Negada na pauta por Nahim, CPI vai com Odisséia a plenário
Como manda o regimento interno, 24 horas antes da sessão da Câmara de logo mais, a vereadora Odisséia Carvalho (PT) enviou ontem à presidência da Casa o requerimento para que sua proposta da CPI dos royalties fizesse parte da pauta. Ele foi negado pelo presidente Nelson Nahim (PR), com base no argumento de que não dispõe das seis assinaturas necessárias à instalação da CPI. Por sua vez, a petista enviou hoje o requerimento ao Protocolo Geral da Câmara, onde qualquer cidadão pode solicitar informações ou fazer um pedido.
Ainda que Nahim tenha impedido que a poposta de CPI faça parte da pauta, Odisséia vai levar a questão a plenário, lendo seu requerimento e indagando aos vereadores quem se dispõe a assinar com ela um pedido da imensa maioria dos 432 mil campistas: saber onde e como foram aplicados, de fato, os mais de R$ 6 bilhões recebidos pelo município nos últimos 20 anos. Isso, ninguém poderá negar a Odisséia, não por ser permitido pelo regimento interno ou pela pessoa da vereadora em si, mas por ter sido ela a única entre os 17 legisladores de Campos a ecoar a voz da maioria do povo de Campos sobre uma imensa soma de dinheiro destinada a Campos.
Como disse Nahim, ontem, no Folha no Ar, diante de mim, do também jornalista e blogueiro Rodrigo Gonçalves e de milhares de telespectadores e ouvintes: “Ainda bem que vivemos numa democracia, ainda que exista gente que tenha saudade da ditadura”.