Wladimir aceita provocação, campista Zé Maurício, Tezeu a vereador e Filipe com Tiradentes

 

Wladimir Garotinho, José Maruício Linhares, Tezeu Bezerra e Filipe Estefan (Montagem: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

 

Provocação aceita por Wladimir

Em todas as pesquisas de 2023 e na única até aqui de 2024, o prefeito Wladimir Garotinho (PP) é favorito à reeleição em 6 de outubro, daqui a 4 meses e 15 dias. Por isso, ao gravar um vídeo para dizer que a “a oposição não tem vergonha na cara”, após a leitura do relatório da CPI da Educação ontem (21) na Câmara Municipal, ele parece não ter nada a ganhar. Até porque sua briga já tinha sido comprada por seu líder legislativo, edil Juninho Virgílio (Podemos). Enquanto a briga real da oposição é para tentar diminuir a aprovação e aumentar a rejeição de Wladimir. Que, para manter essa condição hoje favorável, talvez não devesse aceitar provocação. A ver.

 

O campista Zé Maurício (I)

Faleceu no último sábado (18), aos 88 anos, o campista José Maurício Linhares. Talvez menos conhecido pelos mais jovens, foi deputado federal seis vezes consecutivas, de 1975 a 1999. Ajudou a elaborar a Constituição Federal de 1988 e se marcou também como secretário de Minas e Energia dos dois governos Leonel Brizola (PDT) no RJ, de 1983 a 1987 e de 1991 a 1994. Quando Zé Maurício, como era conhecido entre os mais próximos, capitaneou o projeto “Uma Luz na Escuridão”. Com o qual levou eletrificação a várias localidades fluminenses, sobretudo na zona rural, que nunca tinham contado com esse serviço essencial.

 

O campista Zé Maurício (II)

Nos tempos do bipartidarismo imposto pela nossa última ditadura militar (1964/1985), Zé Maurício se opôs a ela no MDB. Em 1980, quando o PDT foi criado por Brizola, ingressou no novo partido, do qual nunca saiu. Formado em Direito na UFF, fez sua vida profissional e política no Grande Rio, mas nunca perdeu os laços com Campos. Esteve entre os brizolistas que romperam com o então jovem Anthony Garotinho (hoje, Republicanos). Quando julgou que este pôs seu projeto individualista de poder acima da luta pelo trabalhismo fundado pelo ex-presidente Getúlio Vargas (1882/1954), do qual Brizola era considerado sucessor.

 

Campistas de outro tempo

Zé Maurício foi colega no Liceu de Humanidades de Campos do jornalista Aluysio Cardoso Barbosa (1936/2012), fundador da Folha da Manhã e desta coluna. Mesmo que o segundo nunca tenha escondido em vida ressalvas a Brizola, os dois ex-liceístas sempre se mantiveram amigos. Ambos testemunharam crianças a II Guerra Mundial (1939/1945). E se tornaram adultos no mundo bipolar da Guerra Fria (1947/1991), entre os EUA e a antiga União Soviética. Foi uma época de verdades conflitantes. Mas também de luta pelo direito ao contraditório. Com base em convicções muito mais sólidas do que a destes tempos rasos da pós-verdade.

 

Folha no Ar de hoje e ontem

No Folha no Ar da manhã de hoje, ao vivo, das 7h às 9h, a Folha FM 98,3 recebe três entrevistados para falar da vida e do legado de Zé Maurício: o ex-prefeito de Campos e ex-deputado estadual Roberto Henriques (que busca refundar o PTB de Getúlio), o engenheiro da Petrobras e ex-secretário de Energia do RJ Wagner Victer, e Sérgio Mendes (Cidadania), outro ex-prefeito. Já no Folha no Ar de ontem (21), o trabalhismo de Campos ganhou um reforço à eleição municipal de 6 de outubro. Presidente do Sindipetro NF, o petroleiro Tezeu Bezerra revelou que é pré-candidato a vereador pelo PT goitacá.

 

Petroleiros a vereador pelo PT

Na última eleição municipal, o petroleiro José Maria Rangel (PT) foi o candidato a vereador da categoria em Campos. Com 2.934 votos, foi o 5º mais bem votado. Mas não se elegeu por conta do quociente partidário. Mais que a eleição a prefeito, onde a deputada estadual Carla Machado já aparece com dois dígitos nas pesquisas, mesmo hoje impedida de concorrer por toda a jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Supremo Tribunal Federal (STF), o PT acerta ao priorizar a reconquista de uma cadeira de vereador. Tezeu e os cerca de 3 mil petroleiros residentes em Campos, entre ativos e aposentados, reforçam essa pretensão.

 

Estefan recebe Medalha Tiradentes (I)

Como a coluna adiantou no sábado, o presidente da OAB de Campos, Filipe Estefan, recebeu na segunda (20) a Medalha Tiradentes, maior honraria dada pela Alerj. Que foi proposta pela deputada estadual Carla Machado. Com quem Filipe trabalhou como procurador de São João da Barra na primeira das quatro gestões da hoje parlamentar como prefeita do município. Também advogado e presente à solenidade, o presidente campista da Alerj, Rodrigo Bacellar (União), saudou o homenageado: “Preside a OAB de Campos com muita energia e dedicação. Sei do seu carinho enorme por toda a região, nesse trabalho árduo que é advogar”.

 

Estefan recebe Medalha Tiradentes (II)

Prestigiado por pares do mundo jurídico, como o presidente da OAB-RJ, Luciano Bandeira, Filipe disse ao receber a Medalha Tiradentes: “Minha gratidão à deputada, que viu neste advogado intensa militância para receber esta áurea. A honraria não é só do Filipe Estefan, filho de Lurdinha e Fidélis, mas de toda a advocacia. Divido a homenagem com os colegas que, como eu, labutam dia a dia na defesa intransigente dos direitos. E levam a todos os cidadãos, em todo território fluminense, o restabelecimento da ordem jurídica, contribuindo à pacificação dos conflitos e ao fortalecimento do estado democrático de direito”.

 

Publicado hoje na Folha da Manhã.

 

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