Estado do Rio tem 20.344 quilombolas em 92 municípios

 

Em 1º de agosto de 2022, a população quilombola do Estado do Rio de Janeiro era de 20.344 pessoas, ou 0,05% do total de habitantes. Os dados são do Censo 2022, que investigou pela primeira vez esse grupo, integrante dos povos e comunidades tradicionais reconhecidos pela Constituição de 1988, apresentando um retrato inédito das informações sobre a população quilombola residente no país.

No Estado do Rio de Janeiro, foram identificados 8.030 domicílios onde residiam pelo menos uma pessoa quilombola, espalhados por 92 municípios fluminenses. Armação dos Búzios, com 4,44% (1.777 pessoas), e Quissamã, com 4,43% (993 moradores), proporcionalmente, lideravam o total de quilombolas no território fluminense.

Já em números totais, Cabo Frio, com 3.137 pessoas, e Campos dos Goytacazes, com 3.083 quilombolas, registraram as maiores populações deste povo e comunidade tradicional, reconhecida pela Constituição de 1988. O total dos dois municípios superou os 2.866 quilombolas registrados na cidade do Rio de Janeiro, de acordo com o Núcleo de Pesquisa Econômica do Estado do Rio de Janeiro (Nuperj/Uenf), coordenado pelo professor Alcimar das Chagas Ribeiro, que ranqueou as 10 maiores populações quilombola do Estado.

 

(Infográfico: Nuperj/Uenf)

 

Para Marta Antunes, coordenadora do Censo de Povos e Comunidades Tradicionais, com essa divulgação, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) “atende a uma demanda histórica da sociedade brasileira, dos órgãos governamentais e dos movimentos sociais”. Na medida em que “conhecer o número de pessoas quilombolas e como elas se distribuem pelo país, no nível de municípios, vai orientar políticas públicas de habitação, ocupação, trabalho, geração de renda, e regularização fundiária”.

Já o gerente de Territórios Tradicionais e Áreas Protegidas, Fernando Damasco, destaca que os dados divulgados hoje pelo Instituto “refletem um processo participativo, em que a população quilombola esteve presente junto com o IBGE desde o início, no mapeamento das comunidades, na definição dos questionários, na organização para o planejamento da coleta, no treinamento dos recenseadores e, agora, na divulgação dos resultados”.

No caso do Norte Fluminense, para o analista estatístico do Nuperj, o geógrafo com especialização doutoral em estatística pelo IBGE, William Passos, que realizou o levantamento pelo Núcleo de Pesquisa da Uenf, apesar dos 3.083 quilombolas contabilizados em Campos, o grande destaque regional são os 993 quilombolas residentes em Quissamã, especialmente no Quilombo Machadinha. “Certificado como remanescente de quilombo pela Fundação Cultural Palmares, através da Portaria n° 29/2006, de 13/12/2006, o Quilombo Machadinha funciona numa antiga fazenda, tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) em 1979, como complexo histórico e cultural. Com cerca de 50 famílias, atualmente, fazendo a autogestão da comunidade, o complexo é formado pelas ruínas da casa grande, o antigo armazém, a capela de Nossa Senhora do Patrocínio e o conjunto de senzalas totalmente restauradas. O complexo também abriga um memorial e uma casa de artes. Por isso, é Quissamã, e não Campos, apesar da maior população total quilombola deste último, o grande destaque do Norte Fluminense. De todos os municípios da Região, Quissamã é aquele onde a memória do terrível período da escravidão foi preservada com maior força, resistindo à narrativa da influente aristocracia do açúcar, durante o século XIX. Entre outras expressões da cultura material e imaterial, a comunidade de Machadinha preserva uma manifestação do fado que é uma das primeiras danças de origem africana registradas no Brasil. Há ainda a conservação do jongo, do boi malhadinho e do preparo de uma feijoada exatamente como eram feitos no período da escravocrata. Isso confere ao município um elevado potencial turístico e atrai visitantes de todas as partes do país”, destaca.

 

Eleição no IFF e a prefeito de Campos no Folha no Ar desta 6ª

 

(Arte: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Reitor do IFF e prefeitável do PT de Campos às eleições de 6 de outubro de 2024, o professor Jefferson Manhães de Azevedo é o convidado para encerrar a semana do Folha no Ar nesta sexta (28).  Ao vivo, começa às 7h da manhã, na Folha FM 98,3.

Jefferson falará do IFF entre os governos Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT), bem como das eleições a reitor e diretores dos campi da maior instituição de ensino da região. Após, o professor analisará o PT nas eleições a prefeito e vereador de Campos do próximo ano, daqui a pouco mais de 15 meses.

Quem quiser participar ao vivo do Folha no Ar desta sexta poderá fazê-lo com comentários em tempo real, no streaming do programa. Seu link será disponibilizado alguns minutos antes do início, na página da Folha FM 98,3 no Facebook.

 

Wladimir reforça com Frederico chapa para 2024

 

Wladimir Garotinho e Frederico Paes (Foto: Instagram de Wladimir)

 

 

Parabéns de Wladimir a Frederico

“Hoje (ontem) é aniversário do meu amigo, irmão e vice-prefeito, Frederico Paes (MDB). Obrigado por ter aceitado o convite de um jovem sonhador para compor uma chapa. Já disse publicamente e repito, se você não tivesse aceitado, talvez eu nem fosse candidato a prefeito (…) Quando pensei que não daria certo, você estava ao meu lado para segurar a onda e foi leal como poucos seriam. Te amo, amigo! Deus multiplique seus dias aqui na Terra”. Foi o que publicou ontem (confira aqui) em suas redes sociais o prefeito Wladimir Garotinho (PP). Na tecla SAP: Frederico só não será vice de Wladimir, na tentativa de reeleição em 2024, se não quiser.

 

Chapa imbatível?

A nova demonstração de lealdade e gratidão de Wladimir ao seu vice é discurso ecoado em todo o primeiro escalão do governo de Campos. No Folha no Ar da última sexta (21), o secretário de Desenvolvimento Econômico Mauro Silva, ao ser indagado se a chapa vencedora de 2020 se repetirá em 2024, respondeu: “Com certeza! Não tenho dúvida disso. O Frederico é uma pessoa extraordinária. Além de ser um empresário, um empreendedor, ele é uma pessoa amável, uma pessoa dócil, uma pessoa inteligente uma pessoa que sempre está pronta para composição. Tenho certeza que essa chapa continua firme, imbatível”.

 

Ponte 2024/2026

Como a coluna adiantou em 12 de junho (confira aqui), caso se reeleja em 2024, sobretudo em turno único, Wladimir se cacifa para tentar compor uma chapa a governador em 2026, como representante do interior fluminense. Um mês após ser aberta na Folha, essa possibilidade foi ecoada em 13 de julho pelo jornal carioca Correio da Manhã (confira aqui). A ponte entre 2024 e 2026 está tanto no radar de Wladimir, quanto do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), também candidato natural à reeleição no próximo ano. Nos dois casos, isso poderia fazer dos vices, prefeitos em 2026. Como Anthony Garotinho (União) fez com Arnaldo Vianna (PDT) em 1998.

 

De vice a prefeito?

O único senão de Frederico é sua atarefada lida de presidente da Coagro, à frente da antiga usina Sapucaia e agora também da usina Paraíso. Teria que equacionar isso, caso Wladimir se reeleja em 2024 e tente um voo maior em 2026. Como atuações fundamentais nas pastas da Agricultura, da Saúde e até na costura política, com a qual voltou a dar maioria ao governo na Câmara Municipal, talvez não haja exagero ao afirmar que Frederico é o vice-prefeito mais importante e ativo que Campos teve, pelo menos desde a Constituição Federal de 1988. Mas teria tempo para ser, eventualmente, prefeito? Só o aniversariante de ontem pode responder.

 

Garotinho em casa

Garotinho recebeu alta hospitalar na segunda (24). Estava internado no Hospital da Unimed, em Campos, desde quinta (20), para tratar uma pneumonia. Liberado para casa, o ex-governador postou nas redes sociais (confira aqui): “Após avaliar exames e imagens, os médicos concluíram que devo seguir o tratamento da pneumonia em casa, com o acompanhamento de uma equipe de suporte que vai administrar a medicação venosa. Mais uma vez agradeço a Deus, o incrível carinho dos funcionários da Unimed Campos, dos médicos, as mensagens de oração e apoio de tantos amigos, além do apoio de toda família, especialmente do meu amor, Rosinha”.

 

Altineu Côrtes e Rodrigo Bacellar selaram a saída deste do PL ao União Brasil (Foto: Reprodução)

 

Passe livre de Bacellar

Em almoço na segunda, com o presidente estadual do PL, deputado federal Altineu Côrtes, o presidente da Alerj, deputado estadual Rodrigo Bacellar, ganhou passe livre (confira aqui) para se mudar para o União Brasil. O que deve acontecer nos próximos dias. Ele já estava de malas prontas para se mudar à nova legenda há algum tempo. Inclusive, já tinha indicado Raphael Thompson, seu chefe de gabinete, à executiva do União. Após o encontro amistoso com Altineu, com quem andou se estranhando em sua eleição à presidência da Alerj, o político de Campos sairá do PL sem queimar nenhuma ponte.

 

No primeiro turno?

O grupo dos Bacellar, no Rio, encomendou uma pesquisa Iguape, que ouviu mil eleitores de Campos, na primeira quinzena de julho. À coluna, só foi divulgado que o principal problema do município é o transporte público e a principal virtude do seu governo, as obras. A Saúde Pública, na aparente contradição registrada na consulta GPP de março, aparece como segundo problema, assim como a segunda virtude. Um dos maiores especialistas campistas em pesquisa, no entanto, analisou a Iguape toda. E, mesmo conhecido como crítico do garotismo, a resumiu: “Se a eleição fosse hoje, Wladimir seria reeleito de braçada, no primeiro turno”.

 

A casa caiu!

“A certeza de que há um mandante é um passo fundamental. E não é uma certeza intuitiva, mas baseada em provas”. Foi o que o ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) disse na segunda, em entrevista à GloboNews, sobre os assassinatos a tiros da vereadora carioca Marielle Franco (Psol) e seu motorista, Anderson Gomes, em 14 de março de 2018. Na tecla SAP, o ministro de Lula e ex-juiz federal disse: “Eu sei o que você fez no verão passado. E a Federal vai te pegar”. Isso sobre alguém tão poderoso no Estado do Rio, que conseguiu paralisar as investigações da Polícia Civil na prisão só de dois executores. Que, após 4 anos na gaiola, começaram a cantar.

 

Publicado hoje na Folha da Manhã.

 

Rodrigo Bacellar sela com Altineu saída do PL ao União

 

Altineu Côrtes e Rodrigo Bacellar selaram ontem a saída deste do PL para o União Brasil

 

Em almoço ontem (24), com o presidente estadual do PL, deputado federal Altineu Côrtes, o presidente da Alerj, deputado estadual Rodrigo Bacellar, ganhou passe livre para se mudar para o União Brasil. Foi o que o colunista político da Folha, jornalista Saulo Pessanha, adiantou hoje mais cedo em seu blog (confira aqui), com base na jornalista carioca Berenice Seara.

Rodrigo deve se filiar ao União nos próximos dias. Ele já estava de malas prontas para se mudar à nova legenda há algum tempo. Mas, após o encontro amistoso com Altineu, o político de Campos sairá do PL sem queimar nenhuma ponte.

Como outro Rodrigo, o Gonçalves, jornalista e editor de política da Folha, também havia adiantado (confira aqui) desde o último dia 19: “Bacellar é apontado como o responsável pela indicação de um dos principais nomes na executiva do União. Rafael Thompson, que ficou com a secretaria geral na executiva do partido, é chefe de gabinete dele”.

 

Atualizado às 17h52.

 

“Vivam seus amores” — Ícaro, Helinho, Lusitano e Francisco

 

Ícaro Paes Pasco Abreu Barbosa, Helihho de Freitas Coelho, Luiz César Henriques Lusitano e Fancisco de Assis Pessanha (Montagem: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

 

“Vivam seus amores”

Por Aluysio Abreu Barbosa e Renato Kemp Lusitano

 

Este tem sido um ano de muitas perdas para Campos. Algumas, como a do jornalista Ícaro Paes Pasco Abreu Barbosa, meu único filho, com apenas 23 anos, foram devastadoras a mim, sua mãe, a também jornalista Dora Paula Paes, e nossas famílias. Sofrer a perda de um filho tão especial para tantos, mesmo tão jovem, traz na mais indizível das dores duas virtudes: a certeza de que a vida não pode reservar foiçada mais funda na alma, bem como uma empatia à flor da pele com perdas de pessoas caras a nós e igualmente capitais aos seus familiares.

Depois da partida precoce do meu filho, em 13 de maio, veio a morte do professor, advogado, historiador, ex-vereador, músico e escritor Hélio de Freitas Coelho, em 29 de junho, vítima de um infarto aos 75 anos. Esta semana, os alvos da “frecheira veloce”, como a chamava o grego Homero, pai de todos os poetas, foram dobrados. Na quarta, dia 19, morreu de câncer, aos 74 anos, o odontólogo e ex-diretor que marcou época na Faculdade de Odontologia de Campos (FOC), Luiz César Henriques Lusitano. E, no final da madrugada de ontem, dia 21, o advogado e desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ), Francisco de Assis Pessanha, também vítima de câncer, aos 82 anos.

Conheci os três. E posso dizer que fui deles amigo. Helinho, por conta da literatura, quando ele presidiu a Academia Campista de Letras (ACL) nos anos 2010, e da música associada à boemia, antes e depois. Lusitano, nos anos 1990 em que ele levou o também saudoso diretor teatral e poeta Antônio Roberto de Góis Cavalcanti, o Kapi, morto em 2015, para tentar humanizar a formação dos futuros dentistas com teatro. Com os alunos da FOC e carta branca do seu diretor, Kapi fez montagens teatrais históricas em Campos, como “Gota D’Água”, de Chico Buarque e Paulo Pontes, em 1995, para inaugurar um Trianon ainda no esqueleto e cobrar a conclusão da obra. Depois, nos anos 2000 e 2010, voltaria a encontrar Lusitano e Kapi como amigos de copo e mesa de bar, na Toca dos Amigos, hoje Vovó Dizia, na rua Pero de Góis.

De Francisco e sua família me aproximei nos anos 1990. Tive a oportunidade de comer churrasco carinhosamente preparado por ele, dividindo algumas garrafas de cerveja e nossa paixão em comum pelo futebol, a despeito dele ser torcedor fanático do Fluminense e eu do Flamengo, na casa em Atafona da família Lopes de Carvalho, da sua esposa Rosely. Depois que aquela casa ficou com Roselaine, cunhada de Francisco, ele comprou uma outra residência em Atafona nos anos 2000. Fácil de se identificar ao longe, pela enorme bandeira do Fluminense sempre hasteada alta, tremulante ao vento nordeste. Quase vizinha à minha, a conheci ao seu convite para comer caranguejo e comungar outras garrafas de cerveja, em meio a tantos outros encontros casuais, nessa lida tão tipicamente atafonense.

Estava pensando em todos esses encontros diante do desencontro da morte. Nesses “momentos que ficarão perdidos para sempre, como lágrimas na chuva”. Como diz antes de morrer o androide interpretado pelo holandês Rutger Hauer no clássico do cinema “Blade Runner” (1982), de Ridley Scott. Até que o empresário Kid Soares, meu vizinho de prédio e amigo em comum com Lusitano, mandou na manhã de ontem um texto sobre ele. Foi escrito por seu filho, o advogado e produtor rural Renato Kemp Lusitano. Da minha própria condição de órfão de filho e pai, só posso endossar o conselho parido da dor:

— Não percam o tempo de vocês, amigos. A oportunidade é hoje. Vivam seus amores.

Abaixo, como homenagem a Helinho, Francisco e Lusitano, o pungente testemunho do filho deste:

 

“Eu nunca fui bom em saber o que dizer, ao contrário dele, que era o melhor orador que conheci. Era um poeta, sem escrever uma palavra. Vivia a poesia em tudo. Ele comia devagar, amava o gosto de tudo. Não sonhou com a vida mais cara do mundo, e teve a vida com que sonhou. Era do arroz e feijão, e era da moqueca de robalo. Era do whisky e da cachaça. Era de casa e do bar. Era o melhor amigo que alguém poderia ter, mas era um pai duro e exigente para mim. Um coronel de trincheiras. Ele me ensinou a sentir frio e fome sem reclamar. Meu pai me ensinou a tolerar a dor e manter a calma. Meu pai foi minha grande escola, porque ensinou meu espírito a encontrar a paz no campo de batalha. E a vida sempre foi isso para nós. Entre nós e fora de nós, Deus nunca facilitou. E, no fim, nós estávamos juntos, na pior batalha que enfrentamos juntos: o câncer. Meu pai não desanimou um dia. E sentiu medo todos os dias. Assim como eu, ele achou a morte nos visitaria, muitas vezes. E ela errou a investida, até cansar.

Meu pai resistiu a um câncer agressivo, que lhe tomou a visão de um olho, parte do raciocínio e parte do equilíbrio, lhe entregando meses e anos de sofrimento, mas eu nunca cheguei à casa e o encontrei rendido. Meu pai se manteve de pé até a doença cansar de bater.

Nós nos amamos como os melhores pais e filhos poderiam fazer. Fomos nossos melhores amigos que brigam e nossos soldados mais confiáveis. Nós cobrimos as costas um do outro até o último segundo.

Eu e meu pai vivemos a melhor aventura que dois seres humanos, pai e filho, seriam capazes de viver. Juntos, confiando um no outro, até o fim.

Peço a todo momento que Deus me conceda a oportunidade de encontrar aquele espírito de novo, o quanto antes, como for. E nós nos amaremos demasiadamente de novo, e nos divertiremos absurdamente de novo, e brigaremos inadvertidamente e nos protegeremos incondicionalmente, vivendo de novo mais uma melhor aventura que dois seres humanos, talvez pai e filho, poderiam viver.

Não percam o tempo de vocês, amigos.

A oportunidade é hoje.

Vivam seus amores”.

 

Publicado hoje na Folha da Manhã.

 

Economia e política de Campos no Folha no Ar desta 6ª

 

(Arte: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Secretário de Desenvolvimento Econômico de Campos, ex-vereador e ex-secretário estadual, o jornalista e advogado Mauro Silva (PP) é o convidado para encerrar a semana do Folha no Ar nesta sexta (21), ao vivo, a partir das 7h da manhã, na Folha FM 98,3. Ele falará da economia do município, dos acertos e erros do governo Wladimir Garotinho (PP).

Com sua experiência de ex-vereador, Mauro também analisará a relação entre Executivo e Legislativo goitacá, assim como a pacificação entre Garotinhos e Bacellar. Por fim, tentará projetar as eleições a prefeito e vereador de Campos, em 6 de outubro de 2024, daqui a menos de 15 meses.

Quem quiser participar ao vivo do Folha no Ar desta sexta poderá fazê-lo com comentários em tempo real, no streaming do programa. Seu link será disponibilizado alguns minutos antes do início, na página da Folha FM 98,3 no Facebook.

 

Morre, aos 74, Luís César Lusitano, ex-diretor da FOC

 

Luís César Henriques Lusitano

Morreu na manhã de hoje, aos 74 anos, o dentista Luís César Henriques Lusitano. Ele estava internado na UTI do Hospital Dr. Beda e lutava há 12 anos contra um câncer. Seu copro está sendo velado na Capela São Pedro, no Cemitério do Caju, onde será sepultado às 16h45 de hoje. Ex-diretor que marcou época na Faculdade de Odontologia de Campos (FOC), de 1986 até se aposentar em 2002, era também servidor municipal inativo. Deixa a esposa Mônica e os filhos Alice e Renato.

Sujeito extremamente boa praça e algo bonachão, conheci Lusitano desde a minha infância. Quando me tornei amigo dos seus sobrinhos, Bernardo (morto em 2020), Nicholas e Matheus Lusitano. Mais tarde, já adulto, o conheci como proativo diretor da FOC. Para a qual, mesmo dedicada a um curso de ciência biomédica, ele teve a sabedoria de contratar nos anos 1990 o diretor teatral e poeta Antônio Roberto de Góis Cavalcanti, o genial Kapi (morto em 2015), para humanizar a formação dos futuros dentistas através do teatro.

Foi com alunos da FOC, sob o mecenato de Lusitano, que Kapi fez uma montagem histórica da peça “Gota D’Água”, de Chico Buarque e Paulo Pontes, em 1995. Histórica porque foi encenada no esqueleto do hoje Teatro Trianon, cujas obras estavam paradas, para cobrar do então governo municipal Sérgio Mendes (1993/1996) sua retomada e conclusão.

Um pouco depois, nos anos 2000, encontrei muitas vezes com Lusitano e Kapi no antigo bar Toca dos Amigos (hoje, “Vovó Dizia”, na rua Pero de Góis), do Roberto Alves da Costa, morto em 2018. E com Lusitano, Kapi e Roberto, entre um gole e outro de cerveja, fechamos várias vezes o bar. Que tinha entre outros clientes assíduos os igualmente saudosos jornalista Joca Muylaert e o advogado Fabinho Lontra Costa, mortos, respectivamente, em 2018 e 2020.

— Lusitano foi diretor na minha época de acadêmico. Grande figura, ajudou a construir o status que a Faculdade ostenta até hoje. Além da montagem teatral de “Gota D’Água”, recordo de “Romanceiro da Inconfidência”, de Cecília Meireles, encenada no Asilo da Lapa, onde também atuei, sob a direção de Kapi. Lusitano sempre foi um apoiador da cultura — testemunhou o odontólogo Rafael Correa, coordenador do curso de Odontologia (novo nome do posto que Lusitano ocupou na FOC) do Uniflu.

— A Fundação Cultural de Campos (FCC), instituição mantenedora do Centro Universitário Fluminense (Uniflu), decreta luto oficial por três dias pelo falecimento do ex-professor, ex-diretor da Faculdade de Odontologia de Campos e também ex-presidente da instituição, dentista e comerciante Luís César Henriques Lusitano. O luto oficial da FCC é uma forma de manifestar tristeza e reconhecimento dos relevantes serviços prestados pelo inestimável amigo e colega que, por 12 anos, dirigiu a FOC (hoje curso de Odontologia do Uniflu), no período de 1986 2002. Foi inicialmente nomeado pelo então presidente da Fundação, o falecido ex-deputado Federal Alair Ferreira e, posteriormente eleito para direção e também para a FCC. Estimado pela população, Lusitano deixa dois filhos e é referência de honradez e caráter na comunidade campista — escreveu em nota o jornalista Adelfran Lacerda, vice-presidente da FCC.

 

Festival Gastronômico de Inverno começa nesta sexta

 

(Divulgação)

 

Sucesso em edições passadas, movimentando o comércio de restaurantes e bares em Campos, estimulando a criatividade das suas cozinhas e oferecendo pratos exclusivos a preços acessíveis, o Festival Gastronômico de Inverno começa nesta sexta (21). Na parceria entre a Liga Gastronômica goitacá e o Sebrae, com apoio da Prefeitura e CDL de Campos, a iniciativa segue até 6 de agosto, com pratos individuais no valor de R$ 44,90.

Cada restaurante e bar montará seu próprio prato para o Festival Gastronômico de Inverno. Que você poderá conferir no Ponto e Vinho, Maitai, Secreto, Potenza, Doce Lu, Jeitin de Minas, Dona Chica, Gaia, Antonio, Sanpub, Meats, Mexicano, La Patria, Spetão, Lê Líbano, Dom, GV, Vinho e Soul, Picadilly, Sem Frescura, Mandacaru, Malandro, Speciale, Romano, Meet Pub, Estação Lounge, Seu Evaldo e Sushi House.