Wladimir garante Frederico e nova mesa diretora na pauta
Vice de Wladimir
Desde a eleição de 2020, a candidatura a vice-prefeito do engenheiro agrônomo e diretor da Coagro Frederico Paes (MDB) sofre pressões internas no grupo político hoje liderado pelo prefeito Wladimir Garotinho (PP). Sobretudo no grupo original, mais ligado ao ex-governador Anthony Garotinho (REP), hoje candidato a vereador na cidade do Rio de Janeiro. Se foi assim há quatro anos, quando Frederico era considerado fundamental à penetração da chapa na 98ª Zona Eleitoral (ZE) de Campos, na tentativa de levar no 1º turno, voltou a ser agora, quando Wladimir lidera em todas as pesquisas na 98ª ZE e na possibilidade de se reeleger (confira aqui) no 1º turno.
“Frederico só não será vice se não quiser”
As especulações de que Caio Vianna (também MDB) pudesse substituir Frederico como vice na chapa de Wladimir começaram desde que o primeiro rompeu (confira aqui) com o prefeito carioca Eduardo Paes (PSD) para se aliar, em 29 de março deste ano, ao prefeito de Campos. “Cupido” da aproximação política entre Caio e Wladimir, especula-se que o candidato a vereador governista Dudu Azevedo (REP) tentaria operar essa mudança na chapa. Que, pela legislação eleitoral, pode ocorrer até 20 dias antes do pleito. Mas foi negada com veemência: “Frederico só não será o vice se não quiser”, disseram ontem à coluna, em uníssono, Wladimir e Dudu.
Nova mesa diretora da Câmara Municipal
Dudu creditou essas especulações com seu nome para trocar Frederico por Caio como vice na chapa de Wladimir às urnas de 6 de outubro, daqui a apenas 32 dias, como “conversa plantada pela oposição para tentar dividir nosso grupo”. Com a divulgação das pesquisas Paraná e Real Time Big Data no início da semana passada, ambas conferindo à reeleição da chapa Wladimir/Frederico os mesmos 63% das intenções de voto (ou 73,26% das intenções de voto válido) na consulta estimulada, a disputa passou a ser, além de tentar diminuir essa grande diferença a prefeito, pela eleição da nova mesa diretora da Câmara Municipal.
Prefeito x presidente da Câmara
A oposição trabalha com a possibilidade de Wladimir, se reeleito, deixar a Prefeitura em 2026 para se candidatar a outro cargo: deputado federal (mandato que já ocupou) ou, a depender das circunstâncias, a senador ou compondo chapa de governador. Como ser cabeça de chapa a governador em 2026 é hoje a meta de Rodrigo Bacellar (União), presidente da Alerj e principal líder da oposição em Campos. Assim, mesmo se perdessem a prefeito com a Delegada Madeleine (União), os Bacellar fariam tudo para manter a presidência da Câmara, hoje ocupada por Marquinho (União). Na principal derrota política, até aqui, do governo Wladimir.
Publicado hoje na Folha da Manhã.