
Prefeito carioca, Eduardo Paes (PSD) lidera a corrida a governador do RJ à urna de 4 de outubro de 2026, daqui a pouco mais de 13 meses. Na pesquisa Prefab Future, feita de 12 a 16 de agosto e divulgada hoje, Paes teve 35,5% de intenção de voto na consulta estimulada — com a apresentação dos possíveis candidatos ao eleitor. E, entre eles, o prefeito de Campos, Wladimir Garotinho (PP), ficou em 2º lugar, com 5,5%. Outro campista, o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União), ficou na 4ª posição a governador, com 4,0%.
Estimulada a governador do RJ — Na margem de erro de 3,1 pontos da pesquisa Prefab, para mais ou menos, todos os demais nomes a governador testados, atrás e distantes de Paes, ficaram em empate técnico. Numericamente, atrás de Wladimir (5,5%), o ex-prefeito de Duque de Caxias Washington Reis (MDB) ficou na 3ª posição, com 4,7% de intenção de voto. Ele foi seguido de Bacellar (4,0%), do ex-prefeito de Maricá Fabiano Horta (PT), com 2,5%; do ex-governador Wilson Witzel (PMB), com 2,3%; e da vereadora carioca Monica Benicio (Psol), com 1,8%.
Rejeição a governador — Ainda na consulta estimulada a governador do RJ, 22,7% se mostraram indecisos diante dos sete nomes apresentados pela Prefab, enquanto 21,0% disseram que votariam branco ou nulo. Já na rejeição, é Witzel que lidera, com 21,1% dos eleitores fluminenses dizendo que nunca votariam nele a governador. Foi seguido no índice negativo por Paes (18,6%), Wladimir (8,5%), Washington (7,7%), Bacellar (5,0%), Horta (2,7%) e Monica (2,5%). Outros 5,8% se revelaram indecisos, enquanto 8,0% disseram não rejeitar nenhum dos nomes.
Ressalva do especialista à metodologia Prefab — Quando revela a proporção das fatias dos 1.001 eleitores fluminenses que ouviu em agosto, a pesquisa Prefab traz um problema já conhecido na metodologia adotada pelo instituto:

— Os números da Prefab precisam ser observados com cautela. A pesquisa foi construída com amostragem diferente da determinada pelo IBGE. Que contabiliza a população do RJ com 39% de católicos e 32% de evangélicos. No entanto, dos 1.001 entrevistados, 41,8% são evangélicos, com somente 28,1% de católicos. O IBGE também aponta 51% da população fluminense com renda até 1 salário mínimo e 35% recebendo de 1 a 3 salários. E, na estratificação por renda, 18,1% dos entrevistados da pesquisa recebem até 1 salário-mínimo, com 51,7% de 1 a 3 salários. Ou seja, a sondagem conferiu maior peso ao voto do eleitor evangélico e de classe média baixa — esclareceu William Passos, geógrafo com especialização doutoral em estatística no IBGE.