“Se a gente for depender do Futebras para resolver a situação, realmente estamos em apuros. Essa Copa ensinou muita coisa. A primeira é que um craque sozinho não ganha Copa. Isso não foi só para o Brasil. Isso foi para a Argentina, isso foi para Portugal, talvez, muito mais do que para qualquer outra seleção. A segunda é que sequer você precisa ter um craque para ganhar a Copa. A Alemanha não tem um grande craque, mas tem vários bons jogadores. Talvez a terceira e mais importante delas todas, é que o resultado da Alemanha vem de planejamento, de uma boa estrutura, o que é o inverso do Futebras. Se o governo quer fazer alguma coisa que melhore o futebol brasileiro, o que precisa fazer é melhorar a economia brasileira, porque com isso, a gente vai ter menos jogador indo embora. Se o nosso campeonato for mais forte, tiver mais público, der mais resultado, com menos jogador indo embora, pode acontecer como a Alemanha, que tem seis jogadores que vêm de um único clube, que é o Bayer (de Munique). Então, intervenção no futebol, que é o que estão pregando, é o pior dos caminhos”
(Ricardo Amorim, agora há pouco, no programa de TV “Manhattan Connection”)
Conheça aqui mais sobre a proposta do governo Dilma Rousseff (PT) de intervenção estatal no futebol, batizada de Futebras, após a humilhação brasileira na Copa do Mundo