Castro e a ideia de salvar mandato de Eduardo pelo apoio de Jair

 

Cláudio Castro, Washington Reis, Flávio Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e Jair Bolsonaro (Montagem: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

 

Desde 5 de julho

Em 5 de julho, a coluna antecipou (confira aqui): “Com a exoneração de Washington (confira aqui), como ao cortar (confira aqui e aqui) o cofinanciamento do RJ à Saúde de Campos, Rodrigo agiu como Ciro Gomes no 2º turno presidencial de 2022: com o fígado. E a maior virtude do político de Campos, sua capacidade de articulação, reside em outro órgão: o cérebro”.

 

Seis dias depois, Bolsonaro tirou apoio

A advertência se confirmou (confira aqui) só seis dias depois. Em 11 de julho, com a não recondução do bolsonarista Reis ao cargo, costurada entre Castro e o senador Flávio Bolsonaro (PL), Jair reagiu: “Não vou apoiar Cláudio Castro ao Senado, nem Bacellar ao governo. Pode avisar lá. Vou esperar as coisas acontecerem e decidir com calma o que vamos fazer no Rio em 2026”.

 

Castro esquenta cadeira para Bacellar

Castro não pode tentar se reeleger governador. E já tem acordado com Bacellar deixar o cargo a este até 4 de abril. O caminho ficou aberto, como a coluna também adiantou (confira aqui) em 9 de maio para se consumar (confira aqui) no dia 19 daquele mês, quando Thiago Pampolha (MDB) deixou o cargo de vice-governador para assumir como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

 

Governador mira Senado com os Bolsonaro

Castro almeja se candidatar ao Senado em 2026 numa 2ª cadeira, a reboque de Flávio na 1ª, que todas as pesquisas apontam (confira aqui) como favorito à reeleição. Com sua gestão popularmente mal avaliada, o atual governador não teria chance a senador sem o bolsonarismo. Que, com todos seus reveses recentes, pesquisas e urnas mostram, desde 2018, ser ainda muito popular no RJ.

 

Castro reergue pontes com Flávio e Valdemar

Ciente disso, Castro foi à Brasília no dia 16, como o blog Opiniões, hospedado no Folha1, registrou (confira aqui) na mídia goitacá no dia 17. Na capital da República, o governador tentou e pareceu ter sucesso ao reerguer suas pontes não só com Flávio, filho 01 de Bolsonaro, como com o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto.

 

Fator Eduardo Bolsonaro

Nos EUA desde março, onde assumiu ter feito lobby pela ameaça do presidente daquele país, Donald Trump, de tarifar o Brasil em 50% por conta do julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), Eduardo Bolsonaro (PL) corre o risco de perder o mandato de deputado federal. Desde domingo (20), quando acabaram seus 120 dias de licença.

 

Secretaria no RJ para salvar o 03?

Para tentar salvar o mandato de Eduardo e ter o apoio de Jair, Castro teria oferecido criar uma secretaria especial do RJ nos EUA. O que permitiria ao filho 03 de Bolsonaro se licenciar como deputado e ficar nos EUA. Sem correr o risco de voltar ao Brasil e ser preso por, abertamente, trabalhar contra o próprio país e ameaçar ministros do STF e a Polícia Federal (PF).

 

Castro ousa mais que Tarcísio

Foi o que a jornalista Mônica Bergamo anunciou (confira aqui) ontem (22), na Folha de S.Paulo. Segundo ela, Castro teria feito consultas ao STF, para saber como a ideia seria recebida. E a hipótese de Eduardo ser nomeado pelo governo Tarcísio de Freitas (REP) em São Paulo, ou pelo de Jorginho Mello (PL) em Santa Catarina, teria sido só de Castro.

 

Teria que vir ao Rio para assumir?

Se a proposta se concretizar, e se Castro aceitar antagonizar o STF e o Governo Federal, seria um gesto ousado, mas talvez eleitoralmente inteligente a um governador e pré-candidato a senador. Ocorre que outra jornalista, a Berenice Seara, do site carioca Tempo Real, também informou ontem (confira aqui) que Eduardo só pode ser secretário do RJ se tomar posse no Rio. A ver.

 

Publicado hoje na Folha da Manhã.

 

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