidadania) não teve seu nome citado nas consultas GPP estimulada e espontânea. Mas se mantém prefeitável e analisou a pesquisa: “Wladimir Garotinho iniciou seu governo com R$ 2,7 bilhões de arrecadação, pela alta do petróleo, e com o governador Cláudio Castro (PL) investindo maciçamente em Campos. É o que deu esses índices de popularidade ao prefeito. Mas a euforia do já ganhou é deveras precipitada. Faltam 18 meses para a eleição. Até lá, pode surgir o DNA que o prefeito leva consigo”.

 

Publicado hoje na Folha da Manhã.

 

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