Flávio lidera a senador, com Benedita, Molon e Portinho pela 2ª vaga

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Adversário menos distante (7,2 pontos atrás) do prefeito carioca Eduardo Paes (PSD) a governador (confira aqui), o senador Flávio Bolsonaro (PL) confirmou seu favoritismo à reeleição para uma das duas cadeiras ao Senado que o RJ elegerá em 4 de outubro de 2026, daqui a 13 meses. Em dois cenários de consulta estimulada da pesquisa AtlasIntel, feita de 25 a 29 de agosto, Flávio liderou ambos, entre 22,6% e 23,1% das intenções de voto a senador.

Cenário 1 ao Senado — No cenário 1 da AtlasIntel a senador, o filho 01 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve 22,3% de intenção. Ficou 5,6 pontos à frente da deputada federal Benedita da Silva (PT). Com 17%, ela ficou no empate técnico, na margem de erro de 2 pontos para mais ou menos, com o ex-deputado federal Alessandro Molon (PSB) e o senador Carlos Portinho (PL), respectivamente, com 16,1% e 14,1%.

Clarissa no cenário 1 — Atrás de Flávio, Benedita, Molon e Portinho no cenário 1 da AtlasIntel ao Senado, a ex-deputada federal campista Clarissa Garotinho (REP) ficou em 5º lugar, com 4,1%. Atrás dela, em 6º, ficou o deputado federal Otoni de Paula (MDB), com 2,2%. Outros 11,4% escolheram outro nome.

Cenário 2 ao Senado — No cenário 2 da AtlasIntel a senador, Flávio teve 23,1% de intenção. Ficou 5,9 pontos à frente de Benedita, com 17,2%. A petista ficou em outro empate técnico com Molon, que teve 16,5%. Depois dele, veio o governador Cláudio Castro (PL), com 12,4%; o ex-prefeito carioca Marcelo Crivella (REP), com 2,5%; e Otoni, com 1,7%. Outros 12,2% escolheram outro nome.

Rejeição a senador — No quesito rejeição, entre os nomes listados pela AtlasIntel ao Senado, Castro liderou: 52,7% dos eleitores fluminenses não votariam nele de jeito nenhum. Ele veio seguido no índice negativo por Crivella, com 49,5%; Flávio, com 48%; Benedita, com 41,8%; Clarissa, com 41,1%; Portinho, com 31,7%; e Molon, com apenas 28,1% de rejeição.

Castro desaprovado por 64% — Entre os que tentam concorrer ao Senado em 2026, a liderança de Castro na rejeição parece refletir a baixa aprovação em 2025 à sua gestão como governador. Que é aprovada por apenas 29% dos eleitores fluminenses, com a desaprovação da maioria expressiva de 64%. Outros 7% não opinaram.

Análise do especialista — “Na disputa ao Senado, Flávio liderou as duas consultas. No cenário 1, Benedita, Molon e Portinho apareceram tecnicamente empatados na 2ª colocação, dentro da margem de erro. No cenário 2, o empate técnico na 2ª colocação restringiu-se a Benedita e Molon. Destaca-se também o aparecimento do nome da campista Clarissa na 5ª colocação do cenário 1. A AtlasIntel também testou a aprovação da gestão Cláudio Castro, pré-candidato ao Senado e desaprovado como governador por 64% da população”, resumiu William Passos, geógrafo com especialização doutoral em estatística no IBGE.

 

Após Quaest e Paraná, Paes também lidera AtlasIntel a governador

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Outra pesquisa aponta o favoritismo atual do prefeito carioca Eduardo Paes (PSD) à eleição a governador de 4 de outubro de 2026, daqui a 13 meses. Depois dos institutos Quaest (confira aqui) e Paraná (confira aqui), ontem (2) foi a vez da AtlasIntel divulgar sua pesquisa, feita com 2.001 eleitores de 25 a 29 de agosto. Na qual Paes variou de 40% a 43,9% de intenção de voto nas duas consultas estimuladas a governador — com a apresentação dos nomes dos possíveis candidatos.

Cenário 1 a governador — No cenário 1 da AtlasIntel a governador, Paes teve 43,9% de intenção. São 31,5 pontos de vantagem sobre o 2º colocado, o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União), com 12,4%. Na margem de erro de 2 pontos para mais ou menos da pesquisa, o político de Campos ficou empatado tecnicamente com o ex-prefeito de Duque de Caxias Washington Reis (MDB), que teve 9,8%. Atrás dele, ficou a vereadora carioca Monica Benicio (Psol), com 6,6%.

Cenário 2 a governador — No cenário 2 da AtlasIntel a governador, Paes teve 40% de intenção. E sua liderança caiu para 7,2 pontos de vantagem sobre o 2º colocado, o senador Flávio Bolsonaro (PL), com 32,8%. Atrás dele, todos empatados tecnicamente na margem de erro, vieram o ex-prefeito de Maricá Fabiano Horta (PT), com 5,6%; Bacellar, com 5,2%; Reis, com 4%; e Monica, com 3,6%. Na rabeira, ficou o ex-governador Wilson Witzel (PSDB), com 0,6%.

Rejeição a governador — Caso a eleição a governador ocorra em dois turnos, a rejeição determinará o crescimento ou não de cada candidato. Na AtlasIntel, ninguém é mais rejeitado do que Witzel: 69,2% dos eleitores não votariam nele de jeito nenhum. Entre os possíveis candidatos a governador, Flávio tem 48% de rejeição, Monica tem 39,8%, Horta tem 36,7%, Bacellar tem 33,5%, Reis tem 32,5% e Paes tem apenas 26,7%. O que, hoje, reforça o favoritismo deste para 2026.

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

William Passos, geógrafo com especialização doutoral em estatística no IBGE

Análise do especialista — “A AtlasIntel de agosto de 2025 testou dois cenários ao Governo do Estado, com Eduardo Paes liderando nas duas simulações. No cenário 1, sem Flávio Bolsonaro, Rodrigo Bacellar aparece na 2ª colocação, 31,5 pontos percentuais atrás de Paes. No cenário 2, é Flávio Bolsonaro que aparece atrás de Eduardo, mas com uma diferença bem mais apertada em favor do atual prefeito do Rio: 7,2 pontos”, resumiu William Passos, geógrafo com especialização doutoral em estatística no IBGE.

 

História do Brasil tem 1º julgamento por tentativa de golpe de Estado

 

(Montagem: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

 

Inédito na História do Brasil

A República foi instalada no Brasil com um golpe militar de Estado em 1889. De lá para cá, foram 22 tentativas e golpes de Estado consumados no país. E, desde ontem (02), é a primeira vez que os responsáveis, entre eles um ex-presidente da República, três generais do Exército e um almirante da Marinha, são julgados (confira aqui) por atentarem contra a democracia brasileira.

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Exemplos vizinhos da Argentina e Chile

Não é preciso ir muito longe. Na Guerra Fria (1947/1991), as ditaduras militares da Argentina (1976/1983) e do Chile (1973/1990) foram mais sangrentas que a do Brasil entre 1964 e 1985. Ainda assim, após a redemocratização da Argentina e do Chile, os militares de lá se ativeram à sua função constitucional. E nunca mais apitaram na vida política dos dois países vizinhos.

 

Questão simples: qual opção?

No Brasil, entre novembro e dezembro de 2022, até a invasão à Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023, toda a argumentação jurídica se resume a uma questão relativamente simples a qualquer leigo. Qual opção democrática poderia existir a quem perdeu uma eleição? Que não fosse aceitar a derrota, voltar para casa e tentar voltar pelo voto popular na próxima?

 

“Opção” admitida por Bolsonaro

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), em 10 de junho, a existência da minuta do golpe foi admitida pelo próprio ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como “opção” ao resultado eleitoral de 2022. Como admitiu ter cogitado decretar estado de sítio após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitar o pedido do PL para anular parte dos votos do 2º turno de 2022.

 

“Opção” de Bolsonaro aos militares

Bolsonaro também admitiu no STF que apresentou a minuta do golpe, em 7 de dezembro de 2022, com o ex-ministro da Defesa, general Paulo Sérgio de Oliveira, aos ex-comandantes do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes; e da Marinha, almirante Almir Garnier. O fato foi confirmado por todos. Como foi o único ali contrário à ideia, Freire Gomes hoje não é réu.

 

Projeção de março

Antes de tudo ser confirmado em juízo, a coluna projetou (relembre aqui) em 29 de março: “Bolsonaro será condenado por tentativa de golpe de Estado no STF. Possivelmente em setembro, com pena que pode chegar a 40 anos. Provavelmente, pela unanimidade dos cinco ministros da 1ª Turma. Talvez com contraditório de Luiz Fux na dosimetria”. É o que hoje se projeta ao dia 12.

 

Questionamentos independentes a Moraes

Há questionamentos independentes (confira aqui) à condução do processo no STF pelo ministro Alexandre de Moraes. Sobretudo por sua condição prévia de vítima da operação “Punhal Verde e Amarelo”. Que tinha por objetivo assassiná-lo, ao presidente Lula e ao vice Geraldo Alckmin. E cuja existência foi admitida no STF, em 25 de julho, por outro general e réu, Mario Fernandes.

 

Entre voto e democracia?

Não parece haver questionamento à culpa de Bolsonaro. Que independe da biruta moral lulopetista, de garantista contra o Super-Moro a punitivista pró-Xandão, ao sopro do interesse. Após dar a Bolsonaro 63,14% dos seus votos válidos no 2º turno presidencial de 2022, Campos tem que refletir. Não sobre esquerda e direita, mas seu compromisso entre voto e democracia.

 

Publicado hoje na Folha da Manhã.

 

Flávio lidera ao Senado, com Benedita e Castro pela 2ª cadeira

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Se ficou mais de 20 pontos atrás do prefeito carioca Eduardo Paes (PSD) a governador (confira aqui), o senador Flávio Bolsonaro (PL) segue liderando a corrida pelas duas cadeiras que o RJ elegerá ao Senado em 4 de outubro, a pouco mais de 13 meses. Em dois cenários de consulta estimulada (com apresentação dos nomes dos candidatos) da pesquisa do instituto Paraná, o filho 01 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) variou de 33,4% a 35,6% nas intenções de voto.

Flávio, Benedita e Castro — No 1º cenário estimulado a Senado, 7 pontos abaixo dos 33,4% de Flávio, veio a deputada federal Benedita da Silva (PT), com 26,4%. Na margem de erro de 2,2 pontos para mais ou menos da pesquisa, ela ficou em empate técnico na 2ª colocação com governador Cláudio Castro (PL), com 25,6%.

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Prateleira debaixo a senador — Ainda no 1º cenário, atrás de Benedita e Castro, vieram em outro empate técnico o ex-prefeito de Duque de Caxias Washington Reis (MDB), com 14,9%; o ex-prefeito carioca Marcelo Crivella (REP), com 14,4%; e o ex-deputado federal Alessandro Molon (PSB), com 10,9%. Eles foram seguidos do deputado federal Pedro Paulo (PSD), com 9,0%; do ex-prefeito de Maricá Fabiano Horta (PT), com 4,0%; e dos deputados federais Otoni de Paula (MDB) e Sóstenes Cavalcante (PL), respectivamente, com 2,5% e 2,2%.

Flávio, Castro e Benedita — No 2º cenário estimulado ao Senado pelo RJ, numa lista de opções mais enxuta ao eleitor, Flávio continua na liderança à corrida, com 35,6% de intenção. Ainda é uma liderança isolada, mas só 0,3 ponto acima do limite da margem de erro para o 2º colocado: Castro, com 30,9%. Este, por sua vez, fica no empate técnico com Benedita, numericamente em 3º, com 29,8%. Atrás dela, vieram Reis, com 19,4%; Pedro Paulo, com 12,7%; e Otoni, com 4,3%.

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Gestão Castro desaprovada por 49,4% — Embora pontue bem na corrida ao Senado, em 3º lugar em um cenário estimulado da pesquisa Paraná e em 2º no outro, Castro tem o governo desaprovado por 49,4% do eleitorado fluminense. Os que aprovam, em outro empate técnico na margem de erro, são 45,6%, enquanto 5,1% não souberam opinar.

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Dados da pesquisa — Divulgada hoje (1º), a pesquisa Paraná ouviu 2.000 eleitores em 66 dos 92 municípios fluminenses, entre 24 e 27 de agosto.

 

Paes lidera a governador de 44 a 20 pontos de vantagem, mesmo com Flávio

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Prefeito carioca, Eduardo Paes (PSD) segue líder isolado a governador do RJ no pleito de 4 de outubro de 2026, daqui a pouco mais de 13 meses. Pesquisa do instituto Paraná divulgada hoje (1º), feita com 2.000 eleitores fluminenses entre 24 e 27 de agosto, com margem de erro de 2,2 pontos para mais ou menos, deu a Paes de 50,6% a 56,8% de intenção de voto em três cenários de consulta estimulada — com apresentação dos nomes dos possíveis candidatos.

Paes contra Reis e Bacellar — No 1º cenário estimulado, Paes teve 54,8% de intenção. Mais de 44 pontos à frente, ele veio seguido do ex-prefeito de Duque de Caxias Washington Reis (MDB), com 10,6%; do presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União), com 7,8%; da vereadora carioca Monica Benicio (Psol), com 4,4%; e do médico bolsonarista Italo Marsili (Novo), com 1,0%.

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Reis ou Bacellar na 2ª posição? — Na pesquisa Paraná, houve uma inversão nas posições abaixo de Paes e relação à pesquisa Quaest do mesmo mês de agosto. Que colocou Bacellar (confira aqui) como 2º colocado, com 9%, enquanto Reis ficou em 3º, com 5%. Na Paraná, o político de Campos aparece só em 3º a governador, mas em empate técnico com o seu desafeto da Baixada Fluminense na 2ª posição.

Paes contra Reis e sem Bacellar — No 2º cenário estimulado da pesquisa Paraná, sem Bacellar, que se cogita tentar uma vaga a conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Paes teve 56,8% de intenção. Mais de 43 pontos à frente, ele veio seguido por Reis, com 13,3%; por Monica, com 5,2%; e por Marsili, com 1,3%.

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Paes contra Flávio — No 3º cenário estimulado ao Palácio Guanabara, veio a maior novidade entre os possíveis concorrentes de Paes. E sua menor vantagem registrada na Paraná de agosto. Quando o senador Flávio Bolsonaro (PL) foi testado a governador (confira aqui a possibilidade aventada desde 20 de agosto) no lugar de Reis, Bacellar e Marsili, Paes continuou líder isolado: 50,6% de intenção. Com pouco mais de 20 pontos de vantagem sobre Flávio, com 30,5%; com 5,3% para Monica.

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Espontânea — Paes também liderou a consulta espontânea a governador, quando o eleitor fala da própria cabeça em quem votará, com menos chance de mudar até outubro de 2026. O prefeito carioca teve 12,8% de intenção cristalizada de voto. Ele foi seguido do governador Cláudio Castro (PL), que não pode se candidatar à reeleição, com 2,9%; por Flávio, com 1,0%, por Reis e Bacellar, com 0,5% cada; e pelo deputado federal Tarcísio Motta (Psol), com 0,3%.

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Eleição matematicamente aberta — Com 1,1% para outros nomes e 6,3% declarando que votarão branco ou nulo, a maioria do eleitorado na consulta espontânea a governador do RJ revela um dado fundamental. Os 74,6% dos eleitores fluminenses que não souberam ou quiseram opinar, se ainda revelando indecisos, evidenciam uma eleição matematicamente aberta a 13 meses da urna.

William Passos, geógrafo com especialização doutoral em estatística no IBGE

Análise do especialista — “A Paraná de agosto testou três cenários a governador do RJ, todos com Eduardo Paes liderando isolado. No 1º cenário, Reis e Bacellar empatam na 2ª colocação, dentro da margem de erro de 2,2 pontos. No 2º cenário, sem Bacellar, Reis aparece isolado na 2º posição. No 3º cenário, sem Reis, Bacellar e Marsili, quem aparece isolado em 2º é Flávio Bolsonaro. Ele teve mais que o dobro de Reis no 2º cenário e cerca do triplo deste no 1º cenário”, resumiu William Passos, geógrafo com especialização doutoral em estatística no IBGE.