Vereador e Saúde na aprovação e reprovação de Wladimir

 

 

 

Wladimir lidera disputa aberta

Feita entre 10 e 12 de março, com 600 eleitores de Campos, a pesquisa do Instituto GPP sobre as eleições municipais de 2024 foi divulgada pela Folha no dia 18. Na consulta estimulada, com os nomes dos possíveis candidatos, o prefeito Wladimir Garotinho (sem partido) teve 50,4% das intenções de voto, ou 61,4% dos válidos. Com chance de vencer no primeiro turno, seu adversário mais próximo foi Caio Vianna (PSD), com 18,1%, ou 22% dos válidos. Já a consulta espontânea revelou uma disputa aberta: com 38,6%, Wladimir ficou bem à frente dos 2,7% de Caio, mas atrás dos 46% — quase metade do eleitorado —  que não souberam responder.

 

Pesquisa a vereador (I)

No ano eleitoral, a consulta que mais conta na pesquisa é a estimulada. Mas, a mais de um ano e meio para as urnas de 6 de outubro de 2024, a consulta espontânea tem peso muito grande. De prognóstico sempre mais complexo, a eleição proporcional também esteve na pesquisa GPP, como a Folha noticiou no último sábado (25). O melhor colocado foi o vereador governista Bruno Pezão (PL), com 2,2% das intenções de voto. Abaixo dele, ficaram outros edis: Juninho Virgílio (União) e Pastor Marcos Elias (sem partido), com 1% de intenção de voto cada; e Marcione da Farmácia (União) e Maicon Cruz (sem partido), com 0,8% cada.

 

Pesquisa a vereador (II)

Caio apareceu com 0,7%, em sexto lugar na consulta espontânea à Câmara Municipal, cargo que nunca manifestou intenção de disputar. Ele ficou empatado com Marquinho Bacellar (SD), presidente do Legislativo goitacá, que ficou em terceiro na consulta estimulada a prefeito: 5,8% das intenções de voto, ou 7,1% dos válidos. Em oitavo lugar a vereador, com 0,6% de intenção de voto cada, ficaram empatados o vereador Leon Gomes (PDT) e Robertinho. Depois, empatados com 0,5%, o edil governista Cabo Alonsimar (Podemos) e Rodrigo Thomaz. Atrás deles, empatados com 0,4% cada, ficaram Kelinho Povão e Madeira Parque Aurora.

 

Pesquisa a vereador (III)

Com 0,3% de intenções de voto cada um, a pesquisa GPP à Câmara Municipal seguiu com os edis Bruno Vianna e Kassiano Tavares (ambos, do PSD), os ex-vereadores Jorge Magal e Albertinho, além de Juninho Jubiraca e Gilsinho da Pecuária. Com eles, também ficaram empatados a ex-deputada federal Clarissa Garotinho (União), o presidente da Alerj, deputado estadual Rodrigo Bacellar (PL), e o clã político deste e do irmão Marquinho: “Família Bacellar”. Como Caio, Clarissa e Rodrigo nunca manifestaram intenção de concorrer a vereador em Campos.

 

Pesquisa a vereador (IV)

O GPP só fez consulta espontânea a vereador. Sem a apresentação de nomes, se a sondagem a prefeito revelou uma maioria de 46% ainda indecisos, essa indefinição é muito maior à Câmara Municipal de Campos: em março de 2023, 73,9% dos campistas ainda não souberam responder em quem votarão em outubro de 2024. Isso, somado à margem de erro de 4 pontos para mais ou menos da pesquisa, nivela numericamente todos os candidatos à estaca zero. Por isso a disputa por cargos para cabos eleitorais no governo Wladimir, em sua pacificação com os Bacellar, segue tão acirrada entre os edis governistas e os de oposição/“independentes”.

 

Saúde: aprovação e reprovação

Na disputa a prefeito, outros dados da pesquisa GPP também são curiosos. Fora da margem de erro, a liderança folgada de Wladimir nas intenções de voto claramente advém dos 55,5% que consideram seu governo bom (33,8%) ou ótimo (21,7%). Que é regular para 34,8%, ruim para 3,3%, péssimo para 5,5%, enquanto 0,9% não souberam responder. Entre os que aprovam a administração municipal, o segundo motivo, dado por 17,7% dos eleitores, é a Saúde. Que é também o segundo motivo para reprovar a gestão. Entre os que o fazem, 24,2% também apontam a Saúde como causa.

 

Motivos da aprovação

Aparentemente contraditória, mas talvez complementar, a avaliação da Saúde Pública de Campos foi feita em consulta espontânea. “Reformou hospital”, “reformou posto de saúde”, “agora tem vagas para cirurgias”, “mais médicos”, “ele está vacinando as pessoas”, “tem remédios no posto de saúde”, “está melhorando o atendimento nos hospitais”, “consegue agendar consultas”, “aumentou a ajuda a quem tem problema de coração” estão entre os motivos citados da boca dos 17,7% dos eleitores que elencam a Saúde como motivo para aprovar o governo Wladimir.

 

Motivos da reprovação

“A Saúde está abandonada”, “poderia melhorar a Saúde Pública”, “não muda nada na Saúde”, “falta de investimento na Saúde”, “ele não faz nada pela Saúde”, “não reformou o posto médico do bairro”, “fechou o posto de saúde do bairro”, “as pessoas são maltratadas nos hospitais”, “fiquei passando por necessidade no Ferreira Machado”, “não tem médicos”, “o atendimento no posto de saúde é péssimo”, “faltam remédios no posto de saúde”, “fila para exames” e “faltam vagas para cirurgias” são os motivos citados pela boca dos 24,2% dos eleitores que elencam a Saúde como motivo para desaprovar o governo Wladimir.

 

Publicado hoje na Folha da Manhã.

 

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