Carla Machado — Novo nome para o PMDB de Campos e pingos no “is” da traição

(Foto de Silésio Corrêa)
(Foto de Silésio Corrêa)

 

Ainda sobre São João da Barra, o blogueiro teve uma conversa com a prefeita Carla Machado, na qual ela fez algumas observações interessantes. Entre elas, a de que as pesquisas eleitorais pedidas pelos integrantes da Frente Democrática de Oposição, na reunião com o presidente estadual do PMDB, Jorge Picciani (aqui), já tinham sido oferecidas pelo vice-governador Luiz Fernando Pezão, em encontro anterior da Frente (aqui), intermediado por Carla.

Em relação à sua atuação na Frente, a prefeita também confirmou hoje uma informação obtida ontem pelo blogueiro, de que um nome de destaque na política campista foi por ela sondado para ingressar no PMDB, abrindo a possibilidade de ofertar uma opção própria e eleitoralmente forte à disputa majoritária de 2012, que o partido ainda não possui em Campos. Capaz de trazer consideráveis mudanças ao cenário dos pré-candidatos hoje conhecidos, o nome em questão prefere, pelo menos por ora, se manter no anonimato, até porque também pode brevemente assumir um cargo bastante relevante em sua área profissional de origem, que não é a política. 

Respirando mais aliviada depois que a Justiça determinou a sessão extraordinária de ontem, na qual finalmente a maioria governista pôde se fazer valer na Câmara sanjoanense, Carla aproveitou a conversa para rebater mais uma vez as acusações de traição, feitas aqui por Geraldo Pudim. À lembrança do secretário de Governo de Rosinha, da ajuda que teria recebido em suas duas eleições como prefeita, esta argumentou que sua retribuição foi mais que devida, ao ter ajudado Garotinho em suas duas campanhas ao governo do Estado (na que perdeu, em 1994, e na que ganhou, quatro anos depois), assim como fez com Rosinha, a quem contribuiu para eleger primeiro governadora, em 2002, e depois prefeita de Campos, em 2008.

Na última eleição, Carla disse ter organizado e participado de 12 comícios na Baixada Campista, durante a campanha vitoriosa de Rosinha. Além do casal, a alcaide da foz do Paraíba também ressaltou ter ajudado ao próprio Pudim, em sua campanha à Câmara Federal em 2006, quando ele foi o candidato a deputado federal mais votado em São João da Barra.

“Isso sem contar meu trabalho nas campanhas de Pudim para prefeito de Campos, nas duas vezes em que ele foi derrotado (por Carlos Alberto Campista, em 2004, e por Alexandre Mocaiber, na eleição suplementar de 2006). Por isso mesmo, seria bom que Pudim pensasse um pouco melhor e se olhasse bem ao espelho, antes de chamar de traidora a quem tanto ajudou a ele e ao casal que serve”, cobrou a prefeita sanjoanense.

Talhou!

A possibilidade de um radialista e camaleônico político de Campos assumir a secretaria de Comunicação de São João da Barra não existe mais. Talhou!

Militar julgado na Justiça comum por matar militante LGBT

A Superintendência de Direitos Individuais Coletivos e Difusos da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos festeja a decisão judicial de solicitar a prisão preventiva e o julgamento em Justiça comum e não militar do sargento Ivanildo Ulisses Gervásio. Ivanildo baleou o jovem Douglas Marques no Parque Garota de Ipanema, ano passado, após a Parada do Orgulho LGBT-Rio, em Copacabana, por conta da homossexualidade de Douglas.

Esta superintendência estadual recebeu a decisão da justiça com muita alegria e o sentimento de que estamos conquistando mais um degrau importante na luta contra a violência direcionada às lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.

A sociedade e a gestão pública possuem o dever de combater a homofobia e impedir que a impunidade se instale e vire algo natural. O caso de Douglas Marques serve como um exemplo na luta contra a impunidade em casos de homofobia. No final, esperamos que a justiça “faça justiça” e prossiga com esta postura em casos semelhantes, que ainda assolam a sociedade brasileira.
 

Fonte: Superintendência de Direitos Individuais Coletivos e Difusos da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos

 

Atualizado às 18h30 de 29/07/11, para incluir na forma mais destacada de post o pertinente comentário do leitor Marcelo Bessa Cabral:

Marcelo Bessa Cabral

Tirando o “jogo para a torcida” feito pelo citado órgão, o correto é noticiar que o militar vai ser julgado pela Justiça Comum (e não pela Militar) pela morte de um civil, conforme determina o § 4º do artigo 125 de nossa Constituição: não há novidade alguma nisso.
O julgamento não tem nada a ver com combate à homofobia ou com o fato de ser a vítima militante desta ou daquela causa.

Citado pelo Precisão, Geraldo Coutinho analisa pesquisa e quadro político de Campos

Único dos pré-candidatos à Prefeitura em 2012 citados na pesquisa do PR (aqui) que ainda não havia se pronunciado sobre os números do Precisão, o presidente municipal do PSDB Geraldo Coutinho falou agora há pouco com o blog. Abaixo, sua visão não só da pesquisa, como do momento político vivido em Campos e região, com a polarização antecipada aqui e aqui, entre integrantes do governo Rosinha e lideranças da oposição reunidas na Frente Democrática, da qual os tucanos não fazem parte…

 

(Foto: Folha da Manhã)
(Foto: Folha da Manhã)

 

Nome não citado na espontânea e com 0% na estimulada — O fato do meu nome não ter aparecido é absolutamente previsível. Meu nome não é público, na medida em que nunca disputei qualquer pleito que envolva as massas da opinião pública. Portanto, me parece natural que minha imagem não estivesse no imaginário coletivo, como uma opção para a população.

Relevância da pesquisa — No geral, penso que toda e qualquer pesquisa quantitativa, neste momento, é absolutamente irrelevante. Não há mobilização popular em torno do tema eleição. As pessoas ainda não estão preocupadas em manter um raciocínio que leve à decisão. A opinião de hoje reflete mais uma memória do que um desejo.

Se não agora, quando? — Quanto a quaisquer outros aspectos, isso vai ser melhor avaliado no momento em que o debate emergir de maneira natural. Como em todo e qualquer pleito, você terá candidatos propagando as suas competências e qualidades, com seus opositores apontando suas deficiência e pecados. Será neste instante que poderemos observar a formação de uma opinião que mereça ser considerada.

Pesquisa apontou 53% ainda sem candidatos — Isso só confirma essa minha análise. As pessoas ainda não estão ocupando suas cabeças com essa questão. Na verdade, não se definiram ainda. Mesmo aqueles que hoje dizem ter um candidato, podem mudar.

Fogo cruzado entre governo e Frente — Minha opinião continua a mesma, e cada vez mais consistente. Não somos pela oposição sistemática e emocional, assim como não somos adesistas de oportunidades. Não somos e nunca seríamos governo pelo governo. O PSDB quer discutir a cidade de uma forma madura, ouvindo e considerando as pessoas e grupos que possam estabelecer e colocar em prática as idéias que levem esta cidade ao governo que ela merece. Não temos diferenças ou preferências pessoais. Nossa questão está centrada no debate de um projeto.

Projeto do PSDB — A linha mestra já está definida. O detalhamento ocorrerá em momento próprio, a partir da escuta da população, com base em nossa percepção das ruas e também em pesquisas. Campos está diante de uma encruzilhada delicada e até perigosa. Nós estamos vivendo um processo de crescimento econômico forte e irreversível, que tem que ser regulado e administrado, para que consigamos transformar esse crescimento em desenvolvimento sustentado. Caso contrário, teremos o chamado “crescimento selvagem”, que encontra exemplos no mundo todo, inclusive alguns próximos, como em Macaé. Dentro desse processo, temos que saber como e impor o devido limite aos aspectos que se voltem contra a estrutura cultural de uma sociedade, capazes de degradar aquilo que ela tem de mais rico.

Sesi divulga programação cultural de agosto

O Sesi divulgou agora há pouco, via e-mail, sua programação cultural para o mês de agosto. Na visão do blogueiro, o destaque fica por conta da apresentação do dia 12, uma sexta-feira, de Paulinho Moska, ex-integrante da “Inimigos do Rei”, banda que fez sucesso a reboque da explosão do BRock, nos anos 80. 

Para quem quiser dar ares mais leves ao mês tido no Brasil como maldito, vale a pena conferir abaixo e se programar…

 

Situação e oposição — Do blog, à Folha, ao blog

Repercussão da entrevista que Geraldo Pudim concedeu ao blog (aqui) e a Folha republicou em sua edição impressa de ontem, hoje o jornal trouxe as respostas de vários líderes oposicionistas atacados pelo secretário de governo de Rosinha, em matéria bem apurada pelo Alexandre Bastos. Como o jornalista optou por não reproduzir as réplicas da oposição em seu blog pessoal, nem a a matéria da Folha Online trouxe a íntegra das declarações de Arnaldo Vianna (PDT), Odete Rocha (PCdoB), Roberto Henriques (PR), Rogério Matoso (PPS), Odisséia Carvalho (PT), Sérgio Mendes (PPS) e Carla Machado (PMDB), este blogueiro achou por bem reproduzi-las abaixo, visando dar-lhes o mesmo espaço anteriormente já concedido aqui ao presidente local do PV Andral Tavares Filho…

 
(Foto de Silésio Corrêa)
(Foto de Silésio Corrêa)

 

Arnaldo Vianna — Pudim é um garotinho de recados. Enquanto a prefeita canta e fica passeando por aí, ele tenta desviar a atenção repetindo coisas que o seu patrão diz no rádio. Fala do passado e vive correndo atrás de pessoas que participaram dos outros governos. É uma figura incoerente e que sabe exatamente qual é o seu papel no grupo: não ter opinião e acatar as ordens do chefe. Seria bom ele explicar porque um governo que tem R$ 2 bilhões de Orçamento deixa de repassar verbas para entidades como Apae, Apoe, São José Operário e vários asilos.

 

(Foto de Silésio Corrêa)
(Foto de Silésio Corrêa)

 

Odete Rocha — As pessoas precisam entender que a Frente Democrática é formada com base numa oposição. Não deixamos de pensar o que pensávamos e nem de debater o que sempre debatemos. Estamos desde o início nesse movimento, mas não somos donos da Frente. Dela fazem parte as pessoas quiseram ingressar nessa luta. No nosso caso, não é fazer oposição por oposição. Nós, do PCdoB, continuamos com o compromisso por uma gestão transparente. A Frente não é de Odete, não é de Odisséia, não é de Arnaldo. O movimento agrega quem optou em fazer oposição ao modelo que aí está.

 

(Foto de Diomarcelo Pessanha)
(Foto de Diomarcelo Pessanha)

 

Roberto Henriques — Em primeiro lugar a prefeita Rosinha não é do PR. Quem atacava uma pessoa do próprio partido era o ex-deputado Geraldo Pudim. Quando estava no PMDB, ele vivia criticando o governador Sérgio Cabral, que é do partido. Sobre a minha postura, faço a mesma coisa que fiz na época de Mocaiber. Assim como Mocaiber, a prefeita Rosinha deixou que uma outra pessoa tomasse conta da Prefeitura. Isso não pode ser tolerado por ninguém. 

 

 

(Foto de Silésio Corrêa)
(Foto de Silésio Corrêa)

 

Rogério Matoso — Ele falou sobre a minha mãe, que foi secretária e não teve uma única irregularidade apontada pela Justiça. Inclusive, após uma ampla investigação, sua postura foi elogiada pelo juiz e o caso foi encerrado. Mas ele se esquece que o ex-prefeito Mocaiber hoje está no grupo dele. Hoje o governo Rosinha tem mais nomes do governo passado do que do próprio grupo. Estão todos juntos e misturados. Ao invés de ficar com essa picuinha, Pudim deveria se preocupar com o desenvolvimento do município. 

 

(Foto: Folha da Manhã)
(Foto: Folha da Manhã)

 

Odisséia Carvalho — Considero que o grupo está começando a entrar no desespero na medida em que a Frente Democrática se fortalece não só em nível regional, mas também no estadual. Por isso deve estar batendo desespero da parte deles. Outra coisa que me estranha é o fato dele (Pudim) fazer esse tipo de ataque. Numa eleição, é vencer ou não vencer. E isso não desqualifica ninguém. Até porque ele mesmo só conseguiu se eleger uma vez e agora também é suplente de deputado. É preciso deixar claro que no governo anterior, o PT tinha uma aliança com o PSB, que foi desfeita depois da operação Telhado de Vidro.

 

(Foto de Alessa Oliveira)
(Foto de Alessa Oliveira)

 

Sérgio Mendes — Ele fala de algo que aconteceu há 15 anos. Pudim se esquece que o meu governo foi investigado e não encontraram irregularidades. Vale lembrar que o Orçamento na época foi de R$ 350 milhões em quatro anos. Hoje, esse atual governo vai ter cerca de R$ 7 bilhões em quatro anos. E o que estamos vendo em nossa cidade? Obras paradas, promessas no papel, dívidas com entidades importantes, Saúde com problemas, professores indignados. Este é o governo da mudança? E olha que não precisa ser oposição para constatar isso.  

 

 

(Foto: Folha da Manhã)
(Foto: Folha da Manhã)

 

Carla Machado — Que dívida política é essa? Não sou traidora. O que não sou é fantoche, mudando de partido de acordo com a conveniência de alguém que tenha um projeto político personalista com uma condução equivocada e marcada por rachas e perseguições. Acho que a política tem que ser discutida no campo das idéias, até porque a nossa região merece isso. A posição de Pudim espelha o desespero e o destempero de um grupo político que está a serviço do mal, de uma política desagregadora.