Não foi só o Ministério Público Estadual (MPE), na pessoa do promotor Marcelo Lessa, que entrou na ofensiva contra a crise no transporte público do município. Hoje, também o Ministério Público Federal (MPF) de Campos, através do procurador Eduardo Santos Oliveira, decidiu abrir uma investigação criminal para apurar as manifestações que têm fechado a BR 101, uma rodovia federal, para protestar contra a falta de ônibus, especificamente os realizados pela comunidade do bairro Parque Aeroporto. Levantando até a Lei nº 7.170/83, de Segurança Nacional, ele quer ouvir os presidentes do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Cargas e Passageiros, Roberto Virgilio Duarte; do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Campos (Setranspas), José Maria Matias, proprietário da São João; e o presidente da associação de moradores do Pq. Aeroporto (confira aqui).
Enquanto isso, só hoje, não na altura do Pq. Aeroporto (sentido Campos/Vitória), mas na localidade de Ibitioca (Campos/Rio), cujos moradores não foram contemplados com a escala de ônibus feita pelo governo Rosinha, a partir da expropriação na quarta de 30% da frota das empresas, e fecharam a BR 101, nas duas pistas no sentido Campos/Rio, ateando fogo em pneus e galhos. A primeira manifestação, na manhã de hoje, interditou por duas horas a rodovia no km 80,e só acabou com a chegada da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e após fogo ser controlado pelos Bombeiros. Dividida em pontos diferentes, à tarde foram quatro outras manifestações na BR 101: no km 79, a pista foi liberada às 17h; no km 82, às 17h51; no km 80, às 18h; enquanto no km 100, a principal rodovia do país ainda se encontra bloqueada, neste exato momento, nos dois sentidos. O engarramento nos protestos chegou 12 quilômetros.
Conheça abaixo a abertura da investigação criminal sobre os protestos na BR 101, por parte do MPF de Campos:
Atualizado às 18h29.