No lugar de presente, para celebrar os 24 anos de vida de Ícaro Paes Pasco Abreu Barbosa, no último sábado (15), foi pedido a cada convidado a doação de 5 kg de alimentos não perecíveis para serem destinados a instituições de assistência social de Campos. Na manhã de hoje, todo o material arrecadado foi distribuído em partes iguais à Missão Bom Samaritano, da Diocese de Campos, e à Associação Irmãos Da Solidariedade.

A Bom Samaritano cuida e alimenta moradores de rua e pessoas em situação de extrema pobreza. A Irmãos da Solidariedade, há 35 anos, se dedica a cuidar e tratar de pacientes soropositivos de HIV. Que Ícaro conheceu quando era adolescente e lá esteve internado o diretor teatral, turismólogo e poeta Antônio Roberto de Góis Cavalcanti, o genial Kapi, nosso grande amigo, morto em 2015. Depois, já adulto e como jornalista, meu filho voltou a visitar outras vezes a Associação, como me contou sua presidente, a incansável Fátima Castro.

Quanto à Missão Bom Samaritano, não a conhecia de nome. Mas sabia do belho trabalho de assistência que lá desenvolvem em voluntariado pessoas como as cunhadas Adriana e Leila Félix. Nessas coincidências que não há, quando estivemos na Terra Santa este ano, Ícaro e eu visitamos o Monte Gerizim, na Cisjordânia. É onde os samaritanos adoram o mesmo Deus de Abraão, mas segundo tradição própria.

Tão numerosos quanto os judeus na Antiguidade, atualmente os samaritanos são apenas 820 indivíduos que preservam suas tradições religiosas. Até hoje, o mais famoso deles é o “bom samaritano” da parábola de Jesus (Lucas 10:25-37) que dá alicerce ao cristianismo: “ama ao teu próximo como a ti mesmo”. Mais por sensibilidade humana do que por dogma de fé, o princípio foi norte ao meu filho em seus 23 anos de vida. Cujo legado sobrevive. E dá de comer a quem tem fome.

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