Artistas impõem palco e gestão compartilhada do TB a Garotinho

Artistas impuseram palco e gestão compartilhada do Teatro de Bolso a Garotinho (foto de Rodrigo Silveira - Folha da Manhã)
Artistas impuseram palco e gestão compartilhada do Teatro de Bolso a Garotinho (foto de Rodrigo Silveira – Folha da Manhã)

 

 

Como num distante 1982, quando os artistas de Campos liderados por um jovem Anthony Garotinho ocuparam o Teatro de Bolso e se impuseram sobre o prefeito Zezé Barbosa (1930/2011), hoje a classe artística da cidade voltou a mostrar sua força, ao conduzir Garotinho ao diálogo, no mesmo Teatro de Bolso. E, no palco que desta vez lhe foi imposto, o secretário de Governo de Campos se mostrou aberto à principal reivindicação do movimento: a gestão do Teatro de Bolso compartilhada entre artistas e poder público municipal.

Com alguns momentos tensos, o diálogo esbarrou em coisas que Garotinho considerou “interesses pessoais”, sendo respondido que tentava usar a tática clássica de “dividir para conquistar”, enquanto outros ponderaram haver “falácias dos dois lados”. De prático, o secretário de Governo procurou evitar pontos mais espinhosos, como o pedido de exoneração da presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FJCL), Patrícia Cordeiro, ou críticas à política cultural do governo Rosinha Garotinho (PR). Preferiu se focar na aceitação da gestão compartilhada do Teatro de Bolso. Mas frisou: “Tem que botar no papel”.

Acompanhado do vice-prefeito Dr. Chicão (PR) e do vereador Mauro Silva (PSDB), ambos pré-candidatos governitas a prefeito, Garotinho disse que vai se informar, mas ressalvou desconhecer a licitação do ar condicionado do Teatro, que levou os artistas ontem a formalizarem um pedido de informação à prefeita Rosinha, com auxílio (aqui) do advogado e blogueiro Cláudio Andrade. O secretário também garantiu que nunca quis retirar os artistas da ocupação, mas ressaltou: “Ficar, por ficar, não resolve”.

Em outro momento, quando indagado se já tinha sido ator no passado, o ex-governador respondeu:

— Eu sou ator!

E foi respondido por uma atriz:

— Continua sendo um grande ator!

Ao acabar por volta da 1h da manhã, Garotinho e os os integrantes do Ocupa Teatro de Bolso combinaram de retomar a conversa na noite desta quinta (12), a partir das 22h, com temas como Cepop e carnaval, além do Palácio da Cultura e do Museu Olavo Cardoso, também com obras paralisadas e sem prazo de entrega. Mas o palco da discussão será aquele que os artistas impuseram: o Teatro de Bolso, cuja história Garotinho garantiu conhecer melhor que ninguém.

 

Com informações do repórter Aldir Sales

 

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Este post tem 5 comentários

  1. Johnatan França de Assis

    Lembrando que mesmo após dizer ser o maior conhecedor da história do teatro ele não sabia quais haviam sido as alterações do mesmo na última reforma.

  2. Joel Leal Ferreira

    Só tem um motivo desse xodo de todos estar fechado…#FaltaDeGestão # O que são craques em fazer politicamente . Só acho…

  3. Joel Leal Ferreira

    Falta um gerente, que tenha autonomia de se esquivar das injunções políticas.

  4. Joel Leal Ferreira

    Deixando a política para Ele, é claque…

  5. Fátima

    O feitiço virou contra o feiticeiro, sugiro estrear uma peça com esse título e acrescento ao ler outra matéria nesse mesmo órgão de comunicação onde o ex ator e agora “gestor” diz ser sexta feira 13 e a responsável pela “cultura” poderia ir de vassoura hahahahaha outra peça. Sugiro desde já um título A bruxa de ouro e o “gestor” que um dia foi ator é merecedor de um Oscar Pinóquio.

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