Há alguns minutos da manifestação dos artistas de Campos na praça São Salvador, marcada para se iniciar às 17h, em protesto contra a denúncia de censura à apresentação da peça “Bonitinha, mas Ordinária” no Trianon, por suposto motivo pessoal e religioso da prefeita Rosinha (conheça o caso aqui e aqui, repercutido em mídia nacional aqui e aqui), parece que, finalmente, a primeira reação aconteceu por parte do poder público municipal. Segundo Kátia Macabu, professora e diretora de teatro do Instituto Federal Fluminense (IFF), informou aqui no grupo de discussão “Nelson Censurado”, criado no Facebook a partir da polêmica, o Conselho Municipal de Cultura a convocou para uma reunião no próximo sábado, dia 13, às 9h da manhã, na sede da Campos Luz, antiga sede da extinta secretaria municipal de Cultura.
Na democracia irrefreável das redes sociais, a notícia da convocação foi confirmada por outros artistas e integrantes do “Nelson Censurado”, como o ator e animador cultural Pedro Fagundes, que considerou a iniciativa como “manobra politiqueira”, sendo apoiado por outros colegas e integrantes do grupo de discussão. Controlado pela Prefeitura, o Conselho de Cultura não se reunia há mais de um mês, período no qual a reforma administrativa de Rosinha extinguiu a secretaria de Cultura, agregando-a como apêndice da secretaria de Educação, e reduziu a Fundação Trianon para uma superintendência, controlada pela presidente da agora toda poderosa Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, que é presidida por Patricia Cordeiro, esposa do cantor baiano Lucas “Cebola” e considerada entre as mais íntimas do círculo de confiança pessoal da prefeita.