Quaest: Lula 54% com dos votos válidos a 46% de Bolsonaro

 

(Montagem: Eliabe de Souza, o Cássio Jr)

Se fosse hoje, ainda a 24 dias das urnas do 2º turno de 30 de outubro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceria a eleição por 54% dos votos, contra 46% do presidente Jair Bolsonaro (PL), 8 pontos atrás. Índice considerado fudamental à definição do 2º turno, a rejeição segue liderada pelo capitão, em quem 50% dos brasileiros não votariam de maneira nenhuma, contra 41% do petista. É o retrato do presente feito pela nova pesquisa do instituto Quaest Pesquisa e Consultoria, contratada pelo banco Genial. Foi feita com 2.000 eleitores, de segunda (3) a quarta (5) e divulgada hoje, com margem de erro de 2 pontos para mais ou menos.

SOMA DO ERRO NO 1º TURNO COM BOLSONARO — No sábado (1º), véspera do 1º turno de domingo (2), a Genial/Quaest deu 49% dos votos válidos a Lula. E acertou de maneira quase exata os 48,43% que ele teve na urna. Mas aquela pesquisa também deu 38% dos votos válidos a Bolsonaro. E errou fora da margem de erro, dando 5,2 pontos abaixo dos 43,20% que ele teve na urna. Caso se repetissem o acerto do instituto com o petista e o erro com o capitão, este teria hoje 51% dos votos válidos, contra os 54% do adversário. O que configuraria um empate técnico na disputa.

OS 11% QUE PODEM DEFINIR A ELEIÇÃO — Fora dos votos válidos projetados pela Genial/Quaest ao 2º turno, as campanhas de Lula e Bolsonaro disputarão renhidamente os 11% ainda soltos do eleitorado: os 7% de indecisos, mais os 4% que disseram votar branco, nulo ou que não votarão. Virar as intenções de voto de um a outro candidato será muito difícil. O petista tem 92% dos seus eleitores declarando que seu voto é definitivo, percentual que cresce a 94% entre os eleitores do capitão.

William Passos, geógrafo com especialização doutoral em Estatística no IBGE

ANÁLISE DO ESPECIALISTA — “A primeira pesquisa Quaest deste 2º turno estima, neste momento, 75,1 milhões de eleitores para Lula no próximo dia 30, ou 48% do eleitorado, e 64,1 milhões para Bolsonaro, ou 41% do total. Deste universo, 69,1 milhões, ou 44% do eleitorado, não mudarão o voto em Lula até às urnas, enquanto 60,3 milhões, ou 39% do total, não mudarão o voto em Bolsonaro. De acordo com o instituto, neste momento, restam apenas 17,2 milhões de eleitores em disputa, ou 11% do eleitorado. Metade dos habilitados a votar, ou 78,2 milhões de brasileiros, rejeitam o atual presidente, enquanto 41% do eleitorado, ou 64,1 milhões de pessoas, não votam em Lula de jeito nenhum. A rejeição superior a 50% inviabiliza matematicamente a vitória eleitoral. Todos esses números têm margem de erro de 2 pontos para mais ou para menos. Pesquisas eleitorais são apenas a fotografia do momento e não conseguem dimensionar o ganho eleitoral dos candidatos nas últimas 48h antes da urna”, advertiu William Passos, geógrafo com especialização doutoral em Estatística do Setor Público, da População e do Território na Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence) do IBGE.

 

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