Queiroz a vereador em Campos? O pragmatismo e o limite!

 

Fabrício Queiroz, Flávio Bolsonaro e Wladimir Garotinho (Montagem: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

 

Queiroz a vereador em Campos?

Ontem (5), o jornalista Guilherme Amado noticiou (confira aqui) no site Metrópoles: “Fabrício Queiroz, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PL) que volta e meia aterroriza os Bolsonaros para emparedá-los, quer ser candidato pelo PL à Câmara dos Vereadores de Campos, cidade na Região Metropolitana do Rio de Janeiro (sic). Seu ex-aliado e chefe declarou no último dia 21 (confira aqui) apoio à reeleição do prefeito de Campos, Wladimir Garotinho (PP). Queiroz, que é do Rio de Janeiro, quer ser candidato em Campos porque, segundo disse a aliados, teve ‘muitos votos’ no município e conhece a cidade”.

 

Pelo apoio de Flávio Bolsonaro?

Segundo a nota (confira aqui), o apoio de Wladimir ao controvertido ex-PM bolsonarista do Rio, numa candidatura desta a vereador em Campos, seria uma paga do apoio declarado em vídeo pelo senador Flávio à reeleição do prefeito: “Investigado por chefiar um esquema de rachadinha (confira aqui) no gabinete de Flávio, Queiroz foi candidato a deputado estadual pelo PTB em 2022 e teve 6.700 votos. Wladimir, que conseguiu o apoio de Flávio à sua reeleição declarado publicamente, deve intermediar a conversa entre Queiroz e o partido no município”.

 

Wladimir: “não tem fundo de verdade”

Ouvido ontem pelo blog Opiniões, que repercutiu a nota da mídia nacional, Wladimir negou (confira aqui): “Desconheço isso, nunca me foi dito ou pedido. Não houve nenhuma conversa sobre essa possibilidade. Não tive nenhuma conversa sobre isso. Para mim, é uma novidade. Vale lembrar que o prazo para transferência de título é abril e o postulante deve ter três meses de comprovação de residência no município. Não acho prudente e irei ponderar com o senador. Não acho que isso irá ocorrer. É uma nota plantada. Não tem fundo de verdade algum”.

 

Do pragmatismo e seu limite

Se foi nota plantada, como nela Campos ficou na Região Metropolitana do Rio, da qual está 280 km distante, a semeadura foi de abacaxi para colher abacate. Só que, ao dizer “irei ponderar com o senador”, Wladimir não foi assertivo. Que o apoio de Flávio soma para o prefeito tentar a reeleição, o pragmatismo não discute. Mas Queiroz em Campos seria um imenso desserviço. Sobretudo se com ele viessem as milícias da Zona Oeste carioca. Seria ainda pior do que importar de Maricá o controverso deputado estadual bolsonarista Filippe Poubel (PL), tubo de ensaio dos Bacellar a prefeito de Campos.

 

Publicado hoje na Folha da Manhã.

 

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