Pessoal e profissionalmente, não concordo em tudo com a jornalista Talita Barros. Concordo com quem disser, no entanto, que ela se encontrou como repórter, e o leitor agradece, depois que passou a atuar na Folha Dois. Foi ela, por exemplo, quem cobriu para o caderno o protesto da última quinta (11/07), na praça São Salvador, contra a denúncia de censura de Nelson Rodrigues no Trianon, por alegados motivos pessoais da prefeita Rosinha (relembre o caso aqui e aqui, que teve repercussão em mídia nacional aqui e aqui). Sobretudo, concordo com a Talita em gênero, número e grau, na cobrança de um posicionamento público, por parte da presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, Patricia Cordeiro, que exceda o jogo de cartas marcadas da rádio Diário e demais “jornalistas puxa-saco de plantão”, para falar não só sobre o caso da peça de Nelson — já que pela versão do diretor carioca Luís Felipe Perinei, foi ela quem alegou ao superintendente do Trianon, João Vicente Alvarenga, os motivos morais e religiosos de Rosinha para suspender a peça “Bonitinha, mas Ordinária” — como acerca dos demais três cancelamentos recentes na agenda cultural do município. Em busca de respostas, o blog ecoa a pergunta “Onde está Patricia Cordeiro?”, feita aqui, pela Talita, na democracia irrefreável da redes sociais…
Acho, sinceramente, que em nosso atual contexto nacional de protestos contra todo tipo de absurdo praticado pelos políticos, não é admissível que em Campos a atual gestão caminhe debochadamente ao encastelamento. Já foram quatro cancelamentos na programação cultural da cidade, três deles só esta semana. Houve uma centralização no setor cultural. Mas por onde andará Patrícia Cordeiro, presidente da Fundação Cultural Jornalista Osvaldo Lima (FCJOL), que agora centraliza todos os outros órgãos, para falar SATISFATORIAMENTE sobre o assunto e também para explicar o funcionamento desse novo organograma da prefeitura? É preciso que esteja disponível para além da rádio O Diário. Não é um político ou gestor público quem deve escolher onde e quando falar à sociedade. Nós, cidadãos, é quem temos o DIREITO de definir, de colocar o pau na mesa. Os artistas ontem protestaram e onde está o Poder Público para ouvir essas vozes da rua? Tá certo que o grupo era pequeno. E daí? Em tempos de pós-modernidade, viva as minorias! Desrespeito e desmando é o que denominam a política em Campos… Ah, e aturar jornalista puxa-saco é FODA!
Talita, essa prática da familia, de se encastelar,e se fingir de morto, deixar passar o tsuname, não vai dar em nada , só um morto não percebe que muita coisa mudou ,depois das manifestações de rua.