Castro reergue pontes com Flávio e Valdemar em Brasília

 

Cláudio Castro foi a Brasília para reerguer suas pontes com o bolsonarimso, através do senador Flávio Bolsonaro, e com o PL, através do seu presidente nacional, Valdemar da Costa Neto (Montagem: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Após ter o apoio eleitoral em 2026 retirado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por conta da exoneração de Washington Reis (MDB) da secretaria estadual de Transportes, o governador Cláudio Castro (PL) esteve ontem em Brasília. E se reuniu com o senador Flávio Bolsonaro (PL) e com o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto.

Castro e Flávio teriam afinado o discurso de que os candidatos do PL ao Senado e até ao Governo do Estado serão decididos só em 2026. O objetivo do atual governador é deixar o cargo até 4 de abril do próximo ano, para se candidatar a senador em outubro, em dobradinha com Flávio, que todas as pesquisas apontam como favorito à reeleição.

Tudo isso já estava aparentemente acertado. Até que, no dia 3, o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União), como governador em exercício, exonerou do secretariado estadual o bolsonarista Washington, ex-prefeito e muito popular em Duque de Caxias. A decisão foi tomada sem avisar antes a Castro, que estava viajando.

Após se encontrar com Bacellar em Búzios no dia 4, para tentar remediar a crise, Flávio chegou a costurar com Castro a volta de Washington à pasta estadual dos Transportes. Mas, pressionado pelo presidente da Alerj e sua tropa de choque, o governador recuou. O que Jair teria encarado como traição e respondeu no dia 16:

— Não vou apoiar Cláudio Castro para o Senado, nem Bacellar para o governo. Pode avisar lá. Vou esperar as coisas acontecerem e decidir com calma o que vamos fazer no Rio em 2026.

Além de ter retirado seu apoio a Castro e Bacellar, Bolsonaro teria pedido ao PL para testar alternativas ao Senado em 2026, junto com o filho mais velho. As opções do ex-presidente seriam os deputados federais Sóstenes Cavalcante e Hélio Lopes.

Escanteado por Bolsonaro na sexta, Castro foi a Brasília na quarta, sem Bacellar, para tentar reerguer suas pontes com o PL, junto a Valdemar; e com os Bolsonaro, junto a Flávio. E teve aparente sucesso. Com o 01, teria acordado que a decisão do bolsonarismo sobre o RJ, berço do movimento político, só sairá em 2026.

Ao presidente nacional do PL, Castro disse que não deseja sair do partido. E ouviu que a recíproca é verdadeira. Neste sentido, Valdemar teria prometido ao governador achar uma solução que contemple todos os lados na eleição ao Senado no RJ, em 2026.

 

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