Cultura de Campos — O Império contra-ataca?

ROSINHA COBRA DEFESA DA SUA “POLÍTICA CULTURAL”

Por Ricardo André Vasconcelos, em 30-07-13 – 20h43

A prefeita Rosinha tem que se queixado de alguns de seus auxiliares na área cultural, especialmente seus colegas da velha guarda do teatro nos anos 80, pela falta de demonstração pública de solidariedade à presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, Patrícia Cordeiro.

A prefeita entende que quando a principal dirigente da Cultura no município tem sua atuação questionada, é o governo que está sendo criticado e gostaria de ver os muitos artistas que acolheu em na administração defender o que chama de sua “política cultural”.

Quer que seja lembrado que ela reabriu o Museu de Campos, fez o sambódromo, está resgatando o Centro Histórico da cidade, vai recuperar o Palácio da Cultura e o Teatro de Bolso…

Rosinha lamentou, nem tão baixo que ninguém ouvisse e nem tão alto que parecesse uma ordem, que gostaria que as mesuras não ficassem apenas entre quatro paredes. Quer defesas públicas e veementes.

Tem gente se fazendo de morta, sem trabalhar por conta da gripe e até a dengue reapareceu no cardápio de desculpas esfarrapadas. Um dos que ouviram a reclamação da prefeita jura que a situação não vai ficar assim.

TRE multa Pezão por campanha extemporânea

TRE multa Pezão em R$ 125 mil

Por Suzy Monteiro, em 30-07-2013 – 15h41

A partir de ação da Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) no Rio de Janeiro, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RJ) aplicou multa no valor de R$ 125 mil ao vice-governador Pezão pelo uso indevido da propaganda do PMDB veiculada em 15 de março. O TRE também puniu o partido com a cassação de inserções de rádio e TV equivalentes a cinco vezes a propaganda partidária usada para promoção pessoal (proc. 81-58.2013.6.19.0000).

A ação da PRE se baseou na análise de inserções do PMDB-RJ em março, com falas de Pezão que caracterizavam propaganda antecipada, como “O Rio vive hoje um momento de conquista. Ainda tem muita coisa para melhorar, mas a gente acabou com o jogo de empurra e fez o estado avançar”. O espaço, que pela legislação deve ser utilizado para veicular o programa do partido, foi usado para divulgar a candidatura de Pezão.

(Fonte: Ascom)

Cultura do Rio rejeita cultura política de Campos para o RJ

Atriz Fernanda Torres analisa situação de Cabral e teme populismo de Garotinho

Por Cláudio Andrade, em 29-07-13 – 11h45


Deixei o Rio de Janeiro há duas semanas. O clima ameno do inverno me fez lamentar a viagem. Adoro o Rio de abril a julho, a atmosfera limpa e a temperatura ideal.

Nova York derrete sob um calor de Madureira.

Fui assistir ao musical de David Byrne sobre a vida de Imelda Marcos. Achei um pouco ingênuo, mas gostei de saber da história. Ela guarda alguns paralelos com as manifestações populares que tomaram conta do Brasil. Em frente ao balcão do palácio, com o povo linchando os bonecos do casal Marcos, Imelda pergunta à massa o porquê de não gostarem dela. Depois, foge para os Estados Unidos em um helicóptero, acompanhada de cinquenta membros de seu partido e 3 000 pares de sapato.

Quando saí do Rio, a vigília em torno do prédio do governador Sérgio Cabral estava apenas começando. Amigos mais engajados se juntavam ao protesto e muitos sofreram com a ação violenta da polícia.

Boatos, vindos de gente bem informada, levantavam a apavorante hipótese de a truculência da guarda estar partindo não da Secretaria de Segurança, mas das milícias infiltradas na corporação, insatisfeitas com a atual política.

Conhecidos, revoltados com a ponte aérea Rio-Porto Belo do helicóptero do governador, prometiam fazer o que estivesse ao alcance deles para tirar Cabral do poder.

Alguns se aglomeraram na porta da igreja para berrar contra o casamento milionário da filha de um empresário de transporte. Outros tentaram controlar a fúria dos companheiros de passeata. Um homem retrucou dizendo que estava ali porque era incapaz de sustentar a própria família com a merreca que ganhava por mês. Tomado, investia contra lojas e restaurantes da Zona Sul.
Meu irmão viu uma turba de encapuzados de preto, munidos de pedras, se dirigir para Ipanema.

A revolução popular comporta muitas tribos, muitas vontades e muitos pontos de vista. Não é à toa que a Revolução Francesa decapitou seus principais líderes após a vitória.

Cabral velejava nos bons ventos das UPPs e dos eventos esportivos que viriam sustentar a economia do Rio de Janeiro até 2016. Foi pego pelo jantar da Delta, em Paris, e pelo uso abusivo do transporte aéreo. De uma hora para outra, vestiu a coroa de Luís XVI.
A ditadura das ruas, se perpetuada, corre o risco de se tornar algo brutal, perigoso e irascível. Resta saber quem sairá fortalecido dessa batalha.

Temo tanto a esquerda radical, pura, virgem, que vê em todo e qualquer empresário um corrupto em potencial, quanto o capitalismo sem freio, que aceita conchavos, subornos e privilegia aliados. Mas me apavora, acima de tudo, o populismo de Garotinho.

Eu me pergunto se a grita não beneficiará, mais tarde, forças políticas devastadoras.

Tenho refletido sobre as opções para 2014. A ideia de que as milícias estariam por trás da ação dos policiais, com o objetivo de acabar com a credibilidade do trabalho de José Mariano Beltrame, é uma triste possibilidade. Quando eu me lembro de Álvaro Lins, tenho vontade de chorar.

É preciso ter cuidado para não servir de massa de manobra para as sempre alertas forças ocultas.

Como diz um amigo budista, o mal é sempre poderoso e a virtude, frágil como pluma.

Postagem feita aqui, no blog da atriz Fernanda Torres, na Veja Rio, também reproduzido aqui, na blogosfera goitacá, pelo Ricardo André Vasconcelos.

Três candidatos à Alerj é muita pretensão do PT de Campos?


PT de Campos pode marchar com três nomes para a Alerj

Por Saulo Pessanha, em 29-07-2013 – 16h59

O PT de Campos já teve alguns representantes no Legislativo municipal por força do prestígio individual dos eleitos. Sim, porque o partido nem sempre consegue aglutinar forças. Quase sempre vai rachado para as eleições. Agora, para 2014, não será diferente.

E olha que a eleição não é para a Câmara de Vereadores. A tarefa é muito mais difícil.

O PT, veja só, em uma disputa para a Assembléia Legislativa, quando, com um candidato, já teria muitas dificuldades em elegê-lo, deve ir com três nomes. É muita pretensão.

Pode ser que, mais na frente, o PT tenha a compreensão de que não tem condições de concorrer com tanta gente e racionalize pretensões internas. Afinal, dos três postulantes, apenas Marcão, que é vereador, já foi testado e aprovado nas urnas.

Mas o PT está longe de chegar a um consenso. Odisséia Carvalho, suplente nas duas eleições que disputou para a Câmara de Vereadores, antecipou, em entrevista ao jornalista e blogueiro Aluysio Abreu Barbosa (aqui), que não tem planos para declinar de sua pré-candidatura.

Da mesma forma, Alexandre Lourenço, que também se coloca como pré-candidato dentro do PT na eleição para a Alerj, declarou que não pensa em desistir. “Sou pré-candidato de oposição ao governo Sérgio Cabral, com o apoio de Alessandro Molon” (leia aqui).

“Cabruncos Livres” querem lavar a Câmara na volta do recesso

Na democracia irrefreável das redes sociais, o movimento “Cabruncos Livres” está convocando para a lavagem da escadaria da Câmara Municipal de Campos, no próximo dia 7, quando os vereadores de Campos, hoje reunidos para debater a lei orgânica, voltam do recesso legislativo. Quem quiser participar ou conhecer melhor a proposta, reproduzida abaixo, basta clicar aqui

LAVEMOS-NÓS!
Convocamos todos nós Cabruncos Livres para o dia 07 de AGOSTO de 2013 que marca o final do recesso da Casa Legislativa para esta experiência lúdica de toda uma DEMANDA da NOSSA sociedade.
LAVAREMOS As ESCADARIAS DA CÂMARA DE VEREADORES DE CAMPOS DOS GOYTACAZES – RIO DE JANEIRO – RJ.

TRAGA SEU BALDE, SUA VASSOURA À RODO! LAVEMOS-NOS!

Cultura de Campos: Contribuinte paga para não ver Maria Bethânia no Trianon

SHOW DE MARIA BETHÂNIA VAI CUSTAR R$ 233.750,00

Por Ricardo André Vasconcelos, em 29-07-13 – 19h48

Ela é, sem dúvidas, uma das maiores intérpretes brasileiras de todos os os tempos.

Maria Bethânia vai cantar no palco do Trianon na próxima quarta-feira, dia 31, como parte da programação dos 15 anos do Teatro. Meu ingresso, na fila F, foi comprado por R$ 100,00 e, outras 800 e poucas pessoas como eu também pagaram pelo ingresso.

Mas a conta não fecha. Se eu e outros 800 e poucos fãs compraram o ingresso a bilheteria vai arrecadar,  no máximo, R$ 80 mil. Isso na melhor das hipóteses, pois desconte aí os convidados, que nada pagam e os  idosos, estudantes, que, com muita justiça pagam metade do valor.

No entanto, a Prefeitura de Campos pagou, na última sexta-feira, de cachê à grande cantora, R$ 233.750,00  mediante nota fiscal nº 94 emitida na véspera pela empresa Jaci Produções Artísticas(*).

Ou seja, a maior parte do cachê vai ser pago por quem não vai ter a oportunidade de ver a grande cantora baiana.

O cachê de Milton Nascimento, que se apresentou no mesmo teatro no último sábado, foi de R$ 83.500,00.

Valores dos cachês de outros artistas contratados para os 15 anos do Trianon:

Aginaldo Timóteo – R$ 26.600,00
Ângela Maria –         R$ 26.600,00
Aginaldo Rayol –    R$ 30.400,00

(*) Os dados estão no Portal da Transparência (aqui).

A federal, Makhoul conta com votos de Campos, Macaé, Maricá, médicos e libaneses

Segundo colocado na última disputa à Prefeitura de Campos, ainda que sem conseguir forçar o segundo turno com a prefeita Rosinha (PR), o petista Makhoul Moussallem quer garantir a manutenção dos seus mais de 60 mil votos, nas urnas de 2012, para a eleição à Câmara Federal, em 2014. Em outros municípios, como Macaé e Maricá, onde já teve declarado o apoio dos respectivos prefeitos, Aluízio Júnior (PV) e Washington Quaquá (PT), Makhoul espera ampliar o eleitorado em todo o Estado, assim através da sua militância na medicina e da numerosa colônia libanesa fluminense. Em relação à composição de chapas com os pré-candidatos do PT de Campos à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), ele lembra que lançou seu nome a federal no mesmo dia que Odisséia Carvalho a estadual. Mostrando respeito às prováveis alianças de Alexandre Lourenço com Molon, e de Marcão com Chico D’Ângelo, Makhoul busca o que há de comum entre ele e seus correligionários goitacá, mas ressalva: “Não sendo adúltero, sou político-partidariamente poligâmico”.

Foto de Edu Prudêncio - Folha da Manhã
Foto de Edu Prudêncio - Folha da Manhã

Folha da Manhã – Você teve 61.143 votos para prefeito de Campos, em 2012. Não bastou para o forçar o segundo turno com a prefeita Rosinha (PR), mas quantos desses votos pretende manter na eleição para deputado federal?

Makhoul Moussallem – Se possível, manter todos e tentar acrescentar mais votos, já que não há motivos para que as pessoas que em mim confiaram para ser prefeito, não confiem para ser deputado. Na eleição de 2012, em torno de 103 mil pessoas votaram na oposição. Até o momento, sou o único pré-candidato a deputado federal do grupo da oposição, donde, se trabalharmos com afinco, acredito que poderemos não só manter os nossos, como conquistar mais votos.

Folha – Além dos votos de Campos, você terá o apoio dos prefeitos Aluízio Júnior (PV), de Macaé, e Washington Quaquá (PT), de Maricá. Como os conquistou e o que eles podem ajudá-lo a conquistar em 2014?

Makhoul – O apoio do meu amigo Aluísio Júnior, prefeito de Macaé, como ele mesmo declarou numa entrevista à Folha da Manhã, é porque me conhece de longa data e sabe do meu caráter e da minha maneira de pensar, e acredita que eu posso representar bem o Norte Fluminense na Câmara Federal, defendendo não só os interesses de Campos e Macaé, como de todos os Municípios da região, e, inclusive, do Estado, principalmente na área da educação e da saúde. O apoio de Quaquá é pelos mesmos motivos, e também por acreditar que eu possa ser uma força renovadora no PT. Ambos podem e vão me ajudar na captação de votos de maneira ética, conquistando uma cadeira na Câmara dos deputados, onde vamos levantar as bandeiras da educação e da saúde, e apresentar projetos de interesse coletivo, como, por exemplo, o “Brasil Saudável”, que começa com a alimentação sadia, prática de esportes, aprimoramento da atenção básica, finalizando com a assistência médica na média e alta complexidade.

Folha – E sua atuação como médico, na Unimed, no Álvaro Alvim e no Cremerj, como podem ser revertidos em votos e apoio político? No mesmo sentido, que apoio espera ter da comunidade libanesa fluminense?

Makhoul – A minha atuação ao longo da minha vida profissional foi sempre visando o coletivo. Montei o primeiro Pronto Socorro de Campos na Santa Casa em parceria com a mesma, a Prefeitura e o Inamps. Fundei a Unimed-Campos com outros 60 colegas. Na presidência da Fundação Benedito Pereira Nunes transformei o Hospital Álvaro Alvim, um prédio de 6 andares, onde só funcionava o ambulatório no térreo, em Hospital de Ensino (Hospital Escola Álvaro Alvim), certificado pelos ministérios da Saúde e da Educação, e instalei vários serviços de excelência para atender o SUS. No Cremerj, onde já sou conselheiro por 20 anos, trabalho junto com outros 41 conselheiros pela preservação da ética, pugnando por melhores condições de trabalho para os médicos e, consequentemente, melhorando o atendimento à população. Todos que comigo trabalharam e trabalham nestas instituições sabem da minha capacidade de trabalho, honestidade de propósitos, das minhas convicções sociais e humanitárias. E, sem dúvida, são meus apoiadores em qualquer tarefa que eu empreenda, ajudando-me politicamente e na conquista de votos.  É evidente que há exceções; não tenho a pretensão de agradar a todos e nem de ser unanimidade. Os projetos na área da saúde contarão com apoio da esmagadora maioria dos médicos e de outros profissionais da saúde. Em relação à comunidade libanesa fluminense, tenho a pretensão de ser por ela apoiado politicamente e em votos. Sou um dos poucos libaneses que se tornou brasileiro da gema, sem, no entanto, renegar a sua origem e de perder a ligação com ela, de falar e escrever a língua árabe e de querer uma profunda comunhão do Líbano com o Brasil, em favor dos dois povos e de se orgulhar de ambos.

Folha – Em relação à sua condição de médico, você participou ativamente da mobilização contra a contratação de médicos cubanos pelo governo federal do PT. Entre o médico e o petista, sua opção será sempre pelo primeiro? Por quê?

Makhoul – Antes de ser médico e ser filiado ao PT, sou um cidadão brasileiro que gosta de seu país e dos seus compatriotas, donde a minha primeira opção será sempre pelo que acredito ser correto e o melhor para a população, principalmente a carente. Não só fui contra a contratação de médicos estrangeiros sem revalidação do diploma, como também fui contra a MP 621 na sua íntegra, porque entendo que não vai resolver o problema da assistência médica no país. Medidas midiáticas para atender o clamor das ruas, decididamente, não são o melhor caminho e nem fazem a minha cabeça; mas sim um estudo profundo das raízes do problema e daí um planejamento sério e estratégico com começo, meio e continuidade. Participei ativamente e continuarei participando, emitindo minha opinião sempre que se fizer necessário, pois, modéstia à parte, deste riscado eu entendo; inclusive e, principalmente, para ajudar o PT a reencontrar o seu verdadeiro caminho na solução dos problemas nacionais e na consolidação da cidadania e da democracia.

Folha –  Você participou da manifestação dos médicos no último dia 3, que saiu do HFM até a praça São Salvador, onde se juntou aos “Cabruncos Livres”, seguindo até a Câmara. Após ver de perto, qual sua opinião sobre o movimento dos jovens nas ruas de Campos?

Makhoul – O meu contato com os “Cabruncos Livres” foi de uma boa comunhão, por eu já defender as mesmas bandeiras. Por ser contra a maneira vigente de se fazer “política”, fui chamado de “arrogante e de não saber fazer política”. Agora já tem uma multidão de “arrogantes que não sabem fazer política”. Junto com os jovens e com outras faixas etárias e com os “Cabruncos Livres”, vamos livrar a política destes “sabidos e falsos humildes que acham que sabem fazer política”, e estabelecer novo modus faciendi de política, na qual o homem público deve servir e não se servir.

Folha – Dos três pré-candidatos do PT de Campos a deputado estadual, o Alexandre Lourenço já deixou claro seu apoio à reeleição do deputado federal Alessandro Molon. E quanto a Marcão e Odisséia?

Makhoul – O compromisso do Alexandre Lourenço com a reeleição do deputado Molon é anterior a minha pré-candidatura, assim como o do nosso vereador Marcão com a possível pré-candidatura do deputado Chico D’Angelo, atual secretário de Saúde de Niterói. A ex-vereadora Odisséia lançou a sua pré-candidatura no partido no mesmo dia que lancei a minha. Todos somos do mesmo partido e defendemos as mesmas ideias e bandeiras em relação à ética e à honestidade na política. O bom de uma eleição proporcional no Estado é que os votos vão todos para um fundo comum do partido, tanto federal, como estadual, e uns ajudam os outros a se elegerem, donde farei uma campanha partidária, ou seja, casado com todos e todas; não sendo adúltero, já que sou político-partidariamente poligâmico.

Publicado hoje na edição impressa da Folha da Manhã.