Lula quer investigar mortes e população quer mais operações

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

 

Lula quer investigar mortes

“Estamos tentando ver se é possível os legistas da Polícia Federal participarem do processo de investigação da morte (…) Até agora nós temos uma versão contada pela polícia, contada pelo governo do estado e tem gente que quer saber se tudo aquilo aconteceu do jeito que eles falam ou se teve alguma coisa mais delicada na operação”, disse Lula ontem em Belém.

 

Por mais operações, 73% no RJ

Na pesquisa estadual Quaest, perguntados se deveria ter outras operações policiais como a do dia 28 em comunidades, uma relevante maioria de 73% dos fluminenses respondeu que deveria. Os que acham que não deveria formam uma minoria de 22%.

 

Por mais operações, 67% no Rio

Na pesquisa Paraná na cidade do Rio, perguntados sobre a posição sobre mais operações como a do dia 28, outra relevante maioria de 67,9% dos cariocas se disse a favor. Os que são contra formam uma minoria de 26,6%.

 

Contra fuzil, prender ou atirar de cara?

Na Quaest estadual, perguntados qual deveria ser a reação do policial que está trabalhando e se depara com uma pessoa com um fuzil na mão, 50% dos fluminenses disseram: “Buscar prender sem atirar”. Na margem de erro de 3 pontos para mais ou menos do levantamento, é um empate técnico com os 45% que responderam: “Atirar logo de cara”.

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Combate ao tráfico no Rio: Castro 33% x 14% Lula

Na comparação direta entre os trabalhos de Castro e Lula no combate ao tráfico de drogas, a pesquisa Paraná na cidade do Rio revelou que o governador, hoje, tem aprovação de 33,4% dos cariocas (14,0% de ótimo e 19,4% de bom). São 19,2 pontos acima de Lula, hoje aprovado por apenas 14,2% dos cariocas (5,9% de ótimo e 8,3% de bom) no combate ao tráfico.

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Lula assume lado e tenta reanimar sua base

Ao dizer que a operação do dia 28 contra o Comando Vermelho foi “uma matança”, Lula assumiu um lado na guerra de narrativas sobre a questão da Segurança, que terá novos fatos e versões até as urnas de 6 de outubro de 2026, daqui a 11 meses e 1 dia. E tenta reanimar sua base, atordoada pelos números de aprovação popular à ação policial em todas as pesquisas.

 

Publicado hoje na Folha da Manhã.

 

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Este post tem um comentário

  1. Guilherme Belido

    Com um título instigante, o jornalista reproduz, à luz de pesquisas, o pensamento dos grupos sociais mais interessados na assustadora questão da segurança do Rio. Sobre a polêmica operação da polícia, exibe o contraste entre o que pensa a população e o governo Lula.
    Pelo lado político, sublinha o que captou o Instituto Paraná: no combate ao tráfico no Rio, o percentual de cariocas que aprovam o trabalho do governador é mais que o dobro comparativamente ao de Lula. A análise precisa e imparcial de Aluysio aponta o que hoje é irrefutável: ao definir como “matança” a operação contra o Comando Vermelho, Lula assume um lado na guerra de narrativas.
    Análise irretocável.

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