O direito de protestar existe em qualquer democracia. E, em qualquer democracia, jamais se sobrepõe ao direito de ir e vir de ninguém. Na noite de segunda (4), após realizarem protesto legítimo contra aumento de mensalidade da Faculdade de Medicina de Campos (FMC), alunos desta tentaram impedir “o livre trânsito de entrada e saída da FMC de professores, funcionários e membros do Conselho Supremo da Fundação (Benedito Pereira Nunes, FBPN)”.
Como foi registrado em vídeo, alguns conselheiros egressos de instituições da sociedade civil organizada, após a reunião concluída na noite de segunda, não aceitaram ser cerceados no seu direito de ir e vir (confira aqui) pelos estudantes da FMC. Na saída desta, chegou a haver troca de empurrões. Cujo vídeo circulou nas redes sociais como uma suposta agressão de quem, na verdade, não aceitou ser fisicamente encurralado e retido pelos manifestantes.
Abaixo, a nota oficial sobre o lamentável episódio, divulgada hoje pela Fundação Benedito Pereira Nunes/Faculdade de Medicina de Campos:
Manifestação dos estudantes e bloqueio nas entradas da FMC
A diretoria da Fundação Benedito Pereira Nunes e a direção-geral da sua mantida Faculdade de Medicina de Campos vem a público manifestar seu total desacordo com a atitude de alguns estudantes da nossa Faculdade, quando durante ato democrático de dissonância com o reajuste das mensalidades para 2024, impediu o livre trânsito de entrada e saída da FMC de professores, funcionários e membros do Conselho Supremo da Fundação.
A FMC como instituição de ensino superior integrada à comunidade campista há mais de 50 anos defende o direito constitucional de ir e vir de todos os cidadãos, semeia a democracia entre os membros da comunidade acadêmica e preza pelas liberdades democráticas.
O mote do protesto já foi explicado pela FBPN/FMC em nota anterior, ressaltando que não cabe a nossa instituição incorrer em atos administrativos que venham a ser questionados pelo Ministério Público das Fundações, órgão fiscalizador da nossa instituição.