Edson — Excessos de ontem não podam os de hoje

Regressei na noite de ontem à planície, vindo de terras de São Sebastião, onde estava desde a última quinta, para fazer uma importante entrevista que será publicada sábado no blog e domingo na Folha impressa. O fato é que a viagem impediu a leitura das edições impressas dos jornais locais de sexta a ontem. Conferindo-os apenas hoje, não pude deixar de contrastar a diferença básica na cobertura da posse de Edson Batista (PTB) na vaga do prefeito interino Nelson Nahim (PR), realizada na última quinta.

Se, para Folha e O Diário, além do previsível fato em si, o inesperado ficou por conta da negativa de Edson à possiblidade de assumir também a liderança do governo, o segundo jornal, no entanto, trouxe uma “novidade” distinta na forma de um pagamento de recibo atribuído ao novo vereador: “quero ressaltar que não autorizei a ninguém  especular meu nome sobre ser líder do governo. Estão querendo fazer um movimento para provocar divisões (…) Não existe grupo de vereadores da prefeita Rosinha e do prefeito Nahim”.

Ressalvado que os repórteres da Folha presentes à posse não ouviram nenhuma das palavras destacadas e  atribúidas a Edson, cumpre lembrar que a possibilidade dele assumir a liderança de governo foi externada aqui, desde o dia  25, unicamente pelo blog, quando ecoou raciocínio lógico do Alexandre Bastos, jornalista e blogueiro mais bem informado dos bastidores da Câmara de Campos. E para tecer raciocínos lógicos sobre figuras públicas, referentes a a assuntos de interesse público, nem o Bastos, nem este também jornalista e blogueiro precisam da “autorização” de Edson, ou de quem quer que seja — pelo menos enquanto o PT não põe em prática sua intenção fascista de controlar a imprensa. 

Até porque, se o raciocínio que apontava para Edson líder de Nahim não fosse lógico e, por conseguinte, pertintente, dificilmente mereceria a pretensa resposta pública do vereador interino, de O Diário e, sobretudo, de ambos.

Ademais, ciente de que todos, acompanhem ou não o dia-a-dia da Câmara, têm hoje a exata noção das suas reais divisões, talvez caiba ainda aconselhar ao interino um pouco mais de parcimônia para demonstrar sua fidelidade a Garotinho, pela qual já é tão conhecido — e nem sempre de maneira elogiosa ou positiva. Na legislatura passada, não fosse, por exemplo, o empenho para tentar endossar a sanha acusatória do mestre, durante a Operação Telhado de Vidro no governo Mocaiber, e Edson poderia ter contido um pouco a incontinência verbal que destinou contra a então secretária de Promoção Social, Ana Regina Fernandes.

Mãe do presidente interino da Câmara, Rogério Matoso (PPS), não é apenas uma fonte que credita grande parte da resistência recente à posse do suplente de Nahim, a esse evitável excesso cometido em seu último mandato.

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Este post tem 2 comentários

  1. CARLOS EDUARDO TOSTES NEVES

    Bem feito! Merecido! Agora só falta mais um, o cabeça da irresponsabilidade da saúde, o Secretário.

  2. newton guimaraes de almeida

    Esse vereador-tampão (mandato condicionado) na sua voz macia sabe ofender quem nele confiou um dia e cobrar o que não deve, mas na hora da agressividade com Ana Refina foi implacável, mas não diz que era(entre vários na admistraçaão Arnaldo) a EXIGIR do SERVIÇO SOCIAL DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO vagas para seus afilhados em colégios particulares, quando estas eram para pobres, mas como era vereador,achava-se no tal direito.Concordo com BASTOS, ele QUER tomar o lugar de LÍDER DO GOVERNO para infernizar a CÂMARA e seu PRESIDENTE SIM, DÁ SINAIS DISSO NEGANDO,quando podia ignorar. Não teve VOTOS para ser VEREADOR e está lá pelo destino. E quer censurar,vai pra KGB de LULA E DILMA.Não ataque a FOLHA ou seus jornalistas faz um pedido de CPI de todas as lesgislaturas que passou de seus prefeitos aliados ou não, seria mais honesto com a população e a “sujeira passada” com aval de muitos não-eleitos, iria fazer um aterro sanitário.Seu tempo passou CARA!

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