Após o truculento deputado estadual bolsonarista Fillipe Poubel (PL), de Maricá e tubo de ensaio do grupo dos Bacellar (confira aqui) como pré-candidato a prefeito de Campos, o miliciano bolso Fabrício Queiroz (PL) como candidato a vereador goitacá com o apoio dos Garotinho? Esta segunda possibilidade foi noticiada hoje (confira aqui) pelo jornalista Guilherme Amado, no conceituado site Metrópoles:
— Fabrício Queiroz, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PL) que volta e meia aterroriza os Bolsonaros para emparedá-los, quer ser candidato pelo PL à Câmara dos Vereadores de Campos, cidade na Região Metropolitana do Rio de Janeiro (sic). Seu ex-aliado e chefe declarou, no último dia 21, apoio à reeleição do prefeito de Campos, Wladimir Garotinho — afirmou hoje o jornalista, que parece desconhecer a geografia de Campos e do estado do Rio, ao colocar o município do Norte Fluminense na distante Região Metropolitana da cidade do Rio.
Ainda assim, segundo o jornalista do Metrópoles, Wladimir poderia estar articulando a candidatura de Queiroz a vereador como paga do apoio que o prefeito de Campos pré-candidato a reeleição recebeu (confira aqui) do senador Flávio Bolsonaro:
— Queiroz, que é do Rio de Janeiro, quer ser candidato em Campos porque, segundo disse a aliados, teve “muitos votos” no município e conhece a cidade. Investigado por chefiar um esquema de rachadinha (confira aqui) no gabinete de Flávio, Queiroz foi candidato a deputado estadual pelo PTB em 2022 e teve 6.700 votos. Wladimir Garotinho, que conseguiu o apoio de Flávio à sua reeleição declarado publicamente, deve intermediar a conversa entre Queiroz e o partido no município.
Se Wladimir já tinha sido questionado pelo apoio recebido dos Bolsonaro, enquanto recebe verbas federais do governo Lula 3, pelas quais, segundo o PT local, o prefeito não daria o devido crédito (confira aqui, aqui, aqui e aqui), essas críticas podem ser elevadas à 10ª potência. Isso se realmente “importar” uma figura polêmica como Queiroz, da Zona Oeste da cidade do Rio controlada pelas milícias, para ser candidato a vereador em Campos.
Além do inevitável desgaste com 100.427 campistas que votaram em Lula no segundo turno presidencial de 2022, os eleitores de Wladimir perderiam um dos seus principais argumentos contra a pré-candidatura da deputada estadual Carla Machado (PT) a prefeita de Campos. Se ela é questionada por ter feito toda sua carreira política no município vizinho de São João da Barra, da qual foi prefeita quatro vezes, o que dizer da “importação” de alguém cuja toda controversa vida foi montada no Grande Rio, a 280 km de distância de uma cidade bairrista como Campos?