Com 74,7% de aprovação, Wladimir se reelegeria no 1º turno

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Com 74,7% de aprovação ao seu governo, Wladimir Garotinho (PP) se reelegeria em turno único se a disputa pela Prefeitura de 6 de outubro de 2024, daqui a pouco mais de 13 meses, fosse hoje. É o que projetou a pesquisa Iguape feita com 1.001 campistas no dia 10 de julho. Nos três cenários de consulta estimulada, com apresentação dos nomes ao eleitor, o prefeito chegou a quase 60% das intenções de voto válido. Ele liderou à distância também a consulta espontânea, onde o eleitor diz em quem votará por conta própria, com 27,8% de intenções de voto consolidadas.

1º CENÁRIO ESTIMULADO — No primeiro cenário estimulado, Wladimir liderou com 55,4% das intenções de voto. Veio seguido à distância pelo deputado federal Caio Vianna (PSD), com 8,6%; pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Marquinho Bacellar (SD), com 3,1%; pelo deputado estadual Thiago Rangel (sem partido), com 2,8%; pelo professor Jefferson Manhães (PT), identificado como Jefferson do IFF, do qual é reitor, com 1,2%; e pelo ex-prefeito Sérgio Mendes (Cidadania), com 0,5%. Excetuados os 4,3% de eleitores que declararam votar nulo ou em branco, o prefeito de Campos seria reeleito no primeiro turno, com 57,8% dos votos válidos.

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

2º CENÁRIO ESTIMULADO — No segundo cenário estimulado, sem Marquinho Bacellar e com a deputada estadual Carla Machado (PT), Wladimir liderou com 55,5% das intenções de voto. Continuou seguido à distância por Caio (8,5%), Thiago (2,8%), Carla (2,6%), Jefferson (1,3%) e Sérgio (0,6%). Esse segundo cenário tem uma aparente impossibilidade partidária, pois Carla e Jefferson são do PT e não demonstram vontade de mudar. Ainda assim, excetuados os 5,4% de brancos e nulos, Wladimir também seria reeleito em turno único, com 58,5% dos votos válidos.

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

3º CENÁRIO ESTIMULADO — No terceiro e último cenário estimulado, sem Sérgio e Carla, mas com CVC Direita Campos e com o ex-vereador Marcos Bacellar (SD) no lugar do filho Marquinho, Wladimir liderou com 55,7% das intenções de voto. Permaneceu seguido à distância por Caio (8,9%), Thiago (2,5%), Marcos (2,0%), Jefferson (1,3%), CVC (0,1%). Excetuados os 6,1% de nulos e brancos, Wladimir também seria reeleito no primeiro turno, com 59,1% dos votos válidos.

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

APROVAÇÃO DE GOVERNO — Essa possibilidade de reeleição em turno único, com quase 60% dos votos válidos, reflete a avaliação popular do governo Wladimir: 74,7% aprovam seus dois anos e meio de gestão. Para 12,6% dos campistas, a administração municipal é ótima, boa para 38,5% e regular positiva para 23,6%. Os 22% da população que reprovam o governo de Campos se dividem entre os 9,7% de regular negativo, os 6,2% de ruim e os 6,1% de péssimo. A pesquisa Iguape, com margem de erro de 3,1% para mais ou menos, dividiu a avaliação regular em positiva e negativa, tirando essa faixa da neutralidade de algumas metodologias.

ELEIÇÃO ABERTA NA ESPONTÂNEA — Na consulta espontânea da pesquisa a prefeito, onde Wladimir teve um pouco menos da metade do seu percentual nos cenários estimulados, ele teve seus 27,8% de intenções de voto seguidos à distância por Caio (2,5%). Os demais, não chegaram a um dígito: Marquinho (0,4%), Carla (0,3%), Jefferson (0,3%), Marcos (0,1%) e Thiago (0,1%), com 15,6% de nulo e branco. Mas com uma maioria de 52,7% que não soube ou não quis opinar, o que revela uma eleição ainda aberta.

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

TETO DA REJEIÇÃO — Para avançar sobre esses 52,7% de votos ainda conquistáveis, um dado fundamental é a rejeição. Que fixa o teto de crescimento de qualquer candidato. E é, por isso, considerado fundamental no segundo turno que o Iguape sequer chegou a simular. Quando perguntado em que candidato o eleitor não votaria de jeito nenhum, quem lidera à distância é Caio, com 22,2%. O índice negativo segue com Thiago (12,3%), Wladimir (12,1%, quase metade da rejeição do adversário que bateu no segundo turno da eleição a prefeito de 2020), Sérgio (10,0%), Marquinho (8,0%), Jefferson (5,4%), Carla (4,4%), CVC (1,7%) e Marcos (1,4%).

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

William Passos, geógrafo com especialização doutoral em estatística no IBGE

ANÁLISE DO ESTATÍSTICO — “A pesquisa tem um desenho amostral com margem de erro de 3,1% para mais ou para menos, o que atesta um padrão de qualidade acima da média. A pouco mais de 13 meses das urnas de 2024, Wladimir já apresenta uma intenção de voto bastante consolidada: 27,8% na espontânea e praticamente dobrando a intenção nas três simulações estimuladas. Outro dado que torna o cenário bastante favorável ao atual prefeito é o fato dele apresentar cerca de metade da rejeição de seu principal oponente em intenção, Caio Vianna. Com isso, se a eleição fosse hoje, de acordo com a Iguape, Wladimir seria reeleito no primeiro turno. O que pode ser explicado pela boa avaliação do seu mandato, 51,1% na soma de ótimo e bom, na comparação com o governo anterior do ex-prefeito Rafael Diniz (Cidadania)”, analisou William Passos, geógrafo com especialização doutoral em estatística no IBGE.

George Gomes Coutinho, cientista político e professor da UFF-Campos

ANÁLISE DO CIENTISTA POLÍTICO — “A pesquisa confirma a impressão rarefeita que eu tinha. Há aprovação de Wladimir resultante das opções da administração que ele anda fazendo. Ao que parece é um governo que tenta se contrapor, em termos práticos, ao que a cidade experimentou no governo Rafael, que não deixou boa lembrança no eleitor. Não sei afirmar se é proposital ou não, Wladimir optou por muitas intervenções literalmente visíveis, palpáveis, que não deixam dúvida ao eleitor. A experiência do governo dele é também dotada de caráter estético: sinais de trânsito, fachada do HGG, etc. Os indicadores sociais e arredores precisam ser analisados. Mas, na perspectiva do cidadão comum, no que os olhos não treinados podem compreender, não há grandes queixas, sensação de abandono das vias públicas. Isso se expressa: 1) na aprovação do governo; 2) nas intenções declaradas de voto; 3) na baixíssima rejeição”, enumerou o cientista político George Gomes Coutinho, professor da UFF-Campos.

 

Página 5 de hoje da Folha da Manhã

 

 

 

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