
Novo Papa conservador ou progressista?
A morte do Papa Francisco, na segunda, consternou o mundo. Que, em sua bipolaridade política, passou a debater se o sucessor do Trono de Pedro será progressista ou conservador. Como foi outro Papa muito popular, João Paulo II, polonês e um dos responsáveis pela queda do socialismo ateu na Europa, com a queda do Muro de Berlim em 1989.
“Conserta minha Igreja, Francisco!”
Em sua Argentina natal, até hoje se discute se Jorge Mario Bergoglio seria politicamente progressista ou conservador. O fato é que, quando se tornou Papa e adotou o nome Francisco, em 2013, ele adotou implicitamente a revelação de outro Francisco. O italiano de Assis, a quem Jesus apareceu no século 13 e pediu: “Conserta minha Igreja, Francisco!”
Coragem com bom humor
Ao encarar os escândalos financeiros do Banco do Vaticano e os de pedofilia que assombravam a Igreja Católica no início do século 21, Francisco abraçou a missão. Na qual misturou coragem com humildade e um traço que talvez o distinga de todos os seus antecessores: o bom humor. Como se distinguiu ao falar sério quando pregou o acolhimento da Igreja aos homossexuais.
Exemplo do Cristo
Desde João XXIII e seu Concílio Vaticano II, nos anos 1960, que permitiu que as missas católicas fossem celebradas na língua de cada país, Francisco foi o Papa mais reformador. Na missa que rezou sozinho na Praça de São Pedro, em 27 de março de 2020, no auge da pandemia da Covid, ele talvez não tenha consertado a Igreja do Cristo. Mas foi o seu melhor exemplo.
Publicado hoje na Folha da Manhã.
