Tabela de Zidane e Messi a quem ama o futebol

 

Já veterano no Real Madrid, Zidane encarando o jovem Messi pelo Barcelona

 

“É uma pena que eu não tenha podido jogar contigo. Mas hoje, para mim, é o momento de dar-te um passe”. É o que o francês de origem argelina Zinédine Zidane diz antes de passar a bola e a palavra ao argentino Lionel Messi.

O papo entre os dois gênios do futebol, de audição necessária a todos que amam esse esporte, foi gravado em 29 de setembro, em Miami, onde Messi defende o clube Inter Miami. Patrocinadora de ambos, a empresa alemã Adidas promoveu o encontro.

CAMISA 10 — Os dois falaram sobre a mística da camisa 10 que ajudaram a imortalizar. Embora nunca tenha usado o número em seus quatro clubes como jogador, Zidane foi o 10 da França que conquistou a Copa do Mundo de 1998 e a Eurocopa de 2000. Na primeira vez na história do futebol que um time ganhou as duas de maneira seguida.

O francês falou com carinho também da camisa número 5, com que marcou época nos “Galácticos” do Real Madrid. Quando selou os 2 a 1 da conquista da Champions de 2002 sobre o alemão Bayer Leverkusen.

Embora tivesse a direita como melhor perna, Zidane acertou um chute de canhota, de primeira. É até hoje considerado um dos mais belos gols a decidir uma Champions. E Messi, que tinha à época 15 anos e já estava no Barcelona, mostrou se lembrar muito bem.

Notabilizado pelo camisa 10, que hoje usa no Inter Miami, Messi usou outros números em seu início na Argentina e no Barcelona. Neste, estreou como profissional aos 17 anos, em 2004, com a camisa 30. Número que, como lembrou com Zidane, retomou quando jogou no PSG.

Foi com a camisa 10 do Barcelona que Messi conquistou oito dos seus 10 Campeonatos Espanhóis, três das suas quatro Champions e seus três Mundiais de Clubes. Como foi com a 10 da Argentina que ele conquistou da Copa América de 2021 e da Copa do Mundo de 2022.

MARADONA — “Para nós, argentinos, o 10 é um número muito especial, porque automaticamente traz Maradona à cabeça. Crescendo desde meninos no futebol, queríamos ser como ele. Embora nenhum tenha conseguido ser como ele, a ilusão, o desejo era esse”, disse Messi, que viu muito pouco do ídolo, já no final de carreira, quando tinha 6 ou 7 anos.

“É para todo o mundo, não só para os argentinos. Maradona, como tu sabes, era um ídolo para todos, para todo o mundo. Sobretudo tu, falando isso, com sete Bolas de Ouro (Messi ganharia a oitava no dia seguinte), é muito bonito”, pontuou Zidane.

FRANCESCOLI — Além de reverenciarem um dos maiores camisas 10 da história, outros dois da lista lamentaram como esse tipo de jogador anda desaparecendo do futebol. Zidane lembrou do seu ídolo, o uruguaio Enzo Francescoli. Que viu jogar no Olympique de Marselha e Messi veria no River Plate.

AIMAR — “Nós, na França, normalmente víamos jogadores franceses, não havia muito estrangeiros. Quando vi Enzo, da América do Sul, vimos que era outro futebol. Ele fazia coisas com a bola, era um mágico, e eu queria fazer o mesmo”, admitiu Zidane. Enquanto Messi, abaixo de Maradona, também assumiu como referência o conterrâneo Pablo Aimar.

MESSI POR ZIDANE — “Hoje é um dia importante para mim porque posso dizer a admiração que tenho por ele. Gosto desses jogadores diferentes. Para mim é magia, pura magia. Eu quase sabia o que você iria fazer, como uma conexão. Mas quando vejo você fazer o que faz no campo, digo: é isso”, ditou Zidane sobre Messi.

ZIDANE POR MESSI — “Não é porque ele está presente aqui, porque já disse muitas vezes. Para mim, ele é um dos maiores da história. Sempre o admirei. Ele sempre foi um jogador diferente, elegante, magia, tinha tudo. E sofri também, porque ele estava em Madri e eu no Barcelona. Mas os grandes jogadores ultrapassam a camiseta e o país”, sentenciou Messi sobre Zidane.

MALDINI E THURAM — Entre conselhos aos jovens, ambos destacaram o que parece faltar a muitos dos últimos grandes jogadores brasileiros: foco! Sobre os melhores marcadores, Zidane destacou o ex-lateral-esquerdo e ex-zagueiro italiano Paolo Maldini, pela inteligência. E, pela dureza, o ex-lateral-direito e ex-zagueiro francês Lilian Thuram. Com o que Messi, rindo, concordou.

ZIDANE x RONALDO — Entre os anos 1990 e 2000, Zidane disputou a condição de melhor jogador do mundo com o ex-centroavante brasileiro Ronaldo Fenômeno. E, apesar das posições diferentes, o superou na final da Copa do Mundo de 1998 e nas quartas de final da Copa do Mundo de 2006.

MESSI x CRISTIANO RONALDO — Entre os anos 2010 e 2020, Messi disputou a condição de melhor jogador do mundo com o atacante português Cristiano Ronaldo. E, se alguém chegou a ter alguma dúvida sobre a superioridade do argentino, ela foi desfeita na sua conquista da Copa do Mundo de 2022.

APÓS PELÉ E MARADONA — Após Pelé, entre os anos 1950 e 1970, Maradona foi o grande jogador do futebol mundial dos anos 1980 e 1990. Após Don Diego, ninguém brilhou mais do que Zidane e do que Messi. Ver esses dois gênios em tabela de papo sobre futebol é quase tão encantador quanto tê-los visto jogar.

 

 

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