Juiz Elias Sader Neto se aposenta em Campos e é homenageado

 

Ao centro dos colegas juízes da comarca de Campos, com paletó bege e camisa azul clara, juiz Elias Pedro Sader Neto (Foto: Intagram da Amaerj)

Natural de Niterói e titular da 3ª Vara da Família de Campos entre 2007 e  2025, Elias Pedro Sader Neto foi homenageado pelos colegas juízes da comarca e da Associação de Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj) em sua aposentadoria da magistratura, na última terça (30).

Antes de Campos, Elias já tinha atuado como juiz titular nos municípios vizinhos de São Francisco de Itabapoana, São João da Barra, Conceição de Macabu e, no Noroeste Fluminense, em Itaperuna. Ingresso na magistratura em 1998, com 27 anos de carreira, atuou também como juiz na cidade do Rio de Janeiro e em sua Niterói natal.

Além do direito e da carreira de juiz, Elias é também formado em teologia. E ordenado pastor da Igreja Batista de Campos, embora não exerça atualmente o ministério.

 

50 anos na imprensa de Campos no Folha no Ar desta sexta

 

(Arte: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Professor, historiador, ambientalista e escritor, Arthur Soffiati fecha a semana do Folha no Ar nesta sexta (3), ao vivo, a partir das 7h da manhã, na Folha FM 98,3.

Ele falará sobre seus 50 anos de colaboração como articulista com a imprensa de Campos, que se completa neste domingo (5). Também falará sobre o papel da academia e do jornalismo no tempo da pós-verdade e da disputa de “narrativas” nas redes sociais.

Por fim, Soffiati analisará o ineditismo na História do Brasil da condenação (confira aqui) de um ex-presidente, três generais do Exército e um almirante da Marinha por tentativa de golpe de Estado.

Quem quiser participar do Folha no Ar desta sexta poderá fazê-lo com comentários em tempo real, no streaming do programa. Seu link será disponibilizado alguns minutos antes do início, nos domínios da Folha FM 98,3 no Facebook e no YouTube.

 

Incrições abertas para curso de oratória com Andral Tavares Filho

 

(Arte: JCI Campos dos Goytacazes)

 

A JCI Campos dos Goytacazes (antiga Câmara Júnior de Campos) está com inscrições abertas para um curso de oratória ministrado pelo advogado Andral Tavares Filho. Que é professor da área nos cursos de direito e jornalismo do Centro Universitário Fluminense (Uniflu) e ex-presidente da OAB-Campos.

O curso será realizado presencialmente das 8h às 18h de 11 de setembro, um sábado, no prédio do Uniflu (antiga FDC), na rua Marechal Deodoro, nº 53-1, Centro. Serão 20 vagas, no valor é de R$ 159,50 por participante, com parcelamento em até 12x e recursos revertidos à JCI. Abertas até o dia 9, as inscrições podem ser feitas aqui.

— Trata-se de um curso de oratória voltado para ajudar as pessoas a encararem com naturalidade o ato de falar em público. Através de uma metodologia participativa que inclui exercícios, dinâmicas de grupo, trocas de experiências e debates, o curso tem foco em dicas práticas, como aprimorar a dicção e saber usar a tribuna e o microfone, que ajudam bastante a melhorar a performance de quem fala em público — explicou Andral Tavares Filho.

 

Pós-Trump e pró-anistia a Bolsonaro, Tarcísio vive dilema a presidente

 

Donald Trump, Lula da Silva, Tarcísio de Freitas, Jair Bolsonaro, Edson Fachin, Ronaldo Caiado, Romeu Zema e Eduardo Leite (Montagem: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

 

Tarcísio antes de Trump

Na eleição que puxará todas as outras em 2026, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (REP), pintava como favorito a presidente nas pesquisas de 2025. Até o turning point (“ponto de virada”) de 9 de julho, com a carta do presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçando taxar o Brasil por conta do julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Lula antes de Trump (I)

Até a carta de Trump, o presidente Lula (PT) vinha em queda gradativa de aprovação de governo e de intenção de voto em todas as pesquisas. A partir da Quaest do início de junho, o jornalista Thomas Traumann, ex-ministro da Comunicação do governo Dilma Rousseff (PT), chegou a afirmar (confira aqui): “A pesquisa mostra que Lula deixou de ser favorito para a eleição de 2026”.

 

Lula antes de Trump (II)

Naquela Quaest de junho, Lula não ia além do empate numérico ou técnico, dentro da margem de erro, nas projeções de 2º turno com cinco adversários. Além de Tarcísio e de um Bolsonaro já inelegível, também contra a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e os governadores do Paraná, Ratinho Jr. (PSD); e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD).

 

Cego em tiroteio

A partir da carta com as ameaças de Trump e a defesa do interesse nacional jogada no colo de Lula, a direita brasileira ficou mais perdida que cega em tiroteio. Seu nome mais forte, Tarcísio passou a ser tachado não só de entreguista pela esquerda, como atacado também pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), nos EUA para trabalhar por sanções contra o Brasil.

 

Fiel da balança em 2018 e 2022

Além de governar o principal estado da União, econômica e eleitoralmente, Tarcísio era considerado o nome mais competitivo da direita pela capacidade de atrair os votos do centro. Os mesmos que, em 2018, penderam para Bolsonaro no 2º turno e o elegeram presidente. E que, em 2022, penderam para Lula no 2º turno, elegendo-o para o 3º mandato de presidente.

 

Pela anistia e contra a maioria

Pressionado pela condenação de Bolsonaro em 11 de setembro (confira aqui) a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado, a pecha de “moderado” de Tarcísio começou a desmoronar com a defesa do governador por uma anistia ao ex-presidente. À qual, segundo as quatro pesquisas nacionais de setembro, a maioria da população brasileira (confira aqui) é contrária.

 

Perto de Bolsonaro e longe do STF

Após ter chamado o ministro Alexandre de Moraes de “tirano” e o STF de “poder ditador” nas manifestações bolsonaristas de 7 de setembro em São Paulo, Tarcísio foi segunda (29) à Brasília. Onde se encontrou com Bolsonaro em prisão domiciliar. E optou por se ausentar da posse do ministro Edson Fachin como novo presidente do STF, com Moraes de vice.

 

Apostas daqui a 1 ano e 3 dias

Enquanto Lula recupera popularidade nas pesquisas (confira aqui, aqui e aqui) e Tarcísio preferiu visitar Bolsonaro, foram à posse de Fachin outros governadores presidenciáveis: o de Goiás, Ronaldo Caiado (União); o de Minas, Romeu Zema (Novo); e o gaúcho Leite. Ratinho Jr. não foi, mas mandou seu vice-governador. São apostas. Cujas fichas serão tocadas por voto, ou não, daqui a 1 ano e 3 dias.

 

Publicado hoje na Folha da Manhã.

 

Sem apoio de Bolsonaro, Bacellar tem pauta bolsonarista na Segurança

 

Rodrigo Bacellar, Cláudio Castro e Carlos Portinho (Montagem: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

 

Bacellar mira na Segurança

No outro grupo político mais forte de Campos, o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, (União), mirou na Segurança Pública para manter acesa sua pré-candidatura a governador. Área na qual tem batido no governador Cláudio Castro (PL). De quem o campista se afastou após exonerar (confira aqui e aqui) o ex-prefeito de Duque Caxias Washington Reis (MDB) da pasta estadual de Transporte.

 

Exonerou Reis e perdeu Bolsonaro

Após abrir seu caminho na linha sucessória de Castro, com o ex-vice-governador Thiago Pampolha (MDB) indo (confira aqui e aqui) para o TCE-RJ em 19 de maio, Bacellar exonerou Washington em 3 de julho. E, por não ter aceitado o pedido do senador Flávio Bolsonaro (PL) para reconduzi-lo, acabou perdendo (confira aqui) a promessa de apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a governador.

 

Afastamento de Castro

A pedido dos Bolsonaro, Castro tentou reconduzir Washington quando voltou da viagem em que Bacellar assumiu como governador. Mas, pressionado pela tropa de choque do presidente da Alerj, acabou confirmando a exoneração (confira aqui) em 10 de julho. Só que, a partir dali, se afastou de Rodrigo. E afastou deste a possibilidade de assumir como governador ainda em 2025.

 

Sem Bolsonaro, pauta bolsonarista

Daí a posição recente de Bacellar de focar na Segurança Pública. Para fazer a Alerj aprovar no dia 23 a reforma da Polícia Civil e a chamada “gratificação faroeste”, gratificação em dinheiro aos policiais civis que matarem bandidos. E, no dia 23, aprovar o projeto que endurece a regra para a saída temporária de presos, a popular “saidinha”.

 

Movimento coordenado com Portinho?

Com o apoio de Bolsonaro perdido pela exoneração de Washington, Bacellar exerce seu domínio da Alerj na busca das pautas bolsonaristas para se manter no jogo eleitoral de 2026. No que tem conseguido, em movimento aparentemente coordenado, o apoio do senador bolsonarista Carlos Portinho (PL).

 

Mira no Senado para atirar em Castro

Junto com Bacellar, o senador passou a mirar a questão da Segurança Pública do RJ na gestão Castro. Não por coincidência, Portinho disputa com o atual governador uma vaga para se candidatar ao Senado em 2026, numa segunda cadeira que seria puxada pelo favoritismo da reeleição de Flávio (confira aqui e aqui) em todas as pesquisas.

 

Publicado hoje na Folha da Manhã.

 

Reeleição de Fred Rangel em debate do grupo de Wladimir

 

Wladimir Garotinho, Frederico Rangel, Frederico Paes, Juninho Virgílio e Wainer Teixeira (Montagem: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

 

Nova mesa diretora no grupo de Wladimir

Para fora, o debate do grupo do prefeito Wladimir Garotinho (PP) é se este se candidatará a vice-governador ou a deputado federal em 2026, ou se permanecerá prefeito até o fim de 2028. Para dentro, outro debate começa a tomar forma: abreviar a eleição da mesa diretora da Câmara Municipal a 17 de fevereiro de 2026, para manter Fred Rangel (PP) presidente.

 

Objetivos da reeleição de Fred Rangel

A reeleição de Rangel teria dois objetivos. Por um lado, seria um obstáculo para o atual vice-prefeito Frederico Paes (MDB) eventualmente se distanciar de Wladimir, caso este realmente se afaste até abril de 2026 para aquele assumir. Por outro lado, seria uma indicação de chapa para a eleição municipal de 2028 em Campos: Fred (Paes) a prefeito e Fred (Rangel) de vice.

 

“Combinou com os russos?”

Gênio do futebol, Mané Garrincha é conhecido pela advertência ao técnico Vicente Feola na Copa do Mundo de 1958, na Suécia, primeira das cinco conquistadas pelo Brasil. Antes de o Brasil pegar a União Soviética, então campeã olímpica, Garrincha indagou a Feola após este apresentar seu plano para vencer a defesa adversária: “O senhor já combinou com os russos?”

 

Juninho e Wainer na cerca

Os “russos”, no caso, não estão do outro lado do campo. Existiria um acerto interno no grupo de Wladimir para que seu líder na Câmara, o vereador Juninho Virgílio (Podemos), fosse o candidato a presidente da Câmara no segundo biênio. O cargo também estaria no radar de Wainer Teixeira (PP), vereador eleito e licenciado para ser secretário de Administração e RH.

 

Publicado hoje (01) na Folha da Manhã.